DESCANSO: O DE DEUS E O DOS JUDEUS
OS SÁBADOS
Sábado significa descanso. E existe um instituído por Deus antes da criação do universo e outros dados no Sinai como ordenação temporal, e que, como mandamento de ordenança, teve a sua duração ou vigência, e que foi abolido no tempo devido.
O sábado do Senhor é o sétimo dia da semana, dentro da ordem estabelecida por Deus na criação, conforme lemos em Gn. 1:1-31 e 2:1-3. Já o sábado da lei de Moisés consistia em um tempo de descanso, que podia ser: um dia para os homens ou um ano para a terra.
Os Sábados das solenidades
“Depois falou o Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as solenidades: Seis dias obra se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações. Estas são as solenidades do Senhor, as santas convocações, que convocareis no seu tempo determinado: No mês primeiro, aos quatorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor. E aos quinze dias deste mês é a festa dos asmos do Senhor: sete dias comereis asmos. No primeiro dia tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis. Mas sete dias oferecereis oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis”. Lv. 23:1-8.
Ora, em cada ano o primeiro dia de um determinado mês cai em dia diferente da semana. Assim, o dia 14 de Abib também caía em diferentes dias da semana. Mas a páscoa deveria ser realizada à noite do dia 14 do mês de Abib, ou seja, à noite que precede a parte clara do dia 14, e, no dia quinze, a festa dos asmos ao Senhor. Nesse dia 15 de Abib havia santa convocação, nenhuma obra servil se fazia. Esse era um sábado (descanso). Sete dias se oferecia oferta queimada ao Senhor; ao sétimo dia havia nova convocação, e nenhuma obra servil se fazia. Era outro sábado (descanso) solene.
Também na festa da primícia, que se contava sete semanas seguidas a partir do sábado em que era trazido o molho das primícias, para o sacerdote apresentar ao Senhor como oferta de movimento. Assim, se contava sete semanas, e no quinquagésimo dia havia santa convocação, e nenhuma obra servil se fazia; era outro sábado (descanso). Lv. 23:9-21.
Outrossim, no mês sétimo, o primeiro dia do mês era sábado (descanso), memória de jubilação, santa convocação. Nenhuma obra servil se fazia. Versículos. 24 e 25. E ao décimo dia do mês sétimo havia o jejum coletivo e nacional, e nenhuma obra servil se fazia, era sábado (descanso): o dia da expiação. Versículos 27 e 28. E quem não jejuasse naquele dia era excluído do povo. Versículo 29. Assim como todo aquele que fizesse alguma obra, também seria destruído pelo Senhor do meio do seu povo. Era outro sábado (descanso). Lv. 23:30 a 32.
E aos quinze dias do mês sétimo, era a festa dos tabernáculos por sete dias. E ao oitavo dia havia santa convocação, e nenhuma obra servil se fazia. Versículos 34 a 36.
“Porém celebrareis a festa do Senhor por sete dias; e ao dia primeiro haverá descanso, e ao oitavo haverá descanso (sábado). Versículo 39.
Eram os sábados da lei cerimonial. Além dos sábados do Senhor. Versículo 38.
Os sábados da terra
“Falou mais o Senhor a Moisés no monte de Sinai, dizendo: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra guardará um sábado ao Senhor. Seis anos semearás a tua terra, e seis anos podarás a tua vinha, e colherás a sua novidade. Porém ao sétimo ano haverá sábado de descanso para a terra, um sábado ao Senhor; não semearás o teu campo nem podarás a tua vinha. O que nascer de si mesmo da tua sega, segarás, e as uvas da tua vide tratadas não vindimarás; ano de descanso será para a terra. Mas a novidade do sábado da terra vos será por alimento, a ti e ao teu servo, e à tua serva, e ao teu jornaleiro, e ao estrangeiro que peregrina contigo. E ao teu gado, e aos teus animais, que estão na tua terra, toda a sua novidade será por mantimento”. Lv. 25:1-7.
“Também contarás sete semanas de anos, sete vezes sete anos; de maneira que os dias das sete semanas de anos te serão quarenta e nove anos. Então no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta do jubileu; no dia da expiação fareis passar a trombeta por toda a vossa terra. E santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e tornareis, cada um à sua família. O ano quinquagésimo vos será jubileu; não semeareis nem segareis o que nele nascer de si mesmo, nem vindimareis as uvas das vides não tratadas. Porque jubileu é, santo será para vós; a novidade do campo comereis”. Lv. 25:8-12.
Observemos que aos sábados do Senhor ele os chama de MEUS SÁBADOS. Lv. 26:2, enquanto que aos sábados festivos ou solenes ele os chama de VOSSOS SÁBADOS. Lv. 23:32, ú.parte.
E mesmo a não observância do sábado da terra era punido pelo Senhor. Veja:
“E assolarei a terra, e se espantarão disso os vossos inimigos que nela morarem. E vos espalharei entre as nações, e desembainharei a espada atrás de vós; e a vossa terra será assolada, e as vossas cidades serão desertas. Então a terra folgará nos seus sábados, todos os dias da sua assolação, e vós estareis na terra dos vossos inimigos; então a terra descansará, e folgará nos seus sábados. Todos os dias da assolação descansará, porque não descansou nos vossos sábados, quando habitáveis nela. (...). E a terra será desamparada deles, e folgará nos seus sábados, sendo assolada por causa deles; e tomarão por bem o castigo da sua iniquidade, em razão mesmo de que rejeitaram os meus juízos e a sua alma se enfadou dos meus estatutos”. Lv. 26:32, 35 e 43.
“Estes são os estatutos, e os juízos, e as leis que deu o Senhor entre si e os filhos de Israel, no monte Sinai, pela mão de Moisés”. Versículo 46.
Esses sábados festivos eram praticados pelos judeus ao tempo de Jesus, os quais o acusaram de transgredi-los e permitir a sua transgressão.
Numa das vezes foi quando Ele curou a um paralítico e mandou que ele tomasse o seu leito e andasse. Conforme inferimos da passagem atinente ao episódio, aquele era um sábado festivo e não um sábado da Lei do Senhor. Veja:
“Depois disso havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora em Jerusalém há, próximo à porta das ovelhas, um tanque, chamado em hebreu Betesda, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia grande multidão de enfermos; cegos, mancos e ressicados, esperando o movimento das águas. Porquanto um anjo descia em certo tempo ao tanque, e agitava a água; e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. E estava ali um homem que, havia trinta e oito anos, se achava enfermo. E Jesus, vendo este deitado, e sabendo que estava neste estado havia muito tempo, disse-lhe: Queres ficar são? O enfermo respondeu-lhe: Senhor, não tenho homem algum que, quando a água é agitada, me meta no tanque; mas, enquanto eu vou, desce outro antes de mim. Jesus disse-lhe; Levanta-te, toma a tua cama, e anda. Logo aquele homem ficou são; e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado. Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar a cama. Ele respondeu-lhes: Aquele que me curou, ele próprio disse: Toma a tua cama, e anda”. Jo. 5:1-11.
O capítulo inicia dizendo que havia uma festa entre os judeus. Que festa era essa? Uma festa solene judaica na qual havia convocação deles, e quando havia sábado (descanso) tanto no primeiro quanto no último dia da festa.
Naquela ocasião Jesus falou aos judeus: “Mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor de Deus.” Versículo 42. E esse amor é a guarda dos Seus Mandamentos. Jo. 14:15, I Jo. 5:3. Assim, os judeus eram rigorosos quanto à lei de Moisés, que ordenava as festas e os seus respectivos sábados (descansos), mas não tinham o mesmo rigor para com a Lei de Deus. E a seguir disse Jesus: “Eu vim em nome de meu pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis... Não cuideis que eu vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” Jo. 5:42 a 47.
E em outra ocasião Ele disse: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence do pecado? E se vos digo a verdade, por que não me credes? Jo. 8:44 a 46. Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus. E vós não o conheceis, mas eu conheço-o; e, se disser que não o conheço, serei mentiroso como vós; mas conheço-o e guardo a sua palavra”. V. 55.
Ora, como já demonstramos sobejamente, “a verdade” é os mandamentos de Deus. Assim, nada obstante o rigor dos judeus, eles não obedeciam a esses mandamentos, o decálogo divino. Jesus também falou que eles tinham por pai o diabo, que é o pai da mentira e que não se firmou na verdade. E o Espírito Santo inspirou a João, que escreveu: “E nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do diabo: quem não pratica a justiça não é de Deus. E a verdade e a justiça são uma só coisa: Os Mandamentos de Deus.” I Jo. 3:10, e Sl. 119:142 e 172.
Ele falou ainda que os judeus não conheciam ao Seu Pai. E isso corresponde ao que escreveu João: “Aquele que diz eu O conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso e não está com a verdade.” I Jo. 2:4.
Outro episódio tomado como justificativa por alguns como alegação para não observar o sábado, foi o que envolveu os discípulos de Jesus, que colheram espigas e comeram num sábado, o que resultou em censura da parte dos fariseus. Vamos saber que sábado era aquele.
Mateus escreveu: “Naquele tempo passou Jesus pelas searas, em um sábado; e os seus discípulos, tendo fome, começaram a colher espigas, e a comer. E os fariseus, vendo isto, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer num sábado. Ele, porém, lhes disse: Não tendes lido o que fez Davi, quando teve fome, ele e os que com ele estavam? Como entrou na casa de Deus, e comeu os pães da proposição, que não lhe era lícito comer, nem aos que com ele estavam, mas só os sacerdotes? Ou não tendes lido na lei que, aos sábados, os sacerdotes no templo violam o sábado, e ficam sem culpa? Marcos registrou o episódio assim: E aconteceu que, passando ele num sábado pelas searas, os seus discípulos, caminhando, começaram a colher espigas. E os fariseus lhe disseram: Por que fazem no sábado o que não é lícito? E Lucas registrou o ocorrido, dessa forma: E aconteceu que, no sábado segundo-primeiro, passou pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas, e, esfregando-as com as mãos, as comiam. E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que não é lícito fazer nos sábados?” Lc. 6:1 e 2. Mt. 12:1-5; Mc. 2:23 e 24.
Esta última narrativa elucida as demais. O termo “no sábado segundo-primeiro” nos faz entender que aquele era “um sábado festivo”, sendo o segundo do período solene.
Mas parece que existe certa presunção por uns quanto ao sábado do Senhor. É que existe pensamento incorreto em alguns, os quais pensam que o sábado só existiu com a lei de mandamentos dados no Sinai, para a nação de Israel. Mas isso não está correto. Pois, antes que ele fosse incluído na Lei para ser lembrado, ele já era observado pelos tementes a Deus. E a transgressão dele, mesmo antes que Deus houvesse falado das nuvens quando o publicou diante da face do povo, foi censurado por Deus, veja:
“Ao sexto dia, colheram pão em dobro, dois gômeres para cada um; e os principais da congregação vieram e contaram-no a Moisés. Respondeu-lhes ele: Isto é o que disse o Senhor: Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor; o que quiserdes cozer no forno, cozei-o, e o que quiserdes cozer em água, cozei-o em água; e tudo o que sobrar separai, guardando para a manhã seguinte. E guardaram-no até pela manhã seguinte, como Moisés ordenara; e não cheirou mal, nem deu bichos. Então, disse Moisés: Comei-o hoje, porquanto o sábado é do Senhor; hoje, não o achareis no campo. Seis dias o colhereis, mas o sétimo dia é o sábado; nele, não haverá. Ao sétimo dia, saíram alguns do povo para o colher, porém não o acharam. Então, disse o Senhor a Moisés: Até quando recusareis guardar os meus mandamentos e as minhas leis? Considerai que o Senhor vos deu o sábado; por isso, ele, no sexto dia, vos dá pão para dois dias; cada um fique onde está, ninguém saia do seu lugar no sétimo dia.”. Êx. 16:22 a 30.
Se o maná fosse produzido sem que Deus interviesse para isso, ou seja, sem que Ele desse, eles poderiam encontrar no dia de sábado. Mas Deus mostrou que o pão era providência Sua. E Ele fazia a Sua parte: provia em dobro no sexto dia, para que eles não tivessem razão para não observar a santificação do sétimo dia, o sábado do Senhor.
Aquele povo havia sido gerado no Egito, onde esteve por quatrocentos anos. Foi escravo de Faraó, e não tinha mais a liberdade para guardar o sábado que eles haviam recebido dos seus pais, os patriarcas, como mandamento. Esse mau costume foi suportado por Deus durante quarenta anos.
Outrossim, eles se haviam mesclado com egípcios, e havia um misto de gente saído com eles. Êx. 12:38. Esse misto de gente não aceitaria leis que não conheciam e de cujo Deus não conheciam e não temiam. Houve necessidade de algo maravilhoso como o que Deus fez, lhes falando das nuvens as Suas Leis. Mas muitos não quiseram ouvir a Sua voz, nem audivelmente nem retransmitida por Moisés, razão porque muitos pereceram no deserto, em consequência dos seus pecados. Hb. 3:8 a 11 e 15 a 19.
Hoje o mundo é o Egito, simbolicamente. E alguns que hoje têm sido salvos dele, e chamados para “o caminho da verdade”, não renunciam os seus maus costumes, e não querem se sujeitar aos Mandamentos do Senhor e nem às Suas Leis. Por essa razão fala o Espírito Santo na epístola aos Hebreus:
“Temamos, pois que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás. Porque também a nós foram pregadas as boas-novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. E outra vez neste lugar: Não entrarão no meu repouso. Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas, não puderam entrar por causa da desobediência, determina outra vez um certo dia, hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. Portanto resta ainda um repouso sabático para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas. Procuremos pois entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”. Hb. 4:1 a 11. E adverte:
“Portanto, como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto, onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram os meus caminhos. Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso. Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo. Antes exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado. Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmes o princípio da nossa confiança até ao fim. Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação. Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram; mas não todos os que saíram do Egito por meio de Moisés. Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi porventura com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? * E a quem jurou, senão aos que foram desobedientes que, não entraram no seu repouso? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade”. Hb. 3:7 a 19.
Não obstante essa enérgica advertência feita pelo próprio Deus, o engano tem endurecido aos incrédulos, que buscam uma salvação por meio de artifícios ardilosos, mudando em mentira a verdade de Deus, os Seus Mandamentos, e não entram no descanso ordenado pelo Senhor, que, embora não se canse, entrou no descanso do sétimo dia, dando-nos o exemplo.
Em nenhum momento Ele mudou a Sua Lei, que o salmista diz que é eterna. Sl. 119:142 e 117, ú.parte. E Ele é o Senhor do sábado, sendo, portanto, esse dia o dia do Senhor. Ele nunca disse ser o Senhor do domingo. Mesmo porque, apesar de Ele ter feito todos os dias, não foi Ele que o nomeou de “domingo”, ou sunday (dia do sol). Aos dias da semana Ele os chamou de primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto. O único que Ele chamou de sábado (descanso) foi o sétimo. O qual também Ele abençoou e santificou. Gn. 2:2 e 3.
Mas o Seu povo, tanto no passado como no presente, tem resistido a observar os Seus Mandamentos, entrar nesse repouso. Razão porque Deus tem usado os Seus profetas, e, de vários modos, falado e exortado o povo a deixar o seu mau caminho e buscar a “vereda antiga”. Jr. 6:16.
A transgressão pela qual se podia oferecer o sacrifício por ele era a não voluntária. Ou seja, o erro por ignorância. Mas o voluntário devia ser expiado com a morte do transgressor, veja:
“Falou mais o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel, dizendo: Quando uma alma pecar por ignorância contra alguns dos mandamentos do Senhor, acerca do que se não deve fazer, e obrar contra algum deles; se o sacerdote ungido pecar para escândalo do povo, oferecerá pelo seu pecado, que pecou, um novilho sem mancha, por expiação do pecado.” Lv. 4:1-3. “Mas, se toda a congregação de Israel errar, e o negócio for oculto aos olhos da congregação, e se fizerem, contra algum dos mandamentos do Senhor, aquilo que se não deve fazer, e forem culpados; e o pecado em que pecarem for notório, então a congregação oferecerá um novilho, por expiação do pecado, e o trará diante da tenda da congregação.” Lv. 4:13 a 14. “Quando um príncipe pecar, e por ignorância obrar contra algum de todos os mandamentos do Senhor seu Deus, naquilo que se não deve fazer, e assim for culpado; ou se o seu pecado, no qual pecou, lhe for notificado, então trará por sua oferta um bode tirado de entre as cabras, macho sem mancha.” Lv. 4:22 e 23. “E qualquer outra pessoa do povo da terra pecar por ignorância, fazendo contra algum dos mandamentos do Senhor, naquilo que se não deve fazer, e assim for culpado; ou se o seu pecado, no qual pecou, lhe for notificado, então trará por sua oferta uma cabra, fêmea sem mancha, pelo seu pecado que pecou.” Lv. 4:27 e 28. “E quando alguma pessoa pecar, ouvindo a voz de blasfêmia, de que for testemunha, seja que o viu, ou que o soube, se o não denunciar, então levará a sua iniquidade.” Lv. 5:1.
“Ou, quando alguma pessoa jurar, pronunciando temerariamente com os seus beiços, para fazer mal, ou para fazer bem, em tudo o que o homem pronuncia temerariamente com juramento, e lhe for oculto, e o souber depois, culpado será numa destas coisas. Quando alguma pessoa cometer uma transgressão, e pecar por ignorância nas cousas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor por expiação um carneiro sem mancha do rebanho, conforme a tua estimativa em siclos de prata, segundo o siclo do santuário, para expiação da culpa. E, se alguma pessoa pecar, e obrar contra algum de todos os mandamentos do Senhor, o que se não deve fazer, ainda que o não soubesse, contudo será ela culpada, e levará a sua iniquidade.” Lv. 5:1, 4, 15 e 17. “Será que, quando se fizer alguma cousa por ignorância, e for descoberto aos olhos da congregação, toda a congregação oferecerá um novilho para holocausto em cheiro suave ao Senhor; com a sua oferta de manjares e libação conforme ao estatuto, e um bode para expiação do pecado. Mas a alma que fizer alguma cousa à mão levantada, quer seja dos naturais quer dos estrangeiros, injuria ao Senhor; tal alma será extirpada do meio do seu povo, pois desprezou a palavra do Senhor, e anulou o seu mandamento; totalmente será extirpada aquela alma, a sua iniquidade será sobre ela”. Nm. 15:24, 26 e 27, 30 e 31.
Diz o missivista aos hebreus:
“E a quem jurou que não entrariam no seu repouso, senão aos que foram desobedientes? E vemos que não puderam entrar por causa da sua incredulidade”. Hb. 3:18 e 19.
Entendemos que esse texto contém erro, e a seguir mostraremos as razões.
O repouso a que se refere o texto é o sétimo dia, o sábado do Senhor, veja:
“Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fica para trás. Porque também a nós foram pregadas as boas novas, como a eles, mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram. Porque nós, os que temos crido, entramos no repouso, tal como disse: Assim jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso; embora as suas obras estivessem acabadas desde a fundação do mundo. Porque em certo lugar disse assim do dia sétimo: E repousou Deus de todas as suas obras no sétimo dia. E outra vez neste lugar: Não entrarão (não entraram) no meu repouso. Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, determina outra vez um certo dia, Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações. Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso (sabático) para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das suas.” Hb. 4:1 a 10.
O texto de Hebreus quatro trata especificamente do repouso do Senhor, o sétimo dia da semana, o qual é continuação do que trata no final do capitulo três, a saber: o repouso do Senhor. E diz claramente que se Josué tivesse dado repouso ao povo de Israel, não falaria depois disso de outro dia. Mas que o Salmista, muito tempo depois, falou sobre outro dia. E o verso nove diz: “Portanto, resta um repouso sabático para o povo de Deus.” Assim, o missivista reporta-se ao repouso de Deus, e não ao repouso concedido por Josué ao introduzi-lo na terra prometida. Portanto, o texto estaria correto se vertido como segue:
“E a quem jurou, senão aos que foram desobedientes, que não entraram no seu repouso”? Hb. 3:18.
E a seguir diz a razão pela qual eles não entraram no repouso de Deus, ou seja, não santificaram o sétimo dia, o sábado do Senhor: Por causa das suas incredulidades. Versículo 19. E por isso diz o Espírito pelo missivista:
“Procuremos, pois, entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência”. Hb. 4:11. Ou seja, procuremos santificar o dia do sábado, para não incorrermos no mesmo exemplo de desobediência.
Portanto, diz ainda o Espírito pelo missivista:
“Pelo que, deixando os rudimentos da doutrina de Cristo, prossigamos até a perfeição, não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas e de fé em Deus. E da doutrina dos batismos, e da imposição das mãos, e da ressurreição dos mortos, e do juízo eterno. E isto faremos, se Deus o permitir. Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celeste, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificaram o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério”. Hb. 6:1-6. “Porque se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, (os Mandamentos de Deus conforme salmo 119:142), já não resta mais sacrifício pelos pecados. Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que disse: “Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. Hb. 10:26 a 31.
Conforme o que o Espírito concedeu ao missivista aos hebreus, não mais existem sacrifícios pelos pecados daqueles que recaíram. Mas se o erro for por ignorância, o pecador pode oferecer o seu sacrifício, o sacrifício da sua alma, afligindo-a com jejuns, que corresponde aos sacrifícios mencionados no salmo 50:5, onde diz: “congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um concerto com sacrifícios.”
Deus não pode invalidar a Sua palavra. Mas há quem queira que Deus lhe julgue segundo a Sua misericórdia, e não segundo a Sua justiça. Mas a palavra inspirada ao salmista, diz: “Julga-me segundo a tua justiça, Senhor Deus meu”. Sl. 35:24, p.parte. E o próprio Deus fala: “O Deus poderoso, o Senhor, falou e chamou a terra desde o nascimento do sol até o seu ocaso. Desde Sião, a perfeição da formosura resplandeceu Deus. Virá o nosso Deus, e não se calará; adiante dele um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dele. Chamará os céus, do alto, e a terra, para julgar o Seu povo. Congregai os meus santos, aqueles que fizeram comigo um concerto com sacrifícios. E os céus anunciarão a sua justiça (os seus mandamentos, conforme Sl. 119:172); pois Deus mesmo é o Juiz”. Sl. 50:1-6. E diz ainda outra escritura: (...) “Perante a face do Senhor, porque vem a julgar a terra; com justiça julgará o mundo, e o povo com equidade. Sl. 98:9. E mais: “Ante a face do Senhor, por que vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com a sua verdade”. Sl. 96:13.
Como vemos na citação, os povos serão julgados com a Sua Justiça e a Sua Verdade, os quais correspondem aos Seus Mandamentos. Mas se alguém quiser negar as Escrituras antigas, então ouça a que chamam de nova, o Apocalipse:
“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça.” Ap. 19:11.
Portanto, “Lembra-te do dia do sábado, para santificá-lo. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou”. Ex. 20:8 a 11.
OS MEUS SÁBADOS E OS VOSSOS SÁBADOS
1) Que significa sábado?
Descanso. Lv. 23:3 e 32.
2) Como chama Deus ao Seu descanso?
Meus sábados. Ez. 20:12; sábado do Senhor. Lv. 26:2; Êx. 16:25, 20:10; santo dia do Senhor. Is. 58:13.
3) Como chamou Deus aos dias solenes nos quais havia descanso, e constantes da lei cerimonial?
Sábados. Lv. 23:3. Vossos sábados. Lv. 23:32. Seus sábados. Os. 2:11.
4) Quem deu o sábado ao homem?
Jesus. Êx. 20:1
5) Como sabemos disso?
Disse Jesus: "Porque o Filho do Homem até do sábado é Senhor." Lc. 6:5.
6) Se Jesus é o Senhor do sábado, então qual é o dia do Senhor?
O sábado.
7) Em que dia foi João arrebatado e teve a visão do Apocalipse?
No dia do Senhor. Ap. 1:10.
8) Que sinal instituiu Deus entre si e Seu povo?
A santificação do sábado. Ez. 20:20.
9) Que requer Ele para que sejamos Seus servos?
Que santifiquemos o dia do sábado. Ez. 20:20 e Is. 56:6.
10) Quando Deus fez os céus e a terra, em que dia Ele descansou?
No sábado. Gn. 2:2.
11) Qual a razão de ter Deus descansado?
Deus não fez o homem por causa do sábado, mas o sábado por causa do homem. Mc. 2:27. Então Ele descansou para nosso exemplo.
12) Que dia abençoou Deus desde a fundação do mundo?
O dia do sábado. Gn. 2:3.
13) A qual mandamento corresponde a guarda do Sábado?
Ao quarto mandamento da Lei de Deus. Êx. 20:8.
14) Como devemos guardar esse dia?
Não falando nossas palavras, nem pretendendo fazer nossa vontade. Is. 58:13. Não fazendo nele nenhum trabalho servil. Ex. 20:8 a 11.
15) Como devemos chamá-lo?
Deleitoso; santo dia do Senhor; digno de honra. Is. 58:13.
16) Como chama Deus ao quebrantamento do sábado?
Profanação. Is. 56:2 e 6.
17) Que promessa fez Deus para os que se guardarem de profanar o dia do sábado?
"Também lhes darei na minha casa e dentro dos meus muros um lugar e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles que nunca se apagará." Is. 56:5.
18) Que outra promessa tem Deus para os guardadores do sábado, incluindo os filhos dos estrangeiros?
"Também os levarei ao meu santo monte, e os festejarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar." Is. 56:7.
19) Quais os dias nos quais podemos realizar trabalho servil?
Nos seis dias da semana, compreendidos entre os sábados. Êx. 20:9.
20) Que trabalho realizava Jesus aos sábados?
O relativo ao Seu ministério. Mc. 3:3 e 4; Mt. 12:9-12; Lc. 6:6-11.
21) Que disse o apóstolo Paulo sobre o tempo em que devemos trabalhar?
"Trabalhai dia e noite para não serdes pesados aos vossos irmãos. I Ts. 2:9.
22) Qual o trabalho do qual falou o apóstolo?
Aquele do qual disse Jesus: Trabalhai não pelo pão que perece, mas pelo que permanece. Jo. 6:27.
23) Quando começa o sábado e quando termina?
Começa ao pôr-do-sol do sexto dia, e termina no pôr-do-sol de sábado. Ne. 13:19; Lv.23:31 e 32.
24) Que trabalho não devemos fazer nesse dia?
Trabalho servil. Êx. 20:9; comprar, Ne. 10:31, 13:16-17; vender, Am 8:5 e 6.
25) Como sabemos que não devemos cozinhar nesse dia?
Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia do Sábado. Êx. 35:3.
26) Qual o sábado do qual disse Deus que não mais Lhe agradavam as reuniões das congregações?
Os sábados das festividades. Is. 1:13 e 14.
27) Em que sábado os discípulos colheram espigas para comer, razão porque os fariseus censuraram a Jesus?
No sábado dos judeus, sábado festivo. Lc. 6:1.
28) Como sabemos que o sábado em que Jesus mandou um homem levar sua cama era sábado festivo?
Porque a passagem bíblica que relata o episódio começa dizendo: "Depois disto havia uma festa entre os judeus, e Jesus subiu a Jerusalém." Jo. 5:1.
29) Quantos sábados havia em cada festa judaica?
Dois sábados solenes, além do sábado do Senhor. Lv. 23:7, 8, 21, 25, 27, 28, 30, 31, 35, 36 e 39.
30) Que outros sábados foram instituídos pelo Senhor, e que são por Ele chamados de sábados?
O sábado anual, que era guardado de sete em sete anos, e no qual não se semeava nem segava. Lv. 25:1-7; e o sábado do jubileu, o ano qüinquagésimo. Lv. 25:8-13.
31) Em que tempo a terra descansava dois sábados anuais seguidos?
No jubileu. Descansava o sétimo ano semanal e o oitavo ano, que era o qüinquagésimo. Lv. 25:1-5 e 10-13, 21 e 22.
32) Como chamava-se o dia seguinte à páscoa do povo de Israel?
Sábado. Lv. 23:6 e 7.
33) Em que dia ressuscitou Jesus?
No sábado. Mt. 28:1.
34) Como sabemos disso?
"E no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro; e eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. ... Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia." Mt. 28:1-3, 5 e 6.
35) E quando desponta um dia?
Ao pôr-do-sol do outro, do anterior. Ne. 13:19.
36) Com relação ao dia do sábado, o sétimo dia, que concitação faz o Espírito Santo pelo missivista aos hebreus?
"Temamos que porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós tenha falhado. Procuremos pois entrar naquele repouso, para que ninguém caia no mesmo exemplo de desobediência." Hb. 4:1 e 11.
37) De que dia fala o missivista no capítulo quatro de Hebreus?
Do sétimo dia, que corresponde ao sábado, o dia do descanso. Hb. 4:4; Êx. 20:10.
38) Que dia de guarda estabeleceu Deus como pacto perpétuo para o seu povo?
O dia do sábado. Êx. 31:16.
39) Como sabemos que ele é para nós também, outrora gentios?
Deus reprova o fazer acepção de pessoas na lei. Ml. 2:9.
"Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus. Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" Rm. 2:29; 9:24.
40) Que denúncia faz Deus pelo profeta Ezequiel?
Que os sacerdotes escondem os seus olhos do Sábado do Senhor, e profanam assim o Senhor no meio deles. Ez. 22:26, ú.parte.
Leia também "Razões para santificar o sábado", em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/5075771
Enviado por oliprest em 14/01/2012