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É ouro? É prata?
Recém terminaram os jogos olímpicos realizados na cidade do Rio de Janeiro no Estado do mesmo nome no Brasil. E, na ocasião, muitos foram condecorados com medalhas de bronze, prata e ouro, por terem se destacados dos demais e ocupado a terceira, a segunda e a primeira colocações nos esportes em que concorreram e foram vencedores. E isso foi a glória deles. Mas, e a glória moral desses vencedores, como anda?

Embora eu não tenha acompanhado os jogos olímpicos, fiquei sabendo de alguns fatos que envolveram personagens deles, devido a mídia ter feito a cobertura dela e publicado nas redes sociais. E, segundo a opinião de muitos, foi um sucesso. Até pessoas de países considerados de primeiro mundo fizeram elogios ao cenário no qual ele foi realizado. E isso gerou ciúmes a alguns que tinham nas mãos o governo e a gerência de alguns órgãos que estavam envolvidos no certame, mas que foram afastados antes da conclusão dos arranjos para a sua realização. Cobraram a paternidade da criança, e se sentiram frustrados por não terem subido ao “pódio” junto com os atletas vencedores. Alegaram as verbas que destinaram ao evento e que foram decisivas para a sua realização. E também dos atletas vencedores foi alegado que a bolsa que receberam para as suas preparações foram concedidas por eles, pelos que detinham o poder de mando antes dos jogos.

Alguns desses atletas, talvez pressionados por esses que ficaram enciumados, acabaram por  manifestar a sua gratidão pelo benefício recebido, ou, fazendo politicagem, manifestado a sua antipatia por aqueles que detém o poder no momento. A ocasião não era para isso, para mostrar gratidão ou simpatia por partidos e personagens políticas. Eles apenas fazem também parte de um jogo, os quais são realizados nos bastidores.

Mas, deixando as picuinhas de lado, vamos ao que interessa.
Os campeões de um passado mais distante deveriam também ter comportamentos condizentes com o de vencedor e com o que o povo esperava dele. O atleta que manifestasse comportamento moral considerado não aceitável pela sociedade no qual estava inserido, podia até perder os louros recebidos por se ter destacado nas competições nas quais foi vencedor. Assim, não se ouvia falar em atleta gay, lésbica, traidor de parceiro, etc. Não que não houvesse. Mas havia temor de serem ridicularizados por suas fraquezas, e, assim, se mantinham no armário.

Hoje, com a liberdade que foi dada à libertinagem, isso se tornou até motivo de orgulho. Assim, um atleta foi para a cama com uma mulher que estava disponível para isso, e que registrou o ocorrido e postou nas redes sociais, não manifestando nenhuma vergonha pelo ato. Outros foram para baile funk e “encheram a cara”, fizeram baderna, e ainda tiveram a desfaçatez de mentirem, dizendo que foram assaltados, se aproveitando, talvez, da má imagem da cidade na qual as olímpiadas foram realizadas, e que é corrente no globo. Outro assediou a camareira do hotel onde estava hospedado.

Esses são os atletas que deverão servir de espelho e que serão imitados pelas crianças e jovens de hoje. Que esperar desses jovens no futuro?

Um recebeu medalha de ouro na competição, mas que medalha ele deveria receber pela sua moralidade? Alguém poderia dizer que não tem nada a ver uma coisa com outra. Ok. Isso me faz lembrar o caso do médico que fazia inseminação artificial e que estuprou as suas pacientes. Um campeão em fertilização, mas de caráter réprobo.
Que dizer ainda do competidor que foi apanhado no teste antidoping?

Quer fazer fama? Faça de modo digno.

Do que eu concluo que, nesse meio como no meio político, a diferença é nenhuma. Todos querem o ouro e o pódio, independentemente do seu caráter ser bom ou ruim. É ouro, é prata, mas enferrujados pela lama dos seus comportamentos e fraquezas.

Por Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 25/08/2016
Alterado em 25/09/2016
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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr