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OS FILHOS DOS HOMENS
Desde a muito que Deus manifestou sua preferência por um povo ao qual escolheu, nomeou, santificou e predestinou para a salvação, e que, genericamente, se chama “povo de Deus”.

Por conseguinte há também um povo a quem Ele chama de “filhos dos homens”. Esse povo tem deuses estranhos, adoram imagens, não tem uma lei real, mas fazem suas próprias leis, e têm comportamento humano que se baseia em princípios e sentimentos humanos a que chamam de razão e lógica. A esse povo chama Deus de estrangeiros, e desde o princípio condenou a união dele com o povo santo, os seus filhos.

Aliás, na primeira vez que isso aconteceu, foi tanto o desagrado de Deus que Ele exterminou o seu povo, tendo poupado apenas a um servo seu com sua mulher, seus três filhos e respectivas noras. Observe que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a terra, e lhes nasceram filhos, viram os filhos de Deus que as “filhas dos homens” eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: O meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque ele é carne, mas os seus dias serão cento e vinte anos. Gn. 6:1-3.

Profetizando de um tempo próximo, disse o salmista: “O Senhor olhou do céu para os “filhos dos homens”, para ver se havia alguém que tivesse entendimento, que buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um. Acaso não tem conhecimento nem sequer um dos que praticam a iniquidade, que comem o meu povo como se comesse pão, e que não invocam o Senhor?” Sl. 14:2-4.

Por essa citação vemos referência a dois povos: os filhos dos homens, e o povo de Deus, chamado aqui de meu povo.

Já que os filhos dos homens tem conceitos próprios e se deixam mover por sentimentos humanos, sentimentos do coração, eles tem nas mulheres suas delícias. Pois diz-nos as Escrituras que Salomão, o grande sábio, também ajuntou para si a delícia dos filhos dos homens, concumbinas em grande número. Ec. 2:8.

Deve-se observar que essa expressão só é designação dos povos gentios quando vem ela no plural: “filhos dos homens”.

Falando Deus pelo salmista Davi, assim se expressou: Filhos dos homens, até quando convertereis a minha glória em infâmia? Até quando amareis a vaidade e buscareis a mentira? Sabei que o Senhor separou para si aquele que é piedoso; o Senhor me ouve quando eu clamo a Ele. Sl. 4:2 e 3.

Vemos novamente nesse texto uma clara distinção feita por Deus entre os filhos dos homens e o povo santo (separado) que Deus separou para si.

Falando ainda Deus por Salomão, Ele diz: “A vós, ó homens clamo; e a minha voz se dirige aos “filhos dos homens”. Aprendei, ó símplices (simplórios), a prudência; entendei, ó loucos, a sabedoria”. Pv. 8:4 e 5.

Veja que essa expressão “ó loucos” Deus não usa para com os seus filhos; não os chama de loucos, mas sempre de filho, filhos, ou filho meu. É só examinar do capítulo 2 ao 7 de provérbios de Salomão.

Além dessas duas classes há ainda uma outra a que chama Deus de ímpios, e que já foi objeto de apreciação de nossa parte.

E então, como te auto designas, ou que dizes seres tu? Filho dos homens, ou Filho de Deus? Saiba que ele mesmo disse: “Um filho sábio alegra a seu pai; mas um filho insensato é a tristeza de sua mãe”. Pv. 10:1.
oliprest
Enviado por oliprest em 30/09/2010
Alterado em 01/11/2014


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