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O MAIOR INVESTIMENTO E A MELHOR GARANTIA DO FUTURO



A incerteza dos dias presentes tem levado a humanidade a especular sobre qual a melhor maneira de investir, de sorte que possa guardar com a certeza de usufruir, amontoar sem o risco de depreciar, juntar sem perder. Assim, o homem constrói armazéns, depósitos para guardar seus produtos; guarda seu dinheiro não apenas nos bancos, mas em aplicações nas mais diversas modalidades, de modos a que esse dinheiro possa manter o mesmo poder aquisitivo.

Isso poderia até ser justificável, não fosse, na maioria das vezes, junto com essa prática vir a injustiça da sonegação de impostos, a insolvência de compromissos, a má remuneração de empregados, além da injustiça com relação a parte devida a Deus e exigida que Lhe seja devolvida.

Todas essas coisas são condenadas por Deus e ficaram registradas nas Sagradas Escrituras, para aqueles que acreditam ser Deus amoroso mas justo, e que, certamente, tomara vingança contra a injustiça.

Como prova do que falamos, citaremos algumas passagens bíblicas atinentes ao assunto:

O apóstolo Tiago inspirado assim falou: Eia agora, vós ricos, chorai e pranteai, por causa das desgraças que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão roídas pela traça. O vosso ouro e a vossa prata estão enferrujados; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e devorará as vossas carnes como fogo. Entesourastes para os últimos dias. Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações no dia de matança. Tg. 5:1-5.

E o apóstolo Paulo na sua primeira epístola a Timóteo assim se expressou: Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscência loucas e nocivas, as quais submerge os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. I Tm. 6:9-10.

E ainda: Manda aos ricos deste mundo que não sejam ativos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos; que pratiquem o bem, que se enriqueçam de boas obras, que sejam liberais e generosos, entesourando para si mesmos em bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a verdadeira vida. I Tm. 6:17-19.

Temos ainda as palavras de Jesus registradas nos evangelhos.

Propôs-lhes então uma parábola, dizendo: O campo de um homem rico produzira com abundância; e ele arrazoava consigo, dizendo: Que farei? Pois não tenho onde recolher os meus frutos. Disse então: Farei isto: derribarei os meus celeiros e edificarei outros maiores, e ali recolherei todos os meus cereais e os meus bens; e direi a minha alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus. Lc. 12:16-21.

Disse mais: Vendei o que possuís, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouros nos céus que jamais acabe, onde não chega ladrão e a traça não rói. Lc. 12:33.

Também: Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem rouba. Mt. 6:19-20.

Por que muitos ricos não conseguem dormir? Porque Jesus disse: ... onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mt. 6:21. E Salomão, inspirado, disse: Doce é sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a saciedade dos ricos não os deixa dormir. Ec. 5:14.

A riqueza é um desejo muito antigo do homem. Desejo de muitos e satisfação de poucos. Esse desejo nos dias atuais, deixou de ser um simples desejo, se tornando uma cobiça. O desejo de ser rico é mais uma vaidade que uma necessidade. Pois o apóstolo Paulo disse que tendo com que se cobrir e o que comer se deve estar satisfeito.
A riqueza em nossas mãos devem cumprir um desígnio, uma finalidade. A riqueza é mais uma concessão que uma conquista por capacidade. Não obstante as escrituras nos adverte, "... não uses a tua sabedoria para enriqueceres...

Ë pensamento moderno que para termos bastante devemos guardar, não repartir, enfim, poupar. Afinal, dizem: "quem guarda tem"? Mas a riqueza sem a capacidade de usufruir é um grave mal. Traz ansiedade, causa enfermidades, corrompe, torna infeliz. As pessoas ao enriquecerem, querem não só comprar bens, como pessoas, consciências, etc.

Diariamente ouve-se pessoas dizerem: Se eu ganhasse na loto, na sena, etc., eu faria isso ou aquilo, compraria isso ou aquilo. Sim, o desejo de ser rico traz consigo o desejo da realização, seja para a aquisição de algo, seja pela simples vaidade de ter.

Não obstante as riquezas deste mundo estarem na posse dos homens, elas não lhes pertencem. Os homens são seus detentores, temporariamente. A quem pertencem, então, as riquezas deste mundo? Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam. Porque Ele afundou sobre os mares, e afirmou sobre os rios. Sl. 24:1-2.

Alguns, reconhecendo que o que possuem lhes veio por providência de Deus. dizem: "Tenho que guardar, já que foi Deus quem me deu". Não, Ele não nos da para guardarmos. Ele nos concede para suprir uma necessidade, nossa e dos que vierem a nós.

Deve-se lutar para ser ricos?

Diz as Escrituras: Não te fatigues para seres rico; ... fitando tu os olhos nas riquezas elas se vão; pois fazem para si asas, como a águia, voa para o céu.  Pv. 23:4-5.

Devemos desejar ser ricos?

... não ambicionais coisas altivas, mas acomodai-vos às humildes. Rm. 12:16.

É a riqueza boa coisa?

Há um grave mal que vi debaixo do sol: riquezas foram guardadas por seu dono para seu próprio dano. Ec. 5:13.

Para quem o pecador ajunta riquezas?

Porque ao homem que Lhe agrada, Deus dá sabedoria, e conhecimento, e alegria; mas ao pecador dá trabalho, para que ele ajunte e amontoe, a fim de dá-lo àquele que agrada a Deus. Mas o que leva as pessoas a essa busca incessante  de riquezas? A insegurança causada pela falta de fé. Pois Deus nos deixou algumas instruções para que pudéssemos viver tranqüilos. Enquanto o homem não se volta para Deus, dando ouvidos aos seus ensinamentos, não adquire fé suficiente para deixar de confiar na incerteza das riquezas.

- Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte. Pv. 10:2.

- O trabalho do justo conduz à vida; a renda do ímpio, para o pecado. Pv. 10:16.

- A  bênção do Senhor é que enriquece; e ele não faz seguir de dor alguma. Pv. 10:22.

- A balança enganosa é abominação para o Senhor; mas o peso justo é o seu prazer. Pv. 11:4.

- O ímpio recebe um salário ilusório; mas o que a semeia justiça recebe galardão seguro. Pv. 11:18.

- Um dá liberalmente, e se torna ais rico; outro retém mais do que é justo, e se empobrece. Pv. 11:24.

- A alma generosa prosperará, e o regar também será regado. Pv. 11:25.

E para quem confia nas riquezas: “Aquele que confia nas suas riquezas cairá; mas os justos reverdecerão como a folhagem”. Pv. 11:28.

Todos esses provérbios são de procedência divina, escritos pelo sábio Salomão, e são promessas para aqueles que acreditam nas Sagradas Escrituras, e que sabem que Deus há de trazer a juízo toda a obra, quer seja boa quer seja má, e que retribuirá com a vida eterna aos justos, e com a condenação eterna os ímpios e pecadores.

Finalizando, citaremos uma expressão de um dos maiores profetas que foi colocado como luz dos gentios: o Salmista Davi. Disse ele: Fui moço e hoje sou velho, mas nunca vi um justo desamparado e nem a sua descendência a mendigar pão.

Como vimos, vale a pena ser justo, e esse é o maior bem que podemos fazer a nós mesmos.
oliprest
Enviado por oliprest em 15/07/2010


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