PRECONCEITO

Os que tanto se opõem a preconceitos podem ser preconceituosos? Existe mesmo preconceito social? Como ele é manifesto e por quem? Vejamos:

Na formação do ser humano ele adquiri condicionamentos sutis, que estão naqueles que os ensina, seja pais, tios, primos, babás, professores, líderes religiosos e participantes do mesmo credo, etc., com os quais convive.

Assim, o que a criança ouve e vê ela pode incorporar ao seu “modus vivendis” caso ela não tenha uma doutrinação direcionada para outro modo de agir, no qual lhe poderá ser imposto de um ou de outro jeito, e os quais irão acompanha-los por toda a vida. Por essa razão diz Deus através de Salomão: “Ensina o menino no caminho em que deve andar, e depois de grande não se apartará dele”. E: “A estultícia está ligado ao coração da criança, mas a vara da correção afastará dela”.

Disse um filósofo que “o homem é fruto do meio ou do princípio”.

Quem determinou que a cor azul é para meninos e róseo para meninas? Quem determinou que meninos devam brincar de bola e meninas de boneca?

Certa vez eu comprei uma sandália de cor rósea. E o fiz por questão de preço e apenas para usá-la quando fosse tomar banho e em casa. E uma garota de nove anos me questionou a razão porque eu estava usando uma sandália daquela cor, dizendo que aquela deveria ser usada por mulher. Como argumentar com uma criança dessa idade uma coisa dessa?

Os tutores, principalmente pais, determinam as preferências de roupa, de calçados, de adereços; assim como o linguajar, o sotaque no falar, os trejeitos faciais nas reações das relações interpessoais, etc.

Hoje, as crianças cujos pais exercem suas atividades laborais fora dos olhos delas, passam mais tempo com outras pessoas que com eles. Assim, assimilam a linguagem daqueles com quem convivem, principalmente se são cuidadas por babás e/ou empregadas domésticas.

Eu observei, quando estive na casa de um familiar meu em São Paulo, que uma filha do casal passava metade do dia com a empregada e que falava algumas palavras semelhantes ao modo dela, diferentemente dos pais.

Mesmo os adultos assimilam sutis modos de falar que são próprios de determinado lugar.

Eu tenho sido perguntado sobre a minha procedência. E, quando digo, algumas pessoas questionam  o fato de eu não ter o sotaque característico do lugar da minha origem. Então eu justifico como razão o fato de eu estar à décadas fora do lugar onde nasci e fui criado.

Uma criança nascida no Brasil, se criada em outro país e por pessoas não brasileiras, quando adulta não parecerá ser de origem brasileira.

E os trejeitos assimilados na infância perdurarão por toda vida, a menos que o seu possuidor, tendo consciência disso, lute contra eles.

Mas são os pais que mais influenciam sobre a formação de uma criança. Então se os pais criam sua filha usando roupas de banho pouco decentes, ela achará isso normal e natural e usá-las-á sem escrúpulos.

Que mulher não se escandaliza ao ver um homem de saia ou usando adereços próprios para mulheres? Os conceitos que hoje estão sendo formulados e trazidos como bandeira por alguns, como: “meu corpo, minhas regras” também são conceitos novos e ainda estranhos para a maioria, a qual foi criada dentro de preceitos paternos.

Mas existem princípios divinos, os quais devem ser cultivados e adotados como devidos e corretos, posto que elaborados pelo Deus criador, o qual sabe o que é decoroso e proveitoso para aqueles que pertecem a família santa ou divina, que deverá habitar a nova terra na qual habitarão os escolhidos.

Navio Ferryboat Obidense II, Rio Amazonas, 13/07/2016
Oli Prestes
Missionário