A ciência classifica o homem segundo a sua idade em: criança, adolescente e adulto. Essas idades compreendem as seguintes faixas etárias: crianças, de 0 a 12 ou 14 anos, dependendo do sexo; adolescentes, de 12 a 18 anos se do sexo feminino, 14 a 20 anos se do sexo masculino; e adultos, apartir dessa idade.
Semelhantemente é possível atribuir idade aos cristãos, classificando-os segundo o seu conhecimento e comportamento.

Uma criança recém-nascida só come, bebe e dorme. Apesar disso ela está aprendendo através da visão, da audição, do paladar, do tato e do olfato, os órgãos dos sentidos. Com menos de um ano uma criança já reconhece a mãe e/ou pai, ou aqueles que lhes façam as vezes; identifica o alimento, ou pelo menos associa a este a mamadeira; começa a ensaiar os primeiros passos e a balbuciar as primeiras palavras.

Entretanto, caso não seja corretamente alimentada, ela pode ficar subdesenvolvida, raquítica, e até morrer. Precisa, portanto, receber em intervalos regulares, o leite necessário ao seu desenvolvimento. Mas ainda que ela possa comer e andar sozinha continua criança. Pois tem limitações, e não possui a psique capaz de raciocínio lógico; não consegue distinguir entre bem e mal, bom e ruim, certo e errado. Sua mente é primária e se volta para o básico. Precisa, portanto, de quem a assista, cuidando dela continuamente, decidindo por ela.

Por conseguinte, um crente poder ser um adulto na idade e uma criança no caminho. Ou até uma criança na idade e um adulto no caminho. Isso depende do alimento que recebe. Também depende dos cuidados de quem o assiste.

Por isso diz o apóstolo Pedro: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”. I Pe. 2:2. E Paulo: E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com leite vos criei, e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tão pouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais..., I Co. 3:1-3, p.parte.

Ou ainda: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”, I Co. 13:11. “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”, I Co. 14:20. “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por toda doutrina de vento, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulentamente”.Ef. 4:14.

         Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja herdeiro de tudo. Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai. Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo, Gl. 4:1-3.

Como vimos, é necessário ser alimentado, após o novo nascimento, com o leite racional e não falsificado. Caso contrário não haverá crescimento. E o crescimento é para chegar à medida de varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo. Ef. 4:13.

Portanto, alimentemo-nos em intervalos regulares, quotidianamente, do pão que desceu dos céus, Cristo, que é a  palavra, o verbo, para que, olhando para Ele, sejamos iluminados.