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TAL PAI QUAL FILHO
Certa vez Filipe, um dos discípulos de Jesus, pediu a este: “Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta”. Ao que Jesus lhe disse: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Felipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o  Pai?” Jo. 14:8 e 9.

Filipe não estava satisfeito em apenas ver a aparência humana que Jesus tinha e, provavelmente, queria ver a forma divina e suprema de Deus. Ele não compreendia que Deus havia se humanizado e lá estava diante dele. Por certo ele não havia alcançado que Jesus é o Anjo do Senhor ou a Sua representação corpórea.

Não obstante Jesus já ter dado testemunho da Sua deidade, provando com sinais e maravilhas diante dos discípulos, eles viam a forma e a aparência de um homem, e suas concepções ou conceitos preestabelecidos não lhes permitiam ver aquilo que a forma representava.

Jesus havia curado multidões, bem como alimentado milhares com uns poucos pães e peixes; havia ressuscitado a Lázaro, o filho da viúva de Naim, a menina Talita; limpado leprosos; dado vista a cegos; andado sobre o mar; acalmado uma tempestade, etc. E por causa da dúvida dos homens a seu respeito, Ele disse: “se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço e não credes em mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e eu nele.” Jo. 10:37 e 38.

E para que não se presuma da Sua capacidade, Ele disse: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo.” Jo. 5:26. “Eu sou a ressurreição e a vida. Jo. 11:25. Aquele que crê em mim tem a vida eterna.” Jo. 6:47. “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida.” Jo. 14:6.

Todos os profetas que O precederam, inclusive o maior deles, João, o batista, falaram dele dando testemunho da Sua divindade. Este chegou a dizer: “Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, ao qual não sou digno de, abaixando-me, desatar as correias da sua alparca.” Mc. 1:7. E acrescentou:  “Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.” Mc. 1:8.

Jesus, prenunciando a vinda do Espírito Santo, disse: “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso disse que há de receber do que é meu e vô-lo há de anunciar.” Jo. 16:13-15. E após a Sua ascensão e conforme o que Ele havia previsto, o Espírito Santo, dando testemunho dEle, inspirou os Seus seguidores, os apóstolos, para O glorificarem. Assim, escreveu João, o apóstolo: “Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos, e os vivifica, assim também o Filho vivifica aqueles que quer. E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo. Jo. 5:21 e 22. E acrescenta: Para que todos honrem o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.” Jo. 5:23.

Estas passagens bíblicas me parecem suficientes e necessárias para justificarem a igualdade entre Deus Pai e Deus Filho. Mas vamos mostrar ainda outras que provam a igualdade entre um e outro.

Já apresentamos em outro artigo que Jesus é o Senhor do qual falam as Escrituras. E disso deu testemunho o Espírito Santo mesmo quando Jesus ainda estava por nascer e estava sendo formado como humano. Foi o quando Maria, grávida, visitou sua prima Isabel na região montanhosa, numa cidade de Judá. Veja: “Ouvindo Isabel a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então Isabel ficou possuída do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. E de onde me provém que me venha visitar a mãe do meu Senhor?”  Lc. 1:39-44.
Jesus, já que igual ao Pai, mereceu adoração dos homens mesmo quando ainda criança, veja: “Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do oriente a Jerusalém. E perguntaram: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos para adorá-lo.” Mt. 2:1 e 2.

Certa vez, quando lhe trouxeram um paralítico para que o curasse, Ele lhe disse: “Filho, perdoados te são os teus pecados. E os homens que o observavam pensaram consigo mesmos: quem pode perdoar pecados, senão Deus? E Jesus conhecendo o que eles estavam pensando, disse-lhes: o que é mais fácil? Dizer: te são perdoados os teus pecados, ou levanta-te, toma o teu leito e anda? E acrescentou: para que saibais que o Filho do Homem tem poder para perdoar pecados, a ti te digo: toma o teu leito e anda!” Mc. 2:3-12.

Conforme as Escrituras, Jesus acalmou a tempestade e andou sobre o mar, o que demonstra Seu poder sobre as coisas criadas e inanimadas. Mas até os demônios se lhes submetem e subjugam. É que além de Jesus expulsá-los das pessoas, houve caso em que eles pediram autorização ou permissão a Jesus para que entrassem numa manada de porcos que estava pastando próximo, o que Jesus concordou. Mc. 5:11-13.

Para que alguém se assente num trono com uma majestade é necessário que  seja ou esteja em condições de igualdade com ela. Jesus, na revelação do apocalipse, disse a João: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.” Ap. 3:21.

Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 27/05/2011
Alterado em 15/12/2019


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr