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AMAI-VOS UNS AOS OUTROS
         Conforme as escrituras, o amor fraternal é um mandamento. E diz João que é um novo mandamento nEle, em Jesus, e em nós.

         Na velha dispensação o mandamento mandava amar o próximo assim: “Honra o teu pai e a tua mãe. Não matarás. Não adulterarás. Não furtarás. Não dirás falso testemunho. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo. Êx. 20:12-17.

         O amor ao próximo consistia mais em não fazer mal ao próximo. Mas, na nova dispensação, Jesus deu-lhe mais ênfase quando disse: “Ouvistes que foi  dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. Pois, se amardes os que vos ama, que galardão havereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?  Mt. 5:43 e 44, 46 e 47.

         E o apóstolo Paulo falou inspiradamente: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Rm. 12:20.

         Jesus ainda foi mais enfático quando disse:

         “Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses e dá a qualquer que te pedir: e, ao que toma o que é teu, não lho tornes a pedir. E, como vós quereis que os homens  vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós também. E, se amardes aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. E se emprestardes àqueles de quem esperais tornar a receber, que recompensa tereis? Também os pecadores emprestam aos pecadores, para tornarem a receber outro tanto.  Amai pois a vossos inimigos, e fazei bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo: porque Ele é benigno até para com os ingratos e mais. Sede pois misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Lc. 29-36. Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.” Mt. 7:12.

         Ainda que no passado Moisés houvesse dado estatutos sobre o trato para com os homens, esse referia-se ao homem pertencente à nação de Israel, não ao estrangeiro gentio. E sobre isso escreveu na sua lei Moisés: “Vendo extraviado o boi ou ovelha de teu irmão, não te esconderás deles; restituí-los-ás sem falta a teu irmão. E se teu irmão não estiver perto de ti, ou tu o não conheceres, recolhê-lo-ás, na tua casa, para que fiquem contigo, até que teu irmão os busque, e tu lhos tornarás a dar. Assim também farás com o seu jumento, e assim farás com os seus vestidos; assim farás também com toda a cousa perdida, que se perder de teu irmão, e tu a achares; não te poderás esconder. O jumento de teu irmão, ou o seu boi, não verá caídos no caminho, e deles te esconderás; com ele os levantarás sem falta.” Dt.  22:1-4.

         Mas, desfeita a parede da inimizade que existia entre os povos, mandou o Senhor que nós amássemos o nosso próximo como a nós mesmos. E quanto ao amor fraternal, disse Jesus: “Um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Jo. 13;54. E depois o Espírito Santo confirmou nos seguintes termos: Porque esta é a mensagem que ouviste desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.” I Jo. 3:11.

         Desse amor, disse Paulo inspiradamente: “Quanto, porém, à caridade fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.” I Ts. 4:9.

         E ao apóstolo João foi revelado como se traduz esse amor, o qual disse:

         “E se alguém tiver bens do mundo e ver seu irmão em necessidade lhe fechar as entranhas, como estará nele o amor do Pai?” I Jo. 3:17.

         Esse amor, que diz Paulo devemos Ter ardente em nós, foi manifesto abundantemente nos primeiros dias da igreja cristã quando se vendiam as propriedades e se dava a renda para os apóstolos administrarem.

         E sobre esse amor o Espírito Santo inspirou a João que dele discorreu nos seguintes termos: “Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. Qualquer que odeia a seu irmão é homicida. E vós sabeis que nenhum homicida tem permanecente nele a vida eterna. Conhecemos a caridade nisto: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos. Quem pois tiver bens do mundo, e vendo o seu irmão necessitado, lhe cerras as suas entranhas, como estará nele a caridade de Deus? Meus filhinhos  não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dEle asseguraremos nossos corações; sabendo que,  se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus. E qualquer coisa que lhe pedirmos, dEle a receberemos; porque guardamos os seus mandamentos, e fazemos o que é agradável à sua vista. E o seu mandamento é este: que  creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.” I Jo. 3:14-23.

         Assim, nesse novo mandamento, além de termos de abrir nossa alma aos nossos irmãos e lhe fartarmos de bens a alma necessitada, ainda devemos dar a vida pelos mesmos. E sobre isto entendemos ser trabalhando para lhes levar a Cristo.

         E esse amor, também chamado de caridade, conforme a tradução, faz parte da Lei Perfeita na qual devemos estar e ser.

         Por isso diz o apóstolo João: “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. Nisto se manifestou a caridade de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por Ele vivamos. Nisto está a caridade, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nos devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus:  se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade. Nisto conhecemos que estamos nEle, e Ele em nós, pois que nos deu do Seu Espírito. E vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus no tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele. Nisto é perfeita a caridade para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual Ele é, somos nós também neste mundo. Na caridade não há temor, antes a perfeita caridade lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em caridade. Nós O amamos a Ele porque Ele nos amou primeiro. Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Porque quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não vi? E dEle temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão.” I João 4:7-21.

         Vale a pena ressaltar que esse amor não deve ser como o que o mundo cultiva, de gostar e conforme dizem, de coração. Por isso o mesmo apóstolo diz: “Meus filhinhos não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. I Jo. 3:18. E: Não como Caim, que era do maligno, e matou a seu irmão? E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más e as de seu irmão justas. I Jo. 3:12.

         Ora, como entendemos pelas escrituras, Caim teve inveja de seu irmão, o qual apresentou a Deus melhor oferta.

         Finalizando, queremos citar o que escreveu o apóstolo Paulo movido pelo Espírito Santo: “O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade. Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas; mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos; a ninguém torneis mal por mal;  procurai as coisas honestas, perante todos os homens.” Rm. 12:9 e 10, 13-17.

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Enviado por oliprest em 18/06/2011




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