Salmo 53 interpretado
Interpretando o Salmo 53
Sl. 53:1. “Diz o néscio no seu coração: Não há Deus. Corromperam-se e cometeram abominável iniqüidade; não há quem faça o bem.”
O salmo inicia referindo-se ao néscio, que corresponde ao ímpio em outra tradução bíblica. Logo, não se refere ao povo santo. Pois, o ímpio, conforme o texto, diz que não há Deus. Isso o povo santo não faz.
Por conseguinte, o texto seguinte diz que corromperam-se e cometeram abominável iniqüidade. O povo santo não faz isso. Porque o povo santo sabe o que é abominação e não a pratica.
O texto final desse versículo diz que não há quem faça o bem.
Ora, o bem, é um adjetivo da lei ou mandamento de Deus, veja:
Rm. 7:12. “De modo que a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. 13. Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se manifestasse excessivamente maligno.”
Isso não pode acontecer com todo o povo de Deus, embora nem todos pertencentes ao seu povo o faça.
Pois o seu Espírito diz o seguinte:
2 Jo. 1:4. “Muito me alegro por ter achado alguns de teus filhos andando na verdade, assim como recebemos mandamento do Pai.”
Logo, nem todos guardam os mandamentos, o qual é a lei de Deus e a sua Verdade e a sua Justiça. Sl. 119:142, u.parte e v. 172, u.parte.
Então o texto não se refere ao povo de Deus.
Sl. 53:2. “Deus olha lá dos céus para os filhos dos homens, para ver se há algum que tenha entendimento, que busque a Deus.”
Os filhos dos homens não são os filhos de Deus. Deus chama de filhos dos homens aos gentios. Ao seu povo ele dá outro tratamento como veremos adiante.
Sl. 53:3. “Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.”
Novamente é feito menção ao bem, a lei de Deus, cfe. citação anterior.
Esse texto diz que desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos. Isso o povo santo não faz, porque sabe o seu dever.
Sl. 53:4. “Acaso não têm conhecimento os que praticam a iniqüidade, os quais comem o meu povo como se comessem pão, e não invocam a Deus?”
Observemos que nesse texto é feito contraponto aos que praticam a iniqüidade. E diz que os que praticam a iniqüidade comem o povo de Deus como se comessem pão, e não invocam a Deus.
Ora, nesse texto fala de duas classes de pessoas, a saber: os obreiros da iniqüidade e o povo de Deus. Logo o texto não se refere pejorativamente ao povo santo também.
Sl. 53:5. “Eis que eles se acham em grande pavor onde não há motivo de pavor, porque Deus espalhará os ossos daqueles que se acampam contra ti; tu os confundirás, porque Deus os rejeitou.”
Nesse texto fala de um povo que sem razão se achará em grande pavor. Logo não fala do seu povo. Pois o povo santo está firmado na rocha, a palavra de Deus. E sendo o seu povo justo, ele não teme más notícias. Também diz que Deus espalhará os ossos daqueles que se acampam contra ti. Esse “ti” é uma referência ao povo santo. Também diz “tu o confundirás”, porque Deus os rejeitou. O texto entre aspas é uma menção ou referência ao povo santo. E a parte final, referindo-se ao povo ímpio, diz que Deus o rejeitou,.
Sl. 53:6. “Oh! Se já de Sião viesse a salvação de Israel! Quando Deus fizer voltar os cativos do seu povo, então se regozijará Jacó e se alegrará Israel.”
O texto final fala de Israel como povo santo; fala dos cativos do seu povo e do regozijo de Jacó e que Israel se alegrará.
Portanto, o Salmo não se dirige a todos os humanos quando fala sobre os filhos dos homens, os quais se desviaram todos, que cometem abominável iniqüidade e não fazem o bem, ou seja, não guardam a lei ou mandamentos de Deus.
Esse salmo é idêntico ao 14, exceto o versículo 6, o qual é diferente neste, já que o 53 tem apenas seis versículos, enquanto que o 14 tem sete.
Oli Prestes
Missionário
Enviado por oliprest em 19/12/2018