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OS TRÊS BATISMOS
Sobre o batismo, diz as Escrituras que há um só. Mas isso falando do batismo de arrependimento, propiciado pelo batismo nas águas.
E as Escrituras falam de três batismos de diferentes modos. Vejamos:
Quando Paulo chegou em Efésio, ele perguntou aos irmãos: Recebestes o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam. At. 19:2-6.

Vemos nesse episódio três batismos. O do arrependimento, que era o de João, o batismo em nome do Senhor Jesus, e o batismo com o Espírito Santo.

Quando uma coisa nova  é mostrada, costuma-se estranhar e até não aceitar. Mas a palavra de Deus se renova cada dia.
Se os discípulos de Éfeso já haviam sido batizados, por que o foram novamente?

Porque apesar de eles já terem sido batizados com o batismo do arrependimento, é provável que eles não houvessem entrado no pacto, aceitando os mandamentos de Deus, e continuassem nos costumes anteriores, não praticando a verdade e a justiça de Deus, os seus Mandamentos. Porque os judeus eram rigorosos quanto à lei de Moisés, mas nem tanto quanto à lei de Deus. E Jesus em várias ocasiões lançou-lhes isso em rosto. Certa vez ele lhes disse: Se vos falo a verdade, porque não me credes? Ainda que eles fossem descendentes de Abraão e povo escolhido, eles estavam cegos. E isso era conseqüência da desobediência aos Mandamentos de Deus, que nos pode fazer mais sábios que os demais povos, e que também é lâmpada para os nossos pés, e luz para o nosso caminho. Sl. 119:105.
Como já temos provado biblicamente, a verdade, a justiça e a luz são os mandamentos do Senhor.

Outrossim, a partir da assunção de Cristo, aqueles que aceitassem o caminho deviam ser batizados em  nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, cumprindo a determinação de Jesus. Mas, apesar de já ter decorrido muitos anos de Jesus ter retornado ao céu, os judeus ainda continuavam praticando o batismo sem o pré-requisito da invocação da trindade conforme ordenou Jesus.

As Escrituras não dizem que os apóstolos foram batizados nas águas, nem no batismo de João, nem no em nome de Jesus. Mas cremos que, assim como o próprio Jesus foi batizado, para se cumprir toda justiça de Deus, eles também o foram, como discípulos.

Mas não foi só nesse batismo que eles foram batizados. No pentecostes eles também foram batizados e falavam em outras línguas, cumprindo-se o que João profetizara, e o que o próprio Jesus prometera, quando disse: E eu rogarei ao Pai e ele enviará outro Consolador. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Mt. 3:11.

Ainda  que no pentecostes tenha sido vistas línguas como de fogo pousando sobre cada um dos que estavam no cenáculo, esse não é o batismo com fogo.

Certa vez os filhos de Zebedeu fizeram um pedido a Jesus, e ele lhes disse: Que quereis que vos faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que na tua glória nos assentemos, um a tua direita,  e outro à tua esquerda. Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? E eles lhe disseram: Podemos. Jesus, porém, disse: “Em verdade, vós bebereis o cálice que eu beber, e sereis batizados com o batismo com que eu sou batizado; mas assentar-se à minha direita, ou à minha esquerda, não me pertence a mim concedê-lo, mas isso é para aqueles a quem está reservado”. Mc. 10:35-40.

Aqueles discípulos disseram que podiam ser batizados no batismo com o qual Jesus era batizado. Mas não sabiam eles qual era. Entretanto Jesus lhes disse que eles seriam batizados com o tal batismo de fogo. Que batismo seria esse?

Ao sair o  povo de Israel do Egito, foi batizado  na nuvem e no mar. I Co. 10:2. E foram batizados no fogo, o fogo da provação.

Quanto ao batismo em Cristo, diz o apóstolo Paulo: Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição; sabendo isso, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.  Porque aquele que está morto está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos,  já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu pelo pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Não reine portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências; nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça. Rm. 6:3-13.

Mas os indoutos não compreendem as coisas espirituais, e torcem as Escrituras presumindo que basta crer em Jesus, na sua existência ou que ele é o Salvador, e ser batizado com água, seja por imersão ou por aspersão, para ter o direito à vida eterna.

Entretanto essa porção da epístola de Paulo aos Romanos, nos faz discordar desse conceito. Pois diz o apóstolo: Sabendo porém isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeio, para que não sirvamos mais ao pecado. Rm. 6:6. E mais: Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. versículo. 11.

Assim, não mais podemos viver pecando nenhum dos pecados de transgressão voluntária dos Mandamentos de Deus. Pois diz o missivista aos Hebreus: Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo,  e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.  Hb. 10:26 e 27.

Bem, não mais existe sacrifício imolados. Pois Cristo já fez o sacrifício por nós.

Mas, caso incorramos em pecado involuntário, podemos oferecer o nosso sacrifício de aflição de alma, ou seja, um jejum, para sermos reconciliados com ele novamente. E esse sacrifício tem que ser capaz de ser aceito pelo senhor. Pecado de transgressão da Lei de Deus, requer jejuns de pelo menos três dias. Jejum completo, com abstinência total de alimentos e água. Isso seguido de confissão do pecado e pedido de perdão, e intenção de não mais incorrer em erro.
O sacrifício no passado deveria ser oferecido pelo erro involuntário. O Pecado deliberado não tinha perdão. O pecador era extirpado pelo próprio Deus do meio do seu povo.  

Todos os que aceitamos a Jesus como nosso único e suficiente Salvador, também passamos pelo batismo de fogo. Nos tornamos co-participantes da natureza de Cristo e dos seus sofrimentos. Pois diz o apóstolo que se sofrermos com ele, com ele também reinaremos. O mundo, do qual nós fomos resgatados da vã maneira de viver, nos desconhece. Por isso disse Jesus: Não vos admireis se o mundo vos odeia, porque primeiro me odiou a mim; se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu. Mas porque eu vos tomei do mundo é que o mundo vos odeia. Irmãos, não estranheis o fogo ardente que vem sobre vós, como se coisa estranha vos acontecesse.  Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo; para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus. I Pe. 4:12-14.

E o terceiro batismo é o com o Espírito Santo, ainda que não obrigatoriamente nessa ordem. Vemos que na casa de Cornélio eles receberam primeiro o batismo com o Espírito Santo e depois o batismo nas águas. Não importa a ordem, a obra é do Espírito Santo. Ele é quem sabe o que fazer.

Esse batismo, como os demais, é necessário. Pois diz o apóstolo: E eu quero que todos vós faleis   línguas estranhas, mas muito mais que profetizeis,  porque o que profetiza é maior do que o que fala  línguas estranhas, a não ser que interprete para que a igreja receba edificação. I Co. 14:5.
oliprest
Enviado por oliprest em 10/10/2010
Alterado em 26/09/2022


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