Textos

DIA 13, SORTE E AZAR

Existe uma crença popular de que o dia 13 é um dia aziago. Ainda mais se ele coincidir com uma sexta-feira e o mês for agosto. Seria aziago mesmo? De onde vem essa tradição supersticiosa?

Vamos retroceder no tempo e consultar a biblioteca mais antiga reunida num só volume, a Bíblia Sagrada, e ver o que ela diz da data treze.
No livro de Ester consta um episódio interessante ocorrido no reinado do rei Assuero, no dia 13 de um mês chamado “Adar”. Veja o que houve lá.

No capítulo três daquele livro consta que um príncipe do rei Assuero foi engrandecido acima dos demais e se ensoberbeceu. E, sempre que esse príncipe passava pelos servos do rei, que se postavam à porta do palácio, estes servos se inclinavam e prostravam diante desse príncipe, menos Mardoqueu, um homem de origem judaica. O comportamento do judeu Mardoqueu deixou o furioso o tal príncipe, de nome Hamã. Esse príncipe, despeitado com a atitude de Mardoqueu, que não lhe dava a reverência que lhe davam os demais, arquitetou um diabólico plano para destruir não somente a Mardoqueu, mas a todo o povo judeu que vivia naquele reino, cujo domínio se estendia por 127 províncias.

Assim, procurou o tal príncipe fazer intriga entre o rei e o povo judeu o qual pretendia que fosse destruído, e obteve aval do rei para a sua empreitada macabra.

Então chamou-se no dia 13 do primeiro mês os escrivães do rei, para que preparassem as cartas para todas as províncias, para os príncipes e governadores delas, nas quais seguiam instruções para que, no dia 13 do décimo segundo mês, que é o mês de Adar, se matassem os judeus e os saqueassem; isso tanto homens como mulheres, velhos e moços, inclusive crianças.

Mas houve uma reviravolta. Pois os judeus fizeram aquilo que lhes havia sido transmitido pelos antigos: jejuaram três dias e três noites, por instrução da rainha Ester, que descendia desse povo, e o tiro de Hamã, o príncipe despeitado, lhe saiu pela culatra. E a trama que o príncipe Hamã ardilosamente armou contra os judeus, acabou lhe sendo dirigida, bem como ao povo que deveria ser o que se apossaria dos judeus para os matar e saquear.

Quando chegou o dia 13 de Adar, portanto, foram destruídos aqueles que pretendiam destruir os judeus. Foi um dia de sorte para os judeus, e de azar para os seus inimigos.

Àquela época o povo judeu era o povo escolhido de Deus, antes de sua rejeição devido a sua rebeldia e negação de Jesus.

Superstição à parte, os números por si só não podem determinar a sorte de ninguém ao acaso. Tanto que Hamã lançou “pur” (sorte) por todos os dias. E pensava ele que ela lhe seria favorável, mas se enganou, pois ele estava lançando sorte sobre um povo eleito. Razão porque se deu mal.

Há quem esteja lançando sorte sobre o povo de Deus para o destruir. Mas olhe lá! O povo escolhido, o Israel espiritual, não pode ser destruído sem a aprovação do Rei. E vem o dia em que esse povo pisará os ímpios; pois se farão cinzas sob os seus pés. Ml. 4:1-3.

A festa de purim, do judeu nominal, não muda a sua sorte. E não precisamos comemorá-la apesar de termos sido enxertados no Israel de Deus. Temos certeza que virá o dia em que pisaremos os nossos inimigos e que eles não mais nos subjugarão. Esse dia está determinado, e a sorte já foi lançada. E será no décimo segundo mês, no apagar das luzes. Pôr-do-sol do último dia.

Não será dezembro, mas fevereiro. E a festa não será de carnaval, mas uma carnificina. Pois aquele que julga a nossa causa vai se levantar para tal. E será um mensageiro veloz contra os agoureiros e feiticeiros.
Mas se você acha que esse dia é um dia aziago, cuidado, pode ser.

Pois tudo é possível ao que crer. Não pode ser como queres para bem, mas para mal. A dúvida arma laços nos pés do medroso. Cuidado!
oliprest
Enviado por oliprest em 28/09/2010


Comentários


Imagem de cabeçalho: raneko/flickr