OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO!
Essa frase de Jesus é bem apropriada para o que vamos expor. Ele, certa vez, sabendo da angústia existencial do homem e da sua solicitude pelas coisas temporais, principalmente pelo necessário a sua subsistência, disse: “Olhai os lírios do campo, que não fiam nem juntam em celeiro, e nem Salomão em toda a sua glória, se vestiu como eles”. Mt. 6:25 a 32.
Apesar desse sábio ensino e concitação à reflexão para o seu povo, o que vemos é que a maioria vive o que chama de “luta pela subsistência”. E esquece que Ele alimenta até os filhos dos corvos, os quais lhe clamam quando sentem fome. E já que ele alimenta a criatura sem capacidade cognitiva, quanto mais o homem, feito a sua imagem e semelhança, e principalmente ao seu povo e aos seus filhos. E isso em parte pode ser explicado, ainda que não justificado. Porque se o povo que se nomeia de povo de Deus conhecesse o verdadeiro Deus, tivesse fé na sua palavra e estivesse atento às suas orientações e ensinos, com certeza não viveria a mesma angústia que sofrem aqueles que não o conhecem e, consequentemente, não seguem os seus ensinos.
Muitos dos que pertencem ao povo de Deus estão vivendo como vivem e sofrem os demais devido não ter alcançado o perfeito entendimento dos ensinos do mestre. Passam por essa existência com angústias e sofrimentos de toda ordem, seja do ponto de vista material como espiritual. E, por isso, chegam a perguntar onde está Deus? E: Por que? Senhor!
Acaso Deus muda? Há nele sombra de variação, como diz uma escritura? Ou o seu povo é que tem mudado e se desviado dos seus ensinos? Eu opto por esta última questão.
E analisando os acontecimentos passados, registrados nas Sagradas Escrituras, bem como as experiências, minhas e de outros, vividas e sabidas por testemunhos e observações, vejo que Deus é realmente fiel. Mas não fiel a nós, independentemente da nossa fidelidade, mas fiel a sua palavra e aquilo que ele falou e prometeu, mediante a obediência ao que ele deixou, exigiu e exige daqueles que querem ter uma vida pautada pelas regras deixadas por Ele, a fim de viver uma vida segura e sem angústias nesta existência, e serem escolhidos para povoar a nova terra. “Porque os justos habitarão a terra, mas dela os ímpios serão arrancados.” Sl. 37:22.
No trabalho que elaboramos e intitulamos “Os se de Deus”, mostramos, pelas Sagradas Escrituras, que em tudo Deus exige condições para alcançar aquilo que ele promete e para ser aquilo que ele quer que sejamos. Portanto, se as condições e precondições não forem satisfeitas ou cumpridas, Ele não está obrigado a cumprir o que prometeu, já que o fez mediante condicionantes para tal. E, se o fizesse, estaria invalidando aquilo que ele mesmo disse, e, como consequência, não seria um Deus de palavra, nem justo, mas corrupto. Porque falaria e não cumpriria. Estabeleceria condições e depois rejeitaria as mesmas. Mas alguns, mesmo não cumprindo a sua parte nem as precondições exigidas por Ele, ainda assim querem que o mesmo lhes satisfaça não só as suas necessidade como o desejo dos seus corações desviados da verdade e das condicionantes estabelecidas por Ele.
Em determinados momentos Deus é enérgico, como é próprio dele, e muito enfático nas suas afirmações, não deixando margem a dúbia interpretação. É o caso quando Deus afirma pelo profeta Malaquias, e diz: “Roubará o homem a Deus”? Todavia vós me roubais. E dizeis: “Em que te roubamos”? “Nos dízimos e nas ofertas.” Ml. 3:7.
Como isso acontece?
Quando Deus constituiu a nação de Israel como seu povo próprio e peculiar, escolheu também a um homem para lidera-lo, lhes dar leis, estatutos e juízos. E em um dos estatutos dados por esse líder, por inspiração divina, consta:
Dt. 12.
“Estes são os estatutos e os juízos que tereis cuidado em cumprir na terra que vos deu o Senhor Deus de vossos pais, para a possuir todos os dias que viverdes sobre a terra.
2 Totalmente destruireis todos os lugares, onde as nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e sobre os outeiros, e debaixo de toda a árvore frondosa;
3 E derrubareis os seus altares, e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e destruireis as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar.
4 Assim não fareis ao Senhor vosso Deus;
5 Mas o lugar que o Senhor vosso Deus escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o seu nome, buscareis, para sua habitação, e ali vireis.
6 E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas.”
Mas os líderes não têm ensinado corretamente aos seus liderados, e até mudado o modo como se deve fazer essa entrega. Há igreja que ensina que se deve fazer votos diários e promessas de contribuição diária. Mas pelo texto em negrito vemos quais são as contribuições determinadas por Deus para o seu povo. Portanto o que foge disso é desvio do que foi determinado por Deus para o mesmo.
Há também quem pretenda mudar essa forma de contribuir para a causa de Deus, alegando que isso faz parte da lei de Moisés e da lei dos levitas, e que foram canceladas. Entretanto quando Jesus exerceu o seu ministério como o restaurador e luz do mundo, disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” Mt. 23.23.
Como vemos nesse texto, ele ratificou o dízimo quando disse: “... deveis fazer estas coisas, e não omitir aquelas.” “Aquelas” são os dízimos das coisas mínimas, como o dízimo da hortelã, do endro e do cominho.
Por conseguinte, o apóstolo Paulo diz:
“Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário." I Tm. 5.18.
E mais:
I Co. 9:
9 Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura tem Deus cuidado dos bois?
10 Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com esperança e o que debulha deve debulhar com esperança de ser participante.
11 Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais?
12 Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo.
13 Não sabeis vós que os que administram o que é sagrado comem do que é do templo? E que os que de contínuo estão junto ao altar, participam do altar?
14 Assim ordenou também o Senhor aos que anunciam o evangelho, que vivam do evangelho.
Mas quem imagina que o que chegou nas suas mãos, seja por salário seja por renda de qualquer espécie, é seu e que não deve partilhar com os que trabalham na causa do mestre, sendo juiz de mau juízo e deveria considerar que: se Deus lhe fechasse os meios de ganhos ou lhe privasse da capacidade de poder trabalhar ou produzir, certamente que dependeria de outros para lhe manter. E se ele também viesse a ser chamado por Deus para essa função, como poderia subsistir se mãos não fossem estendidas para contribuir para a sua manutenção?
Há quem pense que o que ganha é seu, e esquece que tudo vem do Senhor, que é o único dono de tudo. E que nós estamos por breve tempo como mordomos (administradores) dos bens que nos têm sido confiados. E como disse Davi: “Senhor, do que é teu to damos”. I Cr. 29:14, u.parte.
Portanto, será demais que recebamos o que é devido como evangelistas? Ou coisas materiais como compensação das espirituais que semeamos?
(93)99190-6406
(93)99195-6406
oliprest
Enviado por oliprest em 05/08/2011
Alterado em 07/08/2016