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DE GRÃO EM GRÃO
Um provérbio popular diz que: “de grão em grão a galinha enche o papo”. Pois eu diria que: “De grão em grão também se pode esvaziar o saco”.

Vivemos num tempo de gastança, não obstante as lamúrias de que a inflação não oficial está alta. E se esse gasto fosse racional e justo não haveria razões para nós estarmos falando disso. Mas nem sempre é assim; nem sempre se gasta com sabedoria. E os poucos grãos que quase sempre são deixados no prato, se somados dia-a-dia, encheria outro saco, ou alimentaria outro estômago.

Mas não é só esse o desperdício que se faz quotidianamente. Se considerarmos as lâmpadas e aparelhos elétricos/eletrônicos que permanecem ligados, muitas vezes sem necessidade, a quantidade de energia que é consumida daria para abastecer muitas residências que estão precisando de energia, e daria até para se adquirir algo útil e necessário para nossos lares.

Muitos há que não cogitam disso, e que estamos à beira de um colapso energético, devido o consumo estar beirando e até ultrapassando o limite do produzido.

Há também aqueles que por não terem medidores, também não se preocupam com a gastança de água e deixam a torneira jorrando ou abrem-na além do necessário, consumindo mais do que seria preciso, ou então não se preocupam com a gastança e não optam por lâmpadas e aparelhos mais econômicos.

Por exemplo, hoje existem lâmpadas que economizam mais da metade de energia com melhor desempenho do que outras convencionais, e por falta de conhecimento não são plenamente utilizadas em substituição às que consomem mais. Assim como existem objetos que consomem menos energia com o mesmo desempenho que outros.

Se se optasse por aparelhos de maior voltagen e menor amperagem, só nisso o consumo de energia se reduziria consideravelmente. E em alguns casos até à metade.

Há locais com deficiência de energia, que utiliza a tensão de 110 volts no abastecimento da rede de iluminação pública. Se isso fosse feito com a tensão de 220 volts resultaria numa economia de 50 por cento, ou seja, se reduziria à metade. E se não houvesse redução tarifária ou no percentual cobrado dos usuários, isso resultaria em lucro para os fornecedores, e maior capacidade para atender a outros usuários.

Outrossim, se se utilizasse, em maior número, dispositivos que automatizam o acendimento/apagamento de luminárias que servem às áreas externas dos prédios e residências, isso resultaria numa considerável economia de energia.

Há ainda o caso de consumidores que, por falta de corrente de baixa amperagem, estão se utilizando de motores que consomem mais energia. É o caso de muitas micro-industrias e oficinas de fundo de quintal que, por falta de corrente adequada, utilizam seus motores e máquinas em baixa voltagen, ou seja, 110 volts, quando poderia estar utilizando-o em 220 ou 330, com considerável economia de energia.

Voltemos novamente para a economia doméstica. O que se desperdiça diáriamente é considerável. Experimente juntar o desperdício ou multiplicá-lo. Você ficará surpreso com a quantidade que se perde.

Por exemplo: se numa residência se costuma fazer café sem uma medida exata do que é consumido. Por mais que seja uma xícara de cafezinho que se desperdice, e que corresponde a 50 mililitros, se multiplicado por 365, equivalente aos dias do ano, resultaria em 18.250 mililitros, ou dezoito litros e um quarto de litro. E pensar que há residências em que esse desperdício é maior...

E o arroz que vai pelo ralo por falta de utilização de lavador/escorredor? Sem contar o próprio caldo do arroz escorrido, que é desperdiçado. Se juntado resultaria num volume considerável, de boa qualidade, rico em vitamina do grupo “B”.

Como esse exemplo, poderíamos ir bem além. O gás, apesar de não ser caro, poderia ser economizado. Bastaria para isso que se baixasse a chama após a panela começar a ferver. Ela continuaria fervendo com um consumo menor. Também regulando a distância entre a chama e o fundo da panela, resultaria em economia; assim como se utilizasse sempre a tampa da panela e regulagem da chama para que esta não ultrapasse o diâmetro do fundo da panela que se está utilizando. Pois estaria havendo desperdício de calor, e, consequentemente, de gás.

Até na forma de se cortar o sabão para uso doméstico pode-se obter economia. Se se cortar o sabão na forma quadrangular, ele será consumido por igual e ficará esférico. Assim evita-se desperdiçar e ir os fragmentos pelo ralo.

Também se se colocar a roupa no sabão em pó antes de se bater na máquina, ou antes de se esfregá-la, economiza-se. Além de soltar melhor o sujo.

Mas esse pouco (de cada vez) que se perde não tem sido ponderado, mas vai ser cobrado outra vez. É que disse Jesus: “Juntai as sobras” !

Há quem além de não juntar as sobras ainda jogue fora o que poderia ser guardado e/ou aproveitado.

Pense nisso!

Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 26/09/2010
Alterado em 26/01/2018


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr