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À TANTO TEMPO E COMO SE FOSSE HOJE!

         Foi à muito, muito tempo. A mais ou menos 3.500 anos. O povo de Deus, o povo santo (separado), cometeu um grande pecado: adorou uma abominação.

         Ele não  tinha isso com prática nem tradição. Mas viram isso quando da sua peregrinação no Egito, cujo povo pagão adorava simulacros de animais, os quais não tinham leis e não conheciam a Deus, ainda que se diga hoje que eles tinham cultura elevada à época, e possuíam reis tidos como sábios.

         E foi assim: Querendo Deus que eles fossem santos (separados), exclusivamente seu, sem contaminação com práticas e ritos idólatras que outros povos pagãos praticavam, levantou um profeta criado dentro da corte do povo no meio do qual eles peregrinavam, o povo egípcio, e mandou que eles saíssem de lá e fossem para outro lugar, que eles nem sequer conheciam, para viverem separados, quietos e felizes, adorando só a Deus e sendo exemplo para os demais povos em derredor. Sendo, portanto, luzes para esses que viviam nas trevas do pecado da idolatria, e da homossexualidade; razão de a terra ter vomitado os moradores dos lugares em que eles, os de Deus, viveriam.

         Mas após eles saírem do Egito, bem pouco tempo depois, enquanto o profeta escolhido, Moisés, recebia o decálogo, que era a síntese  que os norteariam na prática da justiça e da verdade, alguns dentre o povo exigiram que o irmão do profeta fizesse um deus para eles, assim como eles se acostumaram a ver os seus hóspedes fazerem por 430 anos: deuses de fundição, simúlacros de animais; esquecendo-se da tradição do seu pai Abraão, que adorava somente a Deus, o Todo Poderoso, criador dos céus e da terra, amigo seu, que chegou a visitá-lo pessoalmente, e do qual era amigo e com o qual falava com freqüência, devido a sua retidão de proceder. Arão, o irmão do profeta, instado pelo povo, que se ressentia da ausência de Moisés, e queria ver alguma coisa para crer, já que tinham ouvido Deus falar do céu com eles, mas não O tinham visto a forma, e, medrosos, instaram com Moisés que falasse só, diretamente com Deus, e que depois retransmitisse a eles para que eles não acabassem morrendo, pois eles temiam isso. Ele, Arão, fez-lhes um bezerro de ouro, diante do qual eles comeram, bebera, cantaram e se divertiram, à semelhança de hoje. E nessas circunstâncias Moisés os encontrou quando retornou da audiência com Deus, que lhe avisou que eles já se tinham desviados do  que era justo, razão porque ele devia voltar logo. Moisés voltou e de longe ainda ouviu o povo que cantava e se alegrava, mas num som e ritmo que ele não reconhecia nem como de vencidos, nem como de vencedores, mas como dos que dançavam. E se chegando mais próximo constatou o desenfreamento do povo, pelo que se indignou e lançou das suas mãos o decálogo que lhe fora dado por Deus em tábuas de pedras, quebrando-as.

         Como conseqüência e castigo, ele mandou queimar e moer a abominação que eles construíram, o bezerro de ouro fundido, e dá-lhes a beber, além de mandar matar três mil deles. E eles teriam sido de todo destruídos se Moisés não se tivesse interposto entre eles e Deus, como intercessor.

         Hoje o Egito é o mundo. O povo de Deus, o verdadeiro cristão, peregrina nele. Os povos pagãos continuam a fazer e adorar abominações e simúlacros de animais, diante dos quais cantam e dançam, adorando-os. Mas os verdadeiros cristãos, o povo de Deus, é santo (separado), e não pactua com tais práticas, os quais os gentios chamam de tradição e cultura, nas suas dissimulações.

         E se você pertence ao povo santo, ainda que não possa evitar ouvir a “toada” dedicada ao boi de pano, feche o seu rádio e o seu coração, principalmente, para não incorrer nos seus pecados.

         Esse episódio está narrado nas Sagradas Escrituras no capítulo 32 e 33 do livro de Êxodo.
oliprest
Enviado por oliprest em 26/11/2011


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr