MORTE E RESSUREIÇÃO
MORTE E RESSUREIÇÃO
Nada obstante ser a morte a coisa mais comum entre os viventes, pois ela nos cerca diariamente, é também o pior problema para os mortais. Isso devido à separação que traz às pessoas, em momentos algumas vezes não esperados, privando os que vão e os que ficam do convívio uns dos outros. Mas acreditamos que o problema maior ainda para o homem vivente seja a dúvida, a incerteza. A incerteza de poder vir a ter no seu convívio um dia aquela pessoa que se foi. Isso é um problema deveras angustiante para aqueles que não conhecem os ensinos divinos com relação à morte. E já que a morte é um problema tão sério, seria bom que os vivos procurassem saber mais sobre ela: seu motivo, e o que sucede após o seu desfecho.
As Escrituras, livro divinamente inspirado para instruir o homem de Deus, é bastante clara sobre a origem da morte e o que sucederá às duas classes de mortos: aos que morreram com Cristo, e aos que morrerem sem Ele.
Pelas Escrituras sabemos que a morte entrou no mundo pela transgressão de Adão. "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram". Rm. 5:12.
Nada obstante ter a morte entrado no mundo por um só homem, também por um só, Cristo, ela será aniquilada. "Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa: porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, abundou para com muitos". Rm. 5:15.
Mas será que existe memória após a morte? Responde-nos o salmista Davi: "Não confieis em príncipes, nem em filho de homem, em quem não há auxílio. Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus pensamentos.” Sl. 146:3 e 4.
Muitos, nada obstante pensarem que seus mortos estão no céu, todos os anos repetem a prática de ir aos cemitérios chorar e relembrar os que se foram desta vida.
E o que há após a morte? "Pois não pode louvar-te o Sheol, nem a morte cantar-te os louvores; os que descem para a cova não podem esperar na tua verdade". Is. 38:18. (...) “Volta-te, Senhor, livra a minha alma; salva-me por tua misericórdia. Pois na morte não há lembrança de ti; no Sheol quem te louvará?” Sl. 6:4-5.
No cemitério, ou com a morte, acaba-se o orgulho, o ódio, a inveja, a maldade, e toda a vaidade do ser humano.
Parece-nos incoerente que aqueles que crêem que se vai logo para o céu após a morte, continuem a chorar pelo que morreu. É que, como se sabe, o céu é um lugar de delícias. Então por que chorar lamentando a separação de alguém que esteja lá?
Mas não é assim. As Escrituras nos instruem e revelam as coisas atinentes à vida e a morte. O apóstolo Paulo, divinamente inspirado, escreveu:
"Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes a cerca dos que dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Dizemo-vos, pois isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do senhor, de modo algum precederemos os que já dormem. Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas núvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto consolai-vos uns aos outros com estas palavras.” I Epístola de Paulo aos Tessalonicenses 4:13-18.
Porém é importante que se saiba que essa promessa é para os justos. "Mas digo isto, irmãos, que a carne e sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herdar a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.” I Co. 15:50-53. e ainda:
"... Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que retribuirá a cada um segundo as suas obras; a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer o bem, procuram glória, e honra e incorrupção; mas ira e indignação aos que são contenciosos, e desobedientes à verdade e obedientes a iniquidade; tribulação e angústia sobre a alma de todo homem que pratica o mal, primeiramente do judeu, e também do grego; glória, porém, e honra e paz a todo aquele que pratica o bem, primeiramente ao judeu, e também ao grego; pois para com Deus não há acepção de pessoas.” Rm. 2:5-11.
Mas, e após a morte pode ainda haver alguma forma de intercessão ou justificação? diz-nos as escrituras: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, aos que sem pecado o esperam para salvação.” Hb. 9:27 e 28.
O apóstolo João, segundo a revelação dada por Jesus a ele, escreveu: “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante o trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o Hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras. E aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo.” Ap. 20:11 a 15.
Convém saber que haverá um intervalo de tempo entre a primeira e a segunda ressurreição, e que haverá uma segunda morte para aqueles que não forem encontrados inscritos no livro da vida. Vejamos: "Então vi uns tronos; e aos que se assentaram sobre eles foi dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados por causa do testemunho de Jesus e da palavra de Deus, e que não adoraram a besta nem a sua imagem, e não receberam o sinal da fronte nem nas mãos; e reviveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos. Ora, quando se completarem os mil anos, satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade querida; mas desceu fogo de céu, e os devorou; e o diabo, que os enganava, foi jogado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados pelos séculos dos séculos.” Ap. 20:4-10.
E como escapar da ira vindoura, ou como ter esperanças? Certa vez um moço rico foi a Jesus e perguntou-lhe o que faria para herdar a vida eterna, ao que Jesus lhe respondeu: “... Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos.” Ele então perguntou: quais? tendo Jesus citado os mandamentos referentes ao amor para com o próximo, e ele dito que todos ele guardava desde a sua mocidade. Mas quando Jesus lhe deu o seu mandamento (...vai, vende o que tens, dá aos pobres, vem segue-me) ele muito se entristeceu. Disse então Jesus: “Quão difícil é para os que tem riquezas entrar no reino de Deus.” Perguntou-lhe então os discípulos: Quem pode então ser salvo? Jesus, fixando os olhos neles, respondeu: “Para os homens é impossível, mas não para Deus; porque para Deus tudo é possível.”
Portanto, sendo impossível para os homens se tornarem justos, veio Jesus a este mundo para justificar a todos quantos o aceitarem, crendo não na sua existência, mas nas suas palavras, seus ensinos, ou seja: mandamentos, leis, estatutos, preceitos, ordenanças, testemunhos e juízos. Pois para isso toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa: para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra. II Tm 3:16 e 17.
Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 02/11/2011
Alterado em 23/10/2019