Por que não temos tempo?
Na parábola das bodas Cristo mostrou o que ocorre com as pessoas que estão envolvidas pelos cuidados desta vida. Os convidados alegaram "falta de tempo" como motivo para rejeitarem tão grande convite. Ainda hoje se usa a mesma desculpa.
O homem tem-se tornado participante de uma sociedade consumista, e até o tempo tem sido consumido pelas pessoas. Não raro usa-se esse argumento para justificar atrasos, negligências e omissão. Por que acontece isso? O ser humano tem dado preferência, como Marta, às coisas menos importantes, o que vem a se tornar um laço em sua vida.
O que chega a preocupar nessa prática, não é o ímpio. Pois o mesmo não recebeu em seu coração a palavra, ou a desprezou. O que preocupa são os crentes, que a exemplo de Marta, estão muitas vezes enredados por coisas sem importância.
Antigamente as pessoas se mostravam com mais contentamento. Esperavam a oportunidade para adquirir algo que precisavam ou desejavam ter. Esperavam, também, a oportunidade para fazer uma viagem desejada. Esperavam adquirir os meios para tal. Hoje, não. A avalancha de comerciais tem se tornado uma poderosa arma contra a qual o homem poucas vezes tem escapado, ou que, muitas vezes têm se deixado vencer. É como se não existisse amanhã. Então tudo tem de ser hoje. Só Deus pode ser para amanhã. Esquecemos que devemos buscar primeiramente o reino do céu e a sua justiça e depois todas as coisas nos serão acrescentadas.
As pessoas têm procurado encontrar, mesmo inconscientemente, em televisão, geladeira, som, carro, etc., a felicidade. Quando isso, muitas vezes, nos torna mais infelizes. Por quê? Porque, temos que trabalhar mais para saldar os compromissos assumidos, negligenciando as coisas de Deus e, principalmente, o estudo da Bíblia Sagrada e a prática da oração.
Um crente me contou um episódio ocorrido consigo. Certa vez, quando de joelhos pretendia orar, e pensando que assim fazia, se deu conta que contava, mentalmente, os segundos que o material fotográfico deveria permanecer na solução de revelação. Isso não é incomum. Se estamos preocupados com nossas coisas, nossos pensamentos estão nelas. "Onde está o teu tesouro, aí está também o teu coração". Mt. 6:21.
Mas existe um meio de livramento disso. Peçamos a Deus que nos desprenda das coisas materiais para que não andemos enlaçados; tire de nós a vaidade, pois é isso que nos tem levado à prática dessas coisas. Deus conhece nossas necessidades, mas espera que lhe peçamos constantemente, como filhos dependentes e reconhecidos.
oliprest
Enviado por oliprest em 14/09/2010
Alterado em 18/06/2017