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QUE CARA LEGAL!?
Há pessoas que se consideram legais e de boa índole porque levam tudo numa boa, como dizem. Não estão nem aí pra nada. Vivem dizendo “não esquenta!”. Mas isso enquanto as atitudes dos seus próximos são de tolerância para consigo. Mas vejamos o lado reverso da moeda:

Digamos que ele goste de ter a sua casa ou o lugar onde mora em ordem, como é de bem alvitre e proceder das pessoas urbanas. E, para isso, se esforce, deixando o seu habitat sempre limpo, com os seus trastes nos lugares que ele acha devido e conveniente. Mas como ele vive num ambiente onde outros têm acesso aos seus cômodos, como banheiro, cozinha, etc. , sempre que ele chega, encontra as suas coisas em desacordo ao modo como ele deixou ou costuma deixar. Vaso sanitário destampado, boxe aberto, utensílios usados e sujos, luzes acessas, portas abertas, tanto do banheiro como do seu aposento, micro-ondas ligado, ventilador ligado, e por aí vai. E as pessoas que isso fazem nem seus parentes são. Essas pessoas ainda comem a sua comida, bebem a sua bebida e não lavam nem as suas mãos ao saírem do sanitário, quanto mais as vasilhas que usaram do seu próximo.

A fim de não parecer uma pessoa intolerante, o vizinho que se sentiu incomodado com as atitudes dos seus próximos, colocou placa no seu banheiro, na qual dita as regras de uso dele, nas quais constam:

Não urine no chão;

Não jogue papel no chão;

Abaixe a tampa do vaso sanitário depois de usá-lo;

Dê descarga após usar o vaso sanitário;

Lave as mãos após usar o vaso;

Feche a torneira;

Pendure a toalha;

Apague as luzes.

Lembre-se, higiene é saúde.

Mas, para alguns, isso de nada adiantou. Então o vizinho resolveu romper com os seus próximos e disse-lhes que assim não dá. Pois além de se servirem dos seus pertences, como sabão, papel higiênico, desinfetante e vasilhas, como: pratos e talheres, não estavam usando de reciprocidade, e até surrupiando alguns desses pertences, como talheres. Se coloque no lugar desse cara.

É assim que você faz na sua casa ou onde você mora, com a sua esposa, mãe, irmã, irmão, cunhado(a), etc? Porque o costume de casa vai à praça. Se você faz assim com os seus próximos, o que você precisa mesmo é voltar para o mato, de onde, aliás, você não devia ter saído. Pois no meio urbano existem regras que os citadinos precisam cumprir para viverem de modo amistoso. No mato não precisa fechar o vaso sanitário nem precisa lavar as mãos depois de defecar. Não precisa se preocupar com o comportamento de “gente fina”, pois, afinal, no mato é lugar de bicho. Apesar de que tem bicho, como o gato, que enterra os seus excrementos, dando uma lição de higiene aquele que prefere andar nu para não ter que lavar ou por em alinho as suas vestes.

Quem é o cara legal na história, o tolerante ou o relapso? Do ponto de vista do relapso, deve ser ele, que não tá nem aí, enquanto o que ele faz afeta ao outro. Mas, do ponto de vista do citadino ou urbano, é este, que serviu de modelo e com os seus pertences ao outro que não entendeu que isso é o “modus vivendi” do citadino.

Isso tem também levado casais à separação. Pois, não tem cônjuge que aguente um que não cumpra com essas regras básicas para uma convivência a dois. E, cá pra nós, um péssimo exemplo para os filhos. Pois, “tal pai, qual filho!”.

Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 24/11/2013
Alterado em 02/06/2018


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr