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RELEMBRANDO O PREVISTO
RELEMBRANDO O PREVISTO

Ei! Vem! Saiamos ao campo
Vejamos se já floresce a Figueira
Lá te daremos o seu fruto
E nos dessedentaremos na ribeira

Olha já declina o dia
E os guardas já rondam a cidade
Presto findará a lida
E então virá a tarde

Vê os albores do horizonte
Seu matiz prenuncia a noite
Hoje é mais tarde do que ontem
E um selo se abrirá com açoite

A natureza chora e definha
A terra geme e sacode
Eis que um milênio declina
E outro presto acode

Os homens fazem previsões alvissareiras
E desejam que elas se cumpram
Falam de uma nova consciência
E anunciam uma “nova era”

Mas isso são devaneios
Sonhos utópicos
São vãos desejos
De um povo pernóstico

A terra balança como um ébrio
Sacode como uma rede de dormir
Do sol se extingue o Hélio
Da terra o pão virá a se exaurir

Não tenhas vãs ilusões
Desperta antes da noite
Não te inebriem divagações
E vigia enquanto podes

Existem dois caminhos
E existem duas opções
O melhor é o apertadinho
O outro é de ilusões

O primeiro leva à vida
O segundo leva ao inferno
Aquele para cima
O outro ao inverso

Neste caminha a maioria
No primeiro, caminham poucos
Naquele tem armadilhas
É incerto e tortuoso

Vê o que faz a maioria
E disso te desvia
De tudo fácil, suspeita
Essa é a enganosa trilha

Aqui felicidade não existe
Talvez, alguns momentos
E com certeza serão felizes
Os que guardam os mandamentos

Pois isso disse o Mestre
Chamado O Filho do homem
Portanto não conteste
Mas aceite o seu nome.

Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 13/06/2007
Alterado em 18/07/2020


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr