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Golpe em curso no Brasil
GOLPE EM CURSO NO BRASIL

Um golpe em curso é o que tem sido reverberado pela presidente do Brasil e os seus apoiadores: deputados e senadores filiados ao Partido dos Trabalhadores - PT, ministros, sindicatos, grupos sociais, como Movimento dos Sem Terra – MST e militância, apoiadores simpatizantes do partido a qual ela pertence  etc. Vejamos como ele está sendo articulado.

Quando a atual presidente do Brasil estava em campanha política, ela prometeu ao povo brasileiro não aumentar o preço da gasolina e da energia, bem como manter a inflação sobre controle. Mas isso não foi o que aconteceu. Aliás, foi só a presidente assumir para que tivesse início o aumento de preços. Do que se conclui que a promessa de campanha foi um golpe para continuar no poder, estelionato eleitoral portanto.

Depois de muitos desmandos e atitudes contrárias às leis do país, a presidente foi denunciada por alguns homens públicos, como o jurista Miguel Reale Júnior e a jurista e professora doutorada Janaína Paschoal, os quais propuseram o seu impeachment (impedimento) para continuar à frente do executivo brasileiro.

Mas tanto ela quanto os seus seguidores descontentes com isso, tanto na proposta quanto no julgamento pelos deputados federais pelo encaminhamento do processo ao Senado da República, se tem levantado e, com muita falácia, propalado que a esquerda política (políticos que não estão do lado do governo), está dando andamento a um processo de golpe contra a presidente do Brasil. E tanto ela como o seu séquito, incluindo aí o seu defensor jurídico, o Sr. Eduardo Cardoso, advogado geral da União, vem insistindo na tese de que a presidente não cometeu nem um ilícito com o seu procedimento durante o exercício do seu mandato. Aliás, o seu defensor, como causídico, fala com muita ênfase que os preceitos da lei evocados pelos juristas que propuseram o impedimento da presidente não são motivos para isso.

E como eles alegam que está havendo golpe, necessário se faz que esclareçamos que, se isso está acontecendo, então a Câmara dos Deputados Federais e o Superior Tribunal Federal não estão cumprimento as leis e/ou estão evocando leis que não tem nada a ver com o que tem sido alegado pelos juristas acima mencionados.

Golpe é o que vem sendo praticado pela presidente e seu antecessor, o qual tem sido repetidamente mencionado nas delações de pessoas envolvidas em atos de corrupção, desde o mensalão (nome dado ao escândalo de corrupção de compra de apoio ao governo pelo congresso nacional), até o petrolão (nome dado ao escândalo de corrupção ocorrido na estatal brasileira Petrobras).

É impossível que, numa democracia como a brasileira, com o processo seguindo o seu curso normal e natural, e obedecendo ao que prevê a constituição (lei pela qual todas as demais são regidas), possa ser golpe. Golpe é o que o governo tem feito, inclusive com distribuição de cargos e liberação de verbas de emendas parlamentar para a compra de apoio de deputados para votarem contra o encaminhamento do pedido de impeachment. Golpe também é pretender nomear o ex-presidente como chefe da casa civil, a fim de poupá-lo de ser preso e julgado pelo juiz Sérgio Moro - juiz que dirigi o processo de corrupção do petrolão.

E agora está sendo veiculado na mídia, que a presidente irá aproveitar a sua ida a uma reunião da ONU, a se realizar na cidade de Nova York, para continuar alardeando que ela está sendo vítima de um golpe no Brasil.

Querer obter apoio da Organização das Nações Unidas, depois de ter falhado o apoio bolivariano da Venezuela, Colômbia, Peru e Cuba, é o mesmo que, sem justificativa, apelar para o papa, depois de ter sido condenada por todas as instâncias e tribunais terrenos.
Manaus-AM, 21/04/2016
Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 21/04/2016
Alterado em 27/05/2018


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr