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A SÍNDROME DE LÚCIFER

Essa palavra, que quer dizer mal e sintoma, seguida do nome do arquiniimigo das nossas almas,  significa o que está possuindo pessoas, que estão agindo segundo determinados modos e possuídas dos mesmos sentimentos de Lúcifer.

Qual seriam esses sentimentos ou sintomas? Vamos dizer, mostrando como ele agiu no passado e age inspirando aqueles que estão no poder dele, e como as Escrituras nos mandam ser.

No livro do profeta Ezequiel, está escrito: Tu eras o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. Ez. 28:12.

Ser bonito não é um mal em si mesmo, já que isso não depende de quem é, mas de quem o fez. Assim o mal de Lúcifer não era ele ser formoso, já que ele, como todos os filhos de Deus, foram criados. O que dá para entender é que ele se ensoberbeceu por essa dádiva, veja:

Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura. Ez. 28:17.

Há hoje quem tenha sido aquinhoado com beleza e esteja possuído de um sentimento de envaidecimento, lhe fazendo superestimar a dádiva ou se considerar possuído dela, ainda que nem sempre a possua. Isso tem uma origem: ela é diabólica.

Lá em Ezequiel diz: corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor, versículo l7, segunda parte. E como foi isso? Adiante diz: Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários, versículo 18, primeira e segunda parte.

Além da formosura e sabedoria de Lúcifer, havia outros predicados que lhe foram concedidos, e que eram: ser querubim da guarda, e se vestir de pedras preciosas, que haviam sido preparadas no dia em que ele fora criado. Também ele vivia no monte santo de Deus. O homem era mesmo importante.

Os homens, via de regra, supervalorizam duas coisas: beleza e sabedoria. E ambas têm servido de motivo de queda para eles.

Caso não haja um espírito humilde no formoso ou sábio, eles serão vítimas daquele que foi o primeiro que se corrompeu por isso.

Há um preconceito quase generalizado, de que o formoso é sábio. O que não é verdade. E o formoso sem sabedoria é como um rei tolo. Enquanto que o feio, mas sábio, é louvável.

Outra característica dessa síndrome é o sentimento de dominador. À semelhança de Lúcifer, os que estão ou são possuidores desse sentimento gostam de ser padrões, admirados, dominarem sobre os demais. E não medem esforços para alcançar suas pretensões.  Só que para isso fazem um comércio que, não raro, é tráfico de influências e jogadas para se colocarem na crista da onda. E o interessante é que esses possuídos se saem bem. Por quê? Por causa daquele que está operando neles.

Esses gostam de ostentar, são vaidosos, exigentes, egoístas, egocêntricos, impacientes, intransigentes, intolerantes; gostam de comprar fiado, emitem cheques sem fundos; se gabam do que têm e do que não têm, mas dizem que serão ou terão; prometem muito e cumprem pouco, quando cumprem; são lisonjeiros; nunca pedem por favor; gostam de conforto e do melhor, e chegam a sacrificar a barriga por isso; e adoram filar jantares em banquetes em que são penetras, ou para os quais se convidam ou penetram dando carteiradas.

São autossuficientes e gostam de dar a impressão de saber tudo, e nunca dizem que não sabem algo, mesmo que lhes perguntem. Respondem com evasivas ou desconversam, ou então dizem ao seu inquiridor: hum... esperando que ele diga a resposta, para em seguida dizer que isso sabia, ou então diz: diga lá... mas não suportam confessar que não sabem.

Correm atrás das pessoas por interesse, e se forem procuradas se fazem de difíceis e importantes; são gabolas, paroleiros, e hábeis em mentir, bem como usar de fraudes, embora não suportem contra si nem uma coisa nem outra; são dissimuladores, e facilmente se enlaçam. Para isso basta que vislumbrem uma chance de ganho fácil. São dados a pagar propinas para subornar ou não perder; gostam de usar o prestígio que dizem ter, conseguido com simpatias e amizades falsas e interesseiras. Se alguém os ridiculariza, mostram que são sórdidos e vingativos. São ingratos, sem amor e puxa-sacos daqueles em quem lhes interessa dar o golpe.

Donde lhes vêm toda essa pretensa sabedoria e esperteza maquiavélica. De Deus que não é e vamos mostrar porque.

Tiago diz: Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Tg. 3:17. Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras. Se, pelo contrário, tendes em vosso coração inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos glorieis disso, nem mintais contra a verdade. Esta não é a sabedoria que desce lá do alto; antes, é terrena, animal e demoníaca. Tg. 3:13-15.

Temos informações de que os homens tidos como grandes na música e em todas as artes, eram cheios de esquisitices, temperamentais, egocêntricos e alguns sofriam de ataques de loucura.
Então vemos que essa sabedoria não vem de Deus.

Com sabedoria terrena, animal e demoníaca, encontramos homens em todos os segmentos da sociedade. Estes dizem que conhecem a Deus, mas negam-no com as suas obras, sendo ímpios.
oliprest
Enviado por oliprest em 05/10/2010


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