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Medindo nossa confiança em Deus
Nos nossos dias, nas mais diversas áreas do conhecimento humano, os homens conseguem mensurar peso, volume, massa, energia, tempo, e até coisas abstratas, como: desempenho, aceitação, QI, etc. E Deus, também o faz? Vejamos:

Já que Deus é o criador do homem, também isso faz, e com maior precisão, como em áreas nem cogitadas pelo ser humano.

Disse Isaías: “Quem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu numa medida o pó da terra e pesou os montes com pesos e os outeiros em balanças?” Is. 40:12.

Vejamos a nossa confiança, como poderíamos aferi-la? Se é que isso seria possível. Porque, a confiança de um grupo é possível aferir pelo grau, ou número, ou índice de aceitação dele, suas ideias, suas teses. Mas, como medir em nós mesmos a nossa confiança em Deus?

Será que essa fé tão propalada no meio cristão tem verdadeiramente eficácia no momento em que é preciso manifestá-la ou pô-la em ação?

Um texto do livro de Jó narra o diálogo dele com uns amigos seus que o visitaram com a pretensão de consolá-lo por ocasião do infortúnio que veio sobre ele. E um deles perguntou a Jó se porventura a confiança dele em Deus não era o temor dele a Deus. E quando falamos isso pode nos ocorrer o pensamento que “o temor a Deus” seja medo de Deus, já que medo e temor aparecem como sinônimos nos dicionários.

Entretanto, um texto bíblico de Salomão diz: “O temor do Senhor é aborrecer o mal”. Pv. 8:13, p.parte. Aborrecer também é traduzido em algumas versões bíblicas como odiar. Mas precisamos saber o que é o mal, o qual é preciso aborrecer ou odiar a fim de praticar o temor do Senhor.

Bem, “o mal” é um adjetivo do pecado. E sobre isso o apóstolo Paulo trata no capítulo sete da sua epístola, carta doutrinária, aos Romanos. Sugiro a leitura do meu artigo “O bem e o mal”, bem como a síntese “O bem e o mal” – Questionário síntese - publicado no recantodasletras.

Então só pode haver confiança em Deus se houver rejeição ao pecado. Cai por terra assim o argumento de que não é possível não pecar, devido ser uma ação nata do ser humano.

Li de um pastor um episódio no qual ele comprou uma área de terra para construir um templo para os seus fiéis. Determinou que naquele local seria o templo. Mas as autoridades que tratavam do zoneamento urbano daquele país não deram a licença para a construção pretendida. Então, mesmo que seja o papa, nada pode ser feito se Deus não permitir. Portanto, dizer que tem fé e que determina e que, por isso, Deus cumpre, é engano.

Mas, como medir de modo bem simples o grau de confiança de alguém em Deus?

Basta fazer algumas perguntas objetivas para aquele que diz ter confiança, como:

Se você adoece, você faz o quê? Primeiro ora a Deus, faz um voto a ele, chama os presbíteros da igreja para orarem ungindo-o com óleo, ou corre para a farmácia, ou hospital ou um médico?

Quando você tá sem alimento necessário para a alma (corpo com vida) e você só tem a parte devida a Deus, a qual você tem separado para devolvê-lo, o que você faz? Você diz: “Deus conhece a minha necessidade, e ele não vai me condenar por eu lançar mão daquilo que é dele e que veio junto com o meu ganho”.

Você poderia trabalhar no projeto “IDE” de Jesus, ganhando almas para o seu reino, mas você tem como argumento que precisa “pagar as contas”, e, se você não trabalhar, também não vai ter como fazê-lo.

Também poderia ir aos hospitais, asilos, penitenciarias, visitar os que lá estão; mas você diz que você já contribui para a igreja, e que isso não ficou pra você, que é dever dos pastores.

Você tem lutado muito para formar os seus filhos nas ciências, a fim de eles terem autossuficiência e sejam bem sucedidos, não para ser um evangelista, ou missionário ou pastor.

Você percebeu que seu filho/a tem um dom para cantar. Então você estimula a vocação nata que você percebeu neles, a fim de que ele/ela seja bem sucedido e faça fama e fortuna.

Você procura se informar sobre aqueles que você tem como irmãos. E divide o seu pão com o que não tem ou tem pouco, considerando as suas posses.

Você vende o que tem para ajudar a um irmão da igreja ou do mesmo credo religioso que o seu, cumprindo o que disse Jesus: “Vendei o que tendes; dai esmolas”. Lc. 12:33.

São muitas as possibilidades que podem ser avaliadas ou mensuradas (medidas) como demonstração de confiança em Deus. Mas, cremos que essas são suficientes para avaliação do grau de confiança de alguém com relação a ele, Deus.

Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 31/12/2016
Alterado em 03/03/2018


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr