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A FRAQUEZA HUMANA
Quem é mais forte, o ser humano ou os animais irracionais? Quando um humano toma um tiro ou é vítima de arma branca, dificilmente pode caminhar, e, quase sempre, cai prostrado no local onde foi vitimado. Já os animais irracionais, em idênticas condições, quase sempre conseguem fugir para locais onde não é possível encontra-los, a menos  que o ataque seja em órgão suscetível, como o coração, ou cérebro. Já houve caso em que o animal levou mais de um tiro, e, ainda assim, fugiu.

A águia, quando chega aos quarenta anos, recolhe-se para um paredão rochoso a fim de fazer um jejum que dura cento e cinquenta dias. Ali, arranca o seu velho bico, batendo na rocha, depois, já com bico novo, arranca suas unhas, para serem renovadas, e, com elas, as velhas penas. Depois destas crescidas e, renovada, parte para mais uma nova vida que pode durar trinta anos.

Uma espécie de crocodilo pode passar seis meses sem comer se não houver alimento. Entra numa espécie de transe e o seu coração passa a bater num ritmo lento e o sangue é desviado do corpo para o cérebro, até que venha a se alimentar o que ainda só é possível depois que ele alcançar alguma presa e subjuga-la, para o quê, precisa reunir as forças que poder sem o que morrerá.

A fêmea do urso branco do ártico pode ficar sob a neve por 100 dias*1 até que o rigor do inverno cesse. Às vezes ainda tem que ter forças suficientes para parir o seu filhote que estava sendo gestado, amamenta-lo, e depois sair para abater uma caça para se alimentar e restaurar as suas forças.

Muitos animais de países frios hibernam e passam considerável tempo sem comer e sem beber. Mas o ser humano é incapaz disso.

O pinguim rei e o pingüim-imperador incubam o ovo aos pés,*2 sobre o gelo, e não pode deixa-lo parado para que ele não congele. Assim, movimenta seus pés continuamente por até seis semanas, sem comer e sem beber. Depois da eclosão do ovo e nascimento do filhote, alimenta-o com uma substancia que produz no seu estômago, até poder ir ao mar caçar para si e para o seu filhote.

Mas o ser humano não suporta esse rigor. As vezes, basta  um dia de fome para que ele caia prostrado. Apesar de que já foi constado casos em que algumas pessoas ficaram dezenas de dias sob escombros causados por tremores de terra, e subsistiram sem comer e sem beber; outros bebendo um pouco d’água da chuva. Houve um caso de uma mulher na Índia que ficou mais de setenta dias sem comer e sobreviveu. Casos raríssimos e isolados.

Também já foi observado nas savanas do deserto africano o caso de animais que foram gravemente feridos e dentro de poucos dias se recuperaram.

Será que Deus deu a capacidade cognitiva, intelectual ou mental para o homem como compensação? O fato é que ninguém pode reter o espírito no dia da morte. Os fármacos podem ajudar o ser humano nesta existência, mas nunca dar vida eterna a ele.

O ser humano é tão frágil, tão suscetível, e se gaba de grandes coisas. Ele, por Deus, é considerado como “a gota dum balde” e “o pó miúdo da balança” Isa. 40:15; ou “como gafanhotos” v. 22. No entanto, muitas vezes, se tem em grande estima. Se ele se desse conta da sua fragilidade e fraqueza, com certeza não quereria parecer o que não é.

*1 http://www.seaworld.org/infobooks.
*2 Ciência.com
oliprest
Enviado por oliprest em 07/07/2011
Alterado em 09/08/2011


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr