O perigo da inocência
Há quem pense que a inocência é uma dádiva dos bons e que por isso estarão isentos do julgamento que Deus fará. Será que é assim? Que vantagem há no inocente sobre o não inocente? Vejamos.
Existe significativa diferença entre ser inocente ou não ter consciência de algo, como o perigo que há em fazer uma coisa ou agir de determinado modo, e ter o conhecimento dos perigos que envolvem certas coisas. O símplice ou bobo dá crédito a tudo ou acredita em tudo. E muitos têm sido enganados por causa disso, da sua inocência. A sutileza de um esperto leva ao engano do símplice, o qual não julga que há malícia na atitude dele. Por isso muitos sofrem danos e consequências desastrosas.
Se as criança soubessem as consequências que adviriam das suas atitudes infantis e pudessem avaliar a gravidade delas, com certeza não fariam muitas das coisas que fazem. Mas, mesmo alguns adultos(?) estão como crianças ou agindo como se fossem, por falta de entendimento, maturidade e falta de experiência. Outros, ainda que já tenham experimentado certas adversidades, insistem em pretender acertar naquilo em que já erraram, talvez por causa do jargão que o mundo usa como filosofia de vida e que vive a repetir, como: “não desista nunca”.
Um dos maiores disseminadores de enfermidades transmitidas por bactérias é a formiga doceira, que convive com os humanos, nas cozinhas e ou próximo delas, além dos insetos voadores como o mosquito. Eles são atraídos por todo tipo de odores que emanam tanto de alimentos quanto de fezes, e podem pousar alternadamente em um e em outro, contaminando os primeiros com as bactérias que transportam em suas patas e oriundo do segundo, as quais lhes servem também de alimento.
As abelhas são insetos altamente higiênicos e que também cultivam um antibiótico poderosíssimo para a defesa da sua colmeia. A própolis é um dos antibióticos naturais mais poderosos que existe. As formigas doceiras, ao encontrarem mel em favo, comem aquele, mas não este. Entretanto existe uma abelha negra que não tem o mesmo modo de agir, e, assim, não é higiênica nem cautelosa com a sua colmeia. Pousa em coisas mal cheirosas e o seu mel não é próprio para o consumo humano.
Não raro alguém, ao sofrer algum dano e ser informado do motivo, diz que não sabia que tal coisa pudesse ser/fazer mal. Ou seja, era inocente ou ignorante a respeito do fato.
Mas existem os que gostam de correr riscos e contar como faina o que fizeram.
Em torno de cinquenta pessoas morrem por ano ao comerem carne do peixe baiacu, um peixe que tem um veneno mortal, mesmo sabendo do risco que há em comê-lo.
Milhões estão aprisionados em drogas, por terem experimentado o que sabiam serem viciantes e/ou causar dependência. Esses não eram inocentes, mas quiseram ter as suas próprias experiências, achando talvez que o fariam com limites e tendo domínio sobre elas, enganando-se.
Um sem números se tem aventurado em tantas outras coisas, como sexo, bebida, fumo, etc., por ouvir que era bom, apesar dos tantos exemplos de insucesso ou fracasso nessa aventura, na qual milhões tem naufragado apesar do conhecimento de todos. Por quê? Por falta de um norteador correto, de uma bússola que lhe mostre o norte verdadeiro ou o Deus que é poderoso para dar-lhe domínio em tudo. Também por causa do pecado que age nele, o qual o induz a fazer aquilo que o tal não gostaria.
É preciso aprender com as más experiências e insucessos de outros. Porque “o justo se dá por avisado, mas o tolo segue em frente e sofre a pena”, segundo o que foi inspirado a Salomão.
Oriximiná-PA, 12/12/2015
Oli Prestes
Missionário
Enviado por oliprest em 18/12/2015