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Pai, por que me abandonaste?

Essa foi a única pergunta que Jesus fez ao seu Pai quando ele estava crucificado, e possivelmente também durante o seu ministério terreno. Mas por quê Deus abandonou o seu Filho amado?

Por duas ocasiões eu tive que me ausentar de dois familiares que tinham que passar por procedimentos médicos, devido os procedimentos dolorosos que eles teriam que ser submetido, e cuja presença minha era dispensável. Eu sofreria, e isso em nada suavizaria os seus sofrimentos. Assim, eu me guardei para poder estar fortalecido por ocasião do nosso reencontro, sem demonstrar fragilidade.

Jesus tinha que passar por aquele sofrimento cruento, e a presença do Pai só aumentaria o repúdio deste por aqueles assassinos sanguinários. Assim, Ele teve que deixá-lo por algum tempo até que tudo estivesse consumado. Acho que o Pai teve que desviar por um momento o seu olhar do seu Filho, não abandoná-lo.

Jesus suportou com galhardia os seus martírios, e, mesmo nessa ocasião, não se mostrou apreensivo nem duvidoso. Mas, como humano, estava sujeito aos sofrimentos inerentes aos humanos.

Nem sempre é abandono de Deus, mas
nós também passamos por situações semelhantes, guardada as proporções, lógico.

Assim, podemos rogar: “Pai não me abandones na cruz!”

Manaus-Am, 20/06/2016

Oli Prestes
Missionario
oliprest
Enviado por oliprest em 20/06/2018
Alterado em 26/06/2018


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr