PRESENTES? PRA QUE?
Muitos irão a sua casa e levarão flores, mas elas não lhes agradecerão, também não sorrirão nem dirão nenhuma palavra, seja de aprovação ou reprovação. Será que eles gostariam de saber o que elas diriam? Apesar disso eles poderão ouvir uma voz que lhes dirá: Satisfeito, filho? Não foi isso que você desejou? Incomodei-te com os meus cuidados,
advertências, preocupações com você? Estou fazendo falta? É tarde!
Lembra quando você me perguntou por que eu não vinha logo pra cá, ou quando você me disse: vá para o inferno!? Parti, e pra cá me trouxeram, mas aqui não estou, embora essa seja a casa que me destinaram. Ela está cheia e ao mesmo tempo vazia. Se crês que eu estou no céu, ou se hoje você acha que eu mereço no céu estar, o que você vem aqui fazer? Flores? Pra quê? Aqui não está aquela que foi a sua mãe. Aqui estão os restos mortais dela. A sua mãe não mais existe. Não me chame, que eu não posso lhe atender. Nem reze por mim, que eu não preciso disso. Tudo o que você podia fazer por mim deveria ter feito quando era possível. Aqui não preciso do seu amor, do seu carinho, dos seus cuidados, dos seus presentes. Pra mim tudo acabou! Não se martirize por mim, é inútil! Lamente por você mesmo que ainda está nesse mundo de ilusões, e que precisa ser amado e também amar, para se sentir satisfeito e útil. Se cuide para quando você vir pra cá não venha como quem é despejado de sua casa, e não venha antes do tempo, e não venha a contra gosto. Mas que você venha descansar farto de dias felizes, e que não deixe alguém a lamentar, como hoje você faz. Para que a sua consciência não lhe seja qual verdugo, a lhe punir pelo que você fez e pelo que não fez quando se mostrou oportunidade para isso. Estou descansando, enquanto não chega o dia em que terei que comparecer diante do qual todos devem comparecer para prestar contas dos seus atos e receber as suas recompensas. Eu não posso mudar o que fiz, muito menos você, mesmo que seja com prece fervorosa e penitente. Mas você pode mudar o seu destino antes de vir para cá, fim de todos. Você pode sair daqui aliviado por pensar que cumpriu o seu dever de filho; o cumprimento desse ritual pode lhe dar essa sensação. É bom se sentir aliviado, pois faz bem pra quem sentia o peso da culpa, mas não resolve o problema da falta cometida. Muitas gostariam de dizer tantas coisas para os seus filhos, e muitos gostariam de dizer outras tantas coisas para as suas mães, para se redimirem dos erros cometidos, mas o abismo é grande entre nós.
“Honra o teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o senhor te dá.” Ex. 20:12.
oliprest
Enviado por oliprest em 07/05/2011