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Quem irá por nós?
QUEM IRÁ POR NÓS?

Isaías, antes de ser comissionado pelo Senhor, ao tempo da morte do rei Urias, teve uma visão de Deus. Isso o perturbou sobremaneira, levando-o a dizer: “Ai de mim que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios. E os meus olhos viram o rei, o Senhor dos Exércitos! Mas um dos serafins voou para mim trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com ela tocou a minha boca e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado.” Depois disto ele ouviu a voz do Senhor, que dizia: “A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse ele: Eis-me aqui, envia-me a mim. Então disse ele: Vai. . .”. Is. 6:5:9.

Quando o Senhor comissiona a alguém, Ele o chama e propõe-lhe o comissionamento, esperando dele o seu aval. A capacitação que Ele faz é no decurso da realização do comissionamento, não antes. Assim, ninguém espere receber um dom para então trabalhar. Ponha mãos à obra, e Deus o capacitará. Porque quem fez a boca também dará sabedoria, na medida da busca e do serviço.

Por ocasião do meu comissionamento, eu fui movido por Ele para ir a Manaus. Na ocasião eu fui convidado para ir a uma vigília em um monte, acompanhando um grupo de membros da igreja a qual eu pertenci por nove anos. Lá, quando orávamos, ouvi o Senhor falar por um vaso: “Quem quer sofrer por mim?” Então eu respondi: “Eu quero, Senhor”. Mas eu não tinha ideia do que me estava reservado. Perseguição por parte de alguns da direção daquela organização religiosa, rejeição, resistência e oposição feita por homens tidos como de Deus, os quais me disseram na cara que eu havia me fanatizado. Cheguei a sofrer até agressão do principal do rebanho, o pastor, o qual me vedou acesso ao púlpito. Fui ameaçado ter a cara quebrada bem como os meus óculos por um dos diáconos daquela entidade. Apesar disso tudo eu não saí de lá enquanto o Senhor não mandou que eu o fizesse. E isso usando um vaso seu dos membros que havia nessa mesma organização religiosa. Depois disso eu e aqueles que saíram de lá na ocasião, passamos a nos reunir na minha residência. Nessa ocasião o presidente regional daquela organização mandou aquela que foi meu consorte que metesse o chicote em nós, dizendo-lhe que ela era mais crente que nós. Lembra-te, Senhor, do que sofri por amor de ti e pelo zelo da tua causa.

E mesmo passado dezenove anos que fui apartado daquele meio, ainda hoje insistem em me difamar e perseguir, mas querem que eu retorne para o seu meio, dizendo que Deus me quer lá.

Até “pretensos profetas” foram usados para falar que não foi Deus quem nos mandou sair de lá.

Apesar da decadência havida naquela entidade, o que já havia sido previsto pelo Senhor que ocorreria, e não obstante o sofrimento que aqueles que nos perseguiram e jogaram pedras têm sofrido, eles se mantêm de modo obstinado a seguir o caminho que pensam ser o do Senhor.

Às vezes eu me surpreendo com a resistência que eu tenho tido para suportar tudo o que me tem sobrevindo. E não posso atribuir isso a não ser à graça de Deus, que tem operado a meu favor. Pois, dos que saíram de lá na ocasião, apenas alguns não voltaram. Mas, como disse Jesus, um profeta não tem honra a não ser na sua pátria e no meio dos seus.

Muitas têm sido as lutas que eu tenho tido até aqui, mas Deus tem sido fiel e me ajudado, apesar das minhas fraquezas como homem.
oliprest
Enviado por oliprest em 20/12/2016


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