A capacidade sensitiva dos órgãos dos nossos sentidos pode ser alterada ao longo de nossa existência por fatores que muitas vezes dependem de nós. Falemos disso iniciando pelo paladar.

Nosso sistema gustativo pode ser prejudicado por hábito nem sempre salutar. Isso pode ocorrer desde a mais tenra idade, trazendo o seu costume  consequência perniciosa para o organismo como um todo.

Por exemplo, adicionar açúcar ao leite da criança recém-nascida, o que é perfeitamente dispensável. Além de causar mal hábito, prejudica o intestino, dentes, etc. Isso a leva a  diminuição da capacidade sensitiva do paladar, levando-a a  querer sentir o sabor a que foi acostumada. Essa repetição, ao longo de sua existência, acarreta males nem todos investigados.

Do mesmo modo, o uso ou adição de condimentos aos alimentos; apesar de ter a função de estimular o paladar, segundo afirmam os gastrônomos, acaba deturpando-o e ocasionando a corrupção dele. Isso provoca a busca de doses crescentes de condimentos e estimulantes para suprir o desejo desse sentido.

Fumantes e pessoas dadas à bebida alcoólica precisam de maior quantidade de sal e condimentos nos alimentos, preferindo os picantes, já que o sentido do paladar sofreu redução da capacidade sensitiva pelo uso daquelas drogas.

Os condimentos, por estimulação ou diminuição da sensibilidade, leva à ingestão de maior quantidade de alimento, causando diversos problemas ao organismo. Dentre eles, obesidade, ventre dilatado e problema gastrointestinal, etc.

Quem assim proceder, mais cedo ou mais tarde virá a ser: ansioso, tenso, inquieto, irritado, impaciente, etc., além de contrair problema gástrico como: úlcera, estomatite, colite, vesícular, hemorroida e outros.

O sentido da visão tem sido corrompido de vários modos, mas por uma única razão. Há um provérbio que diz: "o que os olhos não vêem o coração não sente".

O primeiro casal pecou quando Eva atentou para o fruto proibido, dando ouvido à voz da serpente.

Então como saber o que serve e o que não? o que presta e o que não? o que edifica e o que não? Há quem diga que só ver não é pecado, ou não faz mal, será? As sagradas Escrituras dizem. Mas o que dizem? Que a cobiça dos olhos não procede de Deus, mas do mundo. Que cada um é engodado por sua própria cobiça. Que se os teus olhos forem bons todo o teu corpo será luminoso. Que só escaparão das labaredas eternas aqueles que fecham seus olhos para não ver o mal. Is. 33:14-16.

Mas o que é bom, e o que não. O que faz bem, e o que não? Como sabermos os conceitos de certo/errado, bom/ruim, bem/mal? Devido à inversão de valores que vem sendo difundida, muitos têm dificuldades para discernir com clareza entre uns e outros. Por quê? Porque dizem que a verdade está dentro de cada um. Que a verdade é relativa. Que isso varia de acordo com o conceito de cada um. Mas isso não é verdade. Por quê?

Ora, se cremos num Deus criador, forçoso é que creiamos, também, que Ele, já que poderoso para criar, é poderoso para programar o ser que criou, fazendo-o saber o lícito e o ilícito. Deus colocou dentro do ser humano uma lei que o julga, ora condenando-o, ora absolvendo-o. Assim diz uma escritura: “Porque quando os gentios que não têm lei, fazem por natureza as coisas da lei, eles, embora não tendo lei, para si mesmos são lei, pois mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os, no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Cristo Jesus, segundo o meu evangelho”. Rm. 2:14-16.

Mesmo o homem embrutecido, como o índio não civilizado, sem conhecimento da lei de Deus e do homem branco (civilizado), quando mata seu próximo, foge, ainda que não tivesse porque temer. Seria natural que ele não tivesse escrúpulos, já que não havia preconceitos para lhe inibir as ações. Mas ele foge porque sua consciência o acusa. A lei gravada no seu coração o condena. Diz uma Escritura: "Porque todos os que sem lei pecaram, sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram, pela lei serão julgados." Rm. 2:12.

Oli Prestes
Missionário