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O MESMO SENTIMENTO DE JESUS
O MESMO SENTIMENTO DE JESUS


O apóstolo Paulo, escrevendo aos Filipenses, ordenou-lhes que eles se portassem dignamente conforme o evangelho de Cristo, para que, quer fosse e os visse, quer estivesse ausente, ouvisse acerca deles que eles estavam num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho. E que houvesse neles o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Fp. 2:5-8.

Nessa passagem bíblica temos mostras do sentimento que havia em Jesus. Sentimento de renúncia quando sendo igual a Deus não teve por usurpação ser igual a Deus; submissão, quando no plano de resgate Ele se ofereceu para resgatar o homem caído. Humildade, quando ele se submeteu a execração pública com morte de cruz. Aniquilação própria, quando tomou a forma de servo.

Ele, apesar de ser Deus, disse que não veio para ser servido, mas para servir. Em várias ocasiões Ele mostrou o sentimento que havia nele, como: Compaixão, quando o povo o seguia por três dias, e não quis despedi-lo com fome. Mc. 8:2. Quando as multidões o procuravam para que Ele as curassem, e Ele as curava. Como na Sua parábola do Samaritano, Ele reconciliou o homem com Deus, quebrando a parede da inimizade que havia entre os povos. Ele teve sentimento de tristeza, quando Lázaro morreu, e quando esteve a lamentar sobre Jerusalém, e disse que havia desejado juntar os seus filhos como a galinha ajunta os seus filhos debaixo das suas asas. Também quando satisfez o desejo de uma mulher estrangeira (mulher cananita, não pertencente ao povo de Deus), e que possuía uma filha possessa, e suplicou-lhe que a curasse. Teve sentimento de perdão, quando Pedro o traiu. De submissão, quando foi a João para ser batizado nas águas do Jordão. Teve igualmente sentimento de amor fraterno, quando Ele chorou a morte de Lázaro. De dever, quando ia pelas aldeias cumprindo o seu ministério. De gratidão, quando Ele foi ressuscitar a Lázaro. De misericórdia do transgressor, quando lhe apresentaram uma mulher flagrada em adultério, e Ele lhe perdoou e a livrou da morte de apedrejamento. De confiança e submissão ao Pai, quando Ele teve que escolher os seus apóstolos. De intercessão, quando Ele fez a oração intercessória por seus discípulos, e extensiva a nós. De exortação e admoestação, quando em diversas ocasiões houve de mister. De organização, quando alimentou as multidões e mandou que os discípulos lhes mandassem assentar e as servissem os pães e os peixes; igualmente quando mandou que lhe preparassem a ceia páscoa. De falta de escrúpulos, quando deixou Maria lhe molhar os pés com lágrimas, beijá-los e enxugar-lhos com os seus cabelos. Além de se deixar perfumar abundantemente pela mesma. De se deixar beijar por seu traidor. De paciência, quando suportou até o fim os roubos de Judas Iscariotes.

E agora o  apóstolo inspiradamente recomenda para nós que haja esses mesmos sentimentos em nós.

As vezes, citando o exemplo de Jesus, ou de outro como Elias ou Paulo, ouvimos como retrucamento: Mas Jesus era Jesus, ou Elias era Elias; ou Paulo era Paulo. Como se nós não pudéssemos ser como eles ou não devêssemos nos nivelar por e com eles.

Tudo o que dantes foi escrito para o nosso exemplo foi escrito, para que pela consolação das Escrituras tenhamos esperanças.
Diz as Escrituras que melhor coisa é dar do que receber. Isso é sentimento cristão.

Disse Jesus:"Aquele que quiser ser meu discípulo, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim. Mt. 16:24, 10:37. Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo". Lc. 14:33. "E aquele que não negar a sua própria vida, por amor de mim não é digno de mim".

Negue-se a si mesmo quando tiver que calar para não contender; quando tiver que não se agradar e até perder, para a Cristo obedecer; quando tiver que recolher em casa a  um forasteiro; quando tiver que repartir não o que sobeja, mas até aquilo que te resta; quanto tiver que vestir o nu com a tua roupa, ainda que seja aquela que mais te agrada; quando tiveres que dividir até os bolinhos de farinha, como fez a viúva para com Elias.

Lembre-se da promessa: "Fui moço e agora sou velho, mas nunca vi um justo desamparado, nem a sua descendência mendigar pão". Faça essa poupança. Porque aquele que fizer alguma coisa boa, receberá outra vez do Senhor um bem que tiver feito.
oliprest
Enviado por oliprest em 16/04/2010


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr