O sentimento que o homem experimenta pode ser real ainda que seja apenas sentido; pode ser lícito, dependendo da sua consciência; mas seria autêntico? Será que não pode haver um engano ou equívoco em muitos casos e aspectos? Se há, qual a razão? Sentimentos de amor/ódio, querer/repudiar, desejar/cobiçar, teriam uma afinidade como parece haver pela manifestação desses sentimentos expressos por muitas pessoas, de diversas maneiras, como através de músicas, novelas, etc.?

Estive a meditar na manifestação desses sentimentos, devido a letra de algumas músicas tocadas nos meios de divulgação. Entre algumas, a que diz assim: “aprendi a fazer amor, pra te ferir, sem sentir nada”. Que insensatez e insensibilidade: Como pode existir tanta indignidade no ser humano. Entretanto não vamos questionar isso agora.

Hoje é comum sabermos de casais que juravam amor eterno, devotamento e fidelidade um ao outro, e, hoje, separados, odiarem-se à ponto de não querer se encontrar ou se ver, sentimento esse alternado com saudade e paixão pela mesma pessoa.

Acreditando em Deus e no  homem como obra das suas mãos, parece-nos inadmissível que a divindade tenha feito um produto à sua imagem e semelhança apenas no aspecto formal ou aparente e grosseiramente no intelectual.

Atendendo exigências cotidianas de pretenso bom gosto das pessoas, as industrias procedem a rigorosos controles de qualidade de seus produtos, com o objetivo de alcançar níveis crescente de satisfação de uma sociedade cada vez mais sofisticada, exigente e insatisfeita.

Ora, o homem, como humano, pela sua procedência, é requintado e perfeccionista. Ainda que desviado do seu criador, ainda tem resquício daquilo que recebeu dEle quando foi feito à Sua imagem.

Assim, como é possível ter passado um produto sofisticado, com tantas falhas, se Deus é perfeito? Será que houve falha? Se Ele é perfeito em tudo, o que houve então? Responde-nos, por Sua inspiração, Salomão: “Deus fez o homem perfeito, mas ele se meteu em muitas astúcias.” Pv. 7:29 ú.parte.

Donde provêm então os sentimentos ao início mencionados? Responde-nos Cristo: “... porque do coração dos homens é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, a blasfêmia, a soberba, a loucura.” Mc. 7:21 e 22.

Mas como isso é possível? Responde-nos o apóstolo Paulo, na sua epístola aos cristãos: “Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.” II Tm. 2:20-21.

Diz-nos o Senhor por Jeremias, que: Enganoso é o coração e maligno, e quem o conhecerá? E por Salomão: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.” Pv. 4:23.

Oli Prestes
Missionário