I R O N I A
Não raras pessoas seguem fanaticamente receituários que prescrevem abstinência de alimentos sadios, por conterem, segundo dizem que afirmam seus médicos, substâncias prejudiciais à saúde delas. Entretanto e ironicamente, admitem abusivamente outros alimentos e até drogas que, tradicionalmente, são tidas como alimentos prejudiciais ao organismo. E não obstante saberem disso, arranjam sempre explicações nada convincentes e até irônicas para seus procedimentos. Entre essas a mais arrogante é: Quem come ou bebe morre; quem não come ou não bebe morre, também. Conseguem com aparente esforço se abster de alimentos que sabemos não causam nenhum mal aqueles que sabem ser eles destinados aos que conhecem bem a verdade. A verdade misteriosa que só obtêm aqueles que garimpam na rocha das Escrituras, como ela ensina no livro de Provérbios 2:4.
Mas esse fanatismo não é percebido por seus praticantes, nada obstante criticarem, com veemência até, àqueles que se abstêm daqueles alimentos e drogas tradicionalmente prejudiciais ao organismo.
Outros, para justificarem suas gulas, usam textos bíblicos como justificativas para suas práticas. Entre as quais citam: o que entra não contamina, e porque toda criatura é pura e nada é recusável se recebido com ações de graça. Então por que a prescrição da abstinência de certos alimentos cosiderados danosos por médicos?
Na primeira citação temos uma afirmação de Jesus contra a tradição e exagero dos judeus sobre o ato de lavar as mãos por ocasião das refeições. É fato sabido das autoridades em saúde e até por pessoas leigas que todo alimento contêm impurezas. Embora a maior freqüência seja nos alimentos na forma natural, nem os que passam pelo processo de cocção escapam disso. Se cozinharmos qualquer alimento numa panela de pressão e deixarmos sem abri-la por três dias, haverá certamente fermentação. E o que é a fermentação senão a ação de bactérias saprófitas? Esse é o motivo da necessidade das ações de graças para a purificação pelo poder de Deus.
Na segunda citação o apóstolo Paulo faz-nos entender na epístola a Timóteo 4:5, que pela palavra e pela oração são os alimentos santificados. E a palavra é a já dantes dita em Dt. 14:3-19; e no livro de Levítico 11:1-19.
Micróbios há que nem temperaturas elevadas os eliminam. Entre os alimentos indevidos encontra-se a carne de porco, considerada imunda pelas Escrituras, e proibida para o povo de Deus.
Todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam. Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. I Co. 10:23 e 31.
oliprest
Enviado por oliprest em 30/06/2010