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Tráfico de influências
Embora tráfico de influência seja um expediente usado por pessoas que se valem da sua posição e condição, aqui eu quero abordá-la no aspecto religioso. Como isso é feito?

O ser humano é o único ser vivo capaz de usar a sua capacidade intelectual para bem e mal, idealizando previamente as suas ações e consequências. Assim, em função dos seus interesses e conveniências, ele age interferindo para se favorecer e/ou aqueles a quem lhe interessar. E isso ocorre em todos os seguimentos sociais e profissionais.

No Brasil existe uma expressão para caracterizar essa ação. É chamada de “dar carteirada”. Que significa usar uma carteira ou cédula de identificação para acessar locais ou ter o seu trânsito facilitado.

E isso é também um “jeitinho brasileiro” de obter vantagens para si e/ou os seus; seja parentes, seja amigos, seja simpatizantes.

Até recentemente alguns religiosos se valiam da sua posição e status para traficar favores e benesses. Isso foi muito usado por sacerdotes católicos e evangélicos, os quais eram tidos por homens santos e acima de qualquer suspeita, até que as suas atitudes mesquinhas viessem a público através dos meios de comunicação.

Sacerdotes pedófilos e estupradores já não é novidade no meio religioso tanto católico quanto evangélico. E essas ações foram praticadas se valendo das suas posições e da confiança em si depositadas.

Também é notório no meio religioso o procedimento dos líderes que vendem artefatos e até orações e intercessões. E isso não acontece apenas em alguns seguimentos religiosos, senão até no judaísmo.

Nesse, os que  se dizem formados como mestres “rabinos” oferecem os seus conhecimentos para “interceder” em benefícios do homem comum. Vendem prece, vendem ação de colocação de “tefilin” nas pessoas, a fim de lhes favorecer com vantagens para obter o favor de Deus.

Essas atitudes revelam a mesquinhez deles e os seus interesses econômicos. Vendem o que não tem e que não deveria ser objeto de comércio.

É certo que os sacerdotes sejam remunerados conforme determinou Deus e citado dentre outros textos bíblicos em Deuteronômio 12:6 e 7. Mas nunca deveriam colocar os seus interesses pessoais acima dos delineados por Deus.

Por terem estudado, quiçá saibam alguma coisa, deveriam ser modelos e exemplo para todos.

Como diz o Espírito Santo por Paulo, o Presbítero não deve ser ganancioso de torpe ganância nem avarento. 1 Timóteo 3:3.

Hoje os rabinos vendem assinaturas para autenticar sanidade tanto de alimentos como de bebidas. E alguns têm nomes famosos que funcionam como grifes tal qual gentios ou pagãos, como “Valentino”, ou de perfumes, como “Paco Rabanne”.

Não foi sem razão que disse Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de intemperança. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.” Mateus 23: 25 e 27.

Telaviv 16/03/2019
Oli Prestes
Missionário
Enviado por oliprest em 24/04/2019




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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr