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O ESPÍRITO DO NATAL
Existem tradições muito fortes no mundo. Algumas com aparente religiosidade, e, entre essas, nenhuma com perfeito entendimento da verdade. Uma dessas tradições é o “natal”. Uma comemoração de pretenso cunho religioso, no qual pretendem cultuar a Jesus e o dia do seu nascimento.

O dia 25 de dezembro, longe de ser o dia do nascimento de Jesus, é, sim, mais um dia estabelecido para nele se folgar, puramente comercial. Nesse dia cultua-se a imagem de um deus-criança, pois pensam ser melhor imaginá-lo assim, a imaginá-lo sem nenhum artificialismo – um Deus onisciente, onipresente e onipotente. Este Deus é preterido por uma imagem de criança ingênua, que não reprova, não julga, não condena. Com este pretere-se aquele, que deixou seu trono de glória, nos céus, nasceu numa manjedoura ou estrebaria, sendo introduzido de modo oculto entre os homens; que se ofereceu espontaneamente para morrer pelos nossos pecados, para que tivéssemos acesso a graça salvadora do evangelho eterno; que condenou a opressão, a hipocrisia e a injustiça, e foi morto por esse motivo; que para ser nosso exemplo se deixou bater, cuspir, zombar, e na cruz intercedeu por aqueles que o injuriavam. Mas o mundo prefere adorar um deus-criança, que nada sabe, a um Jesus que disse não julgar pela aparência porque bem sabia o que havia no coração do homem; que disse: “Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;” (Mt. 5:39 RA) “Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica;” (Lc. 6:29 RA) “Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.” (Mt. 5:41 RA) “Vendei os vossos bens e dai esmola; fazei para vós outros bolsas que não desgastem, tesouro inextinguível nos céus, onde não chega o ladrão, nem a traça consome,” (Lc. 12:33 RA). “Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lc. 6:35 RA)

O natal, em verdade, é uma tradição como tantas outras, senão uma festa de incrédulos e ateus. Pois, esses, por incredulidade ou desconhecimento, não crêm no objetivo maior da vinda de Jesus e comemoram de modo abusivo o pretenso dia do seu nascimento.
Na palestina o mês de dezembro é frio, o que impede os pastores de permanecerem no campo. Conforme as Escrituras, quando Jesus nasceu, a corte celestial deu as boas novas aos pastores no campo. Veja:

“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.  Este, o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria.  Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.  José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi,  a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida.  Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias,  e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.  Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite.  E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor.  O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo:  é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.  E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura.” (Lc. 2:1-12 RA)

Sabendo Deus da vaidade do homem, que adora até a arma que o matou - a cruz, ainda que não O adore, providenciou não permitir o registro do dia do seu nascimento, bem como o não registro de sua imagem. Mesmo assim os homens pretendem cultuar (adorar) o dia tido como do seu nascimento, como idolatram uma imagem forjada por um embusteiro inspirado pelo enganador da humanidade, que, conhecendo suas fraquezas, se aproveita para lhes armar laços para as suas perdições.

Se os homens adorassem o Jesus ressurreto e cressem em suas palavras, saberiam que Ele mesmo disse: “Meu, Pai busca os verdadeiros adoradores que O adorem em espírito e em verdade”. Ora, em espírito não é diante de uma imagem; e, em verdade, é segundo os Seus mandamentos. Pois Ele disse: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”. Jo. 14:15. E: “Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.” (1 Jo. 2:4 RA)

Mas o pretenso jesus-criança, cuja imagem cultuam, não tem mandamento; nada fala, nada houve, nada vê. É por esse motivo que ele é preferido. Ninguém gosta daqueles que lhes querem corrigir, mostrando-lhes os erros. Mas muitos gostam do falso amigo, que critica às ocultas e lisonjeia na presença; que mente e engana para agradar, e que não se importa se alguém é isso ou aquilo, desde que ela sirva aos seus anseios ou conveniências.

Natal. . . festa de insensatez, glutonaria e bebedeira. Festa profana e de hipocrisia. Enquanto muitos Josés e Marias de Jesus morrem à míngua, os Herodes desta vida ofertam as cabeças dos João-batistas numa bandeja.

O mesmo Jesus que multiplicou o vinho, símbolo da transformação que Ele pode fazer em quem O aceita, como os servos instruídos por Maria, também inspirou com o seu Espírito o apóstolo Paulo para dizer: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito,” (Ef. 5:18 RA)
Enviado por oliprest em 19/11/2011




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