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NAS PISADAS DE JESUS

Jesus, o Filho de Deus, quando aqui viveu em carne, passou pelas mesmas adversidades que um homem pode passar. Ele sofreu sede, fome, sono, perseguição, afrontas, agressões física; foi rejeitado, abandonado e traído, mas se portou de forma galharda e humilde. Quando necessário, Ele foi enérgico e austero, e houve ocasião em que Ele teve que se ocultar para que não lançassem mão dEle para o destruir.

O missivista da epístola aos Filipenses escreveu: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus. Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se  a si mesmo, tomando a forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz”. Fl. 2:5-8.

O comportamento de Jesus, no qual nos devemos espelhar, não foi discrição e prudência apenas quando Ele se achou nesta carne. Quando o diabo  disputou a respeito do corpo de Moisés, Ele não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreende. Jd. 9.

Ainda que Ele pudesse intervir nas circunstâncias que o cercavam, buscando se favorecer, Ele não o fez. Não buscou o Seu próprio proveito. E quando o fez teve outro objetivo, como a multiplicação de pães e andar sobre as águas.

Hoje, nós, como seus discípulos, estamos na mesma condição. E por isso, a escrituras inspiradas pelo Espírito Santo aos apóstolos, diz: “Sede pacientes na tribulação”.

Não podemos, pretendendo nos defender, lançar mão de expedientes que requeiram violência, transgredindo os mandamentos do Senhor. E isso não somente no trato com os irmãos, mas também no trato com o nosso próximo, pois o mandamento diz: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”. De maneira que quem ama cumpre a lei.

Com relação aos irmãos, diz o apóstolo: Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes  a injustiça? Porque não sofreis antes o dano? I Co. 6:7. E mais: Se sofrermos, também com Ele reinaremos; se o negarmos, também ele nos negará. II Tm. 2:12.

Mas pode haver quem entenda que por ser discípulo do mestre deva fazer como Pedro, que usou a espada e cortou a orelha de Malco; ou como Tiago e João, que quiseram fazer descer fogo do céu para consumir uma aldeia de Samaritanos. Lc. 22:50; 9:52-54. Com relação a Pedro, disse Jesus: “Mete no seu lugar a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada à espada morrerão”. Mt. 26:52. E quanto a Tiago e João, disse: “Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Lc. 9:55 e 56.

Outrossim, outros podem haver que já queiram usufruir aqui “as cem vezes mais”. E reivindicam  isso fazendo pressão sobre o mestre. Querem os bens materiais do mundo, e alegam para isso que são “filhos do rei”. Não atentam para o que o Espírito Santo falou por João: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo o amor do Pai não está nele”. I Jo. 2:15. Ou: “Não ambicioneis coisas altivas, mas acomodai-vos as humildes”. E: “Sede simples como as pombas, e prudentes como as serpentes”. Mt. 10:16.

O mestre, apesar de criador de tudo o que há, chegou a dizer que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça. Mt. 8:20.
Disse um apóstolo inspiradamente: “Tendo o que comer e com que vos cobrir, deveis estar satisfeitos”.

Ainda que tudo seja nosso, pois somos coerdeiros com Cristo, a quem tudo pertence, ainda não é o tempo de entrarmos no gozo delas. Porque, qual Abraão, esperamos uma cidade cujo arquiteto é Deus, e onde habita a justiça. Temos, entretanto, a promessa de que teremos todas as nossas necessidades supridas em Cristo Jesus.  
oliprest
Enviado por oliprest em 29/09/2010


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr