Existem pessoas que, não obstante terem nascido em certos países, por uma ou outra razão deixam sua pátria ou até moram no lugar onde nasceram, mas reivindicam outra cidadania. Há também aqueles que abdicam de suas cidadanias adotando a do país onde fixaram residência. Nesse caso, suas novas cidadanias depende da aprovação do governo que os hospedam.

O assunto é complexo e tem muitas particularidades. Há, por exemplo, os ciganos. Têm línguas, costumes e crença própria. Pode ter nascido em qualquer parte da terra, mas se tornado cigano por opção, passando a levar uma vida nômade. Há os Lapões, cuja nação não existe oficialmente, e que moram em vários países, sem nenhum problema, num território sobreposto. Há aqueles que se identificam como cidadãos do mundo. Reivindicam o mundo como pátria; não gostam de reconhecer fronteiras, etc. Há os judeus. Povo descendente dos Hebreus, e que, apesar de viver na terra toda, evitam se mesclar com os demais povos, pois se têm como povo escolhido de Deus, e, portanto, santo.

Depois da diáspora, dispersão a que foram obrigados, viveram em vários países e só foram reconhecidos como nação pelas nações unidas, em 1948, quando foi oficialmente constituído o Estado de Israel. Sua capital é Telavive atualmente, embora outrora fosse Jerusalém, cidade situada na Palestina, mas que, devido a dispersão dos judeus, foi dominada pelos Árabes. Ela, foi a sede do reino de Israel do Sul, ao tempo em que houve a divisão das tribos, no reinado de Roboão, filho de Salomão. Isso devido ao pecado de Salomão, o que levou Deus a dar dez partes (tribos) para Jeroboão, um ex servo de Salomão, conforme profetizado por Aías. Jz. 11:29-35.

E existe um povo, nascido em qualquer nação do mundo, e que, apesar disso, considera-se pertencente a outra pátria não daqui. Eles são judeus, israelitas, e tem por pai a Abraão. E apesar de obedecerem as leis dos países onde nasceram e/ou morem, tem outra lei que consideram superior, a qual cumprem com determinação. Só se consideram cidadãos dos países em que nasceram para cumprir uma formalidade. Têm a todos que obedecem a lei do seu Rei como irmãos, com os quais têm fortes laços afetivos e amor, preferindo-os a pais e irmãos. Eles esperam uma pátria cujo arquiteto é Deus e cuja cidade chama-se “Nova Jerusalém”. Seu rei chama-se Jesus, cujo reino será único e, portanto, universal, e está sendo formado aqui.

Eles se chamam cristãos. Ainda que tudo que exista nos céus e na terra seja deles, eles não reivindicam isso ainda, pois sabem que será reformado para lhes ser entregue.

Oli Prestes
Missionário