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A VERDADE DOS FATOS RELATIVOS A MORTE E RESSUREIÇÃO DE JESUS parte I
Tem ou não tem importância o dia da ressurreição de Jesus? Se não tem, por que muitos evangélicos dizem que o dia do Senhor é o dia da Sua ressurreição? Se tem, por que cultuam o dia errado?

Numa coisa parece que os crentes e evangélicos concordam: que Jesus ressuscitou. Mas por que não concordam com o dia da semana em que isso ocorreu? É natural que isso aconteça. Pois alguém está no engano, enquanto que outros estão com a verdade. Quem está com a verdade? Jesus disse que nenhuma mentira procede da verdade. E disse também que a escritura não pode mentir. Isso é verdade. Mas o homem pode. E por isso disse Jesus: Na cadeira de Moisés estão os escribas e fariseus. Mt. 23:2. Ai de vós doutores da lei, que tirastes a chave da ciência, vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam. Lc. 11:52.

Como é condição precípua guardar os mandamentos de Deus para se alcançar a sabedoria, os que não os guardam não estão com a verdade, e, por conseguinte, estão no engano.

Vamos apurar os fatos na ordem inversa, para não seguirmos o mesmo caminho seguido pelos demais, e que pode conter vícios.

Existem várias menções de Jesus ao tempo em que Ele deveria permanecer na sepultura. Qual seria esse tempo e onde está o registro?

Em Mateus: "Reunidos na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem está para ser entregue nas mãos dos homens; e estes o matarão; mas ao terceiro dia ressuscitará." Mt. 17:22-23.

Em Marcos: "E, partindo dali, passavam pela Galiléia, e não queria que alguém o soubesse; porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará." Mc. 9:30-31.

Em João: "Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei.
Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu em três dias o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo." Jo. 2:19:21.

Uma das regras estabelecidas pelo Senhor para se alcançar a sabedoria e o conhecimento de Deus é buscar um pouco aqui e um pouco ali. Is. 28:10. Outra, é fazer atento à sabedoria o ouvido, para inclinar o coração ao entendimento. Pv. 2:2.

Jesus disse derribai “ESTE templo”. Os homens pensaram que Jesus falava do templo feito de pedras, enquanto que Ele se referia ao seu corpo. Se Ele estivesse falando do templo de pedra, certamente teria dito: derribai ESSE templo, e não este templo.

A boa regra gramatical, ensina: Este: pronome demonstrativo designativo de pessoa ou coisa que está próxima de quem fala. Enquanto que Esse é pronome demonstrativo designativo do indivíduo ou objeto que está próximo da pessoa com quem se fala.

Mas, assim como naquele tempo havia os que não ouviam de bom grado, e por isso não compreendiam e não eram curados, assim acontece hoje. Há os que não ouvem e não compreendem, exatamente porque não ouvem de bom grado, e os seus corações insensatos se obscurecem.

Ora, não foi somente uma, mas três vezes e usando expressões diferentes, de um mesmo significado: Ele passaria três dias no sepulcro. Como se não bastasse, houve ainda a ocasião em que Jesus usou o caso de Jonas como exemplo, e disse: "... pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra." Mt. 12:40.

Só esta citação é suficiente para nossa fundamentação, para determinar o tempo que Jesus passou na sepultura.

Bem, já sabemos que Ele passou três dias e três noites no coração da terra. Que dias e noites foram esses?

Diz Mateus: "No findar do Sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos, e ficaram como se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado."

Biblicamente o dia começa ao início de uma tarde (noite), e finda no fim da manhã (dia). Ou seja, começa no pôr-do-sol e termina no pôr-do-sol. Gn. 1:5 e Lv. 23:32. Por conseguinte, o despontar de um dia é exatamente o período que se segue ao pôr-do-sol. E foi nesse tempo, diz Mateus, que um grupo de mulheres foram ver o sepulcro de Jesus, veja: "E, no fim do Sábado, quando despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena, e a outra Maria foram ver o sepulcro." Mt. 28:1.

E o que houve? Encontraram o túmulo vazio, pois o anjo lhes disse que Jesus já havia ressuscitado. Mt. 28:6.

Assim, se Ele já havia ressuscitado, então isso deve ter acontecido até o fim do sábado, pois ao findar do sábado Ele já havia ressuscitado.

Tomando-se as palavras de Jesus “Ipsis Literis”, vamos fazer a contagem das três noites e três dias em que Jesus passou no seio da terra. Dia do sábado, último dia; noite que precede esse dia, última noite; dia de sexta-feira e a noite que precede esse dia; quinta-feira e a noite que precede esse dia. Isso para que a contagem esteja correta. Nesse caso Jesus foi sepultado no máximo até o pôr-do-sol de quarta-feira.

De fato diz Marcos: "E chegada a tarde, porquanto era o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, chegou José de Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. E Pilatos se maravilhou que já tivesse morto. E, chamando o centurião, perguntou-lhe se já havia muito que havia morrido. E, tendo se certificado, deu o corpo a José; o qual comprou um lençol fino, e, tirando-o da cruz, o envolveu nele, e o depositou num sepulcro lavrado numa rocha; e revolveu uma pedra para a porta do sepulcro." Mc. 15:42:46.

Não obstante essa passagem nos parecer clara, a alguns não acontece o mesmo. Pois, como o discípulo fala em dia da preparação e véspera do sábado, pensam que esse dia era a sexta-feira. Mas não era. E por quê? Porque aquele dia era a preparação da festa judaica, que se seguia à páscoa, no qual havia descanso solene, e chamado por Deus de vossos sábados, veja:

Falou mais o Senhor a Moisés, dizendo: "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas serão as minhas solenidades: Seis dias obras se fará, mas ao sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhuma obra fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações. Estas são as solenidades do Senhor, as santas convocações, que convocareis ao seu tempo determinado; no mês primeiro, aos catorze do mês, pela tarde, é a páscoa do Senhor. E aos quinze dias deste mês é a festa dos asmos do Senhor; sete dias comereis asmos. No primeiro dia tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; mas sete dias oferecereis oferta queimada ao Senhor;  ao sétimo dia haverá santa convocação; nenhuma obra sevil fareis." Lv. 23:1-8.

"E isto vos será por estatuto perpétuo; no sétimo mês, aos dez do mês, afligireis as vossas almas, e nenhuma obra fareis, nem o natural nem o estrangeiro que peregrina entre vós. Porque naquele dia se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados perante o Senhor. É um sábado de descanso para vós, e afligireis as vossas almas; isto é estatuto perpétuo." Lv. 16:29-31.

Como Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Ele fora sacrificado no mesmo dia em que se sacrificava a páscoa judaica. E Ele, muito apropriadamente, cumpriu a páscoa à noite do dia 14 do mês de Abib ou Nissam, e se deixou imolar na manhã desse dia.

Apesar de Deus não ser Deus de confusão, alguns estão confusos exatamente por não terem ou não estarem em Deus.

O que dizemos é que os escribas têm feito uma edição espúria quando traduzem o texto do livro de Marcos, dizendo: E Jesus tendo ressuscitado no primeiro dia da semana... Mc. 16:9.

Segundo a edição revista e corrigida da versão de João Ferreira de Almeida, em todas as vezes que é narrado pelos evangelistas, Mateus, Marcos, Lucas e João, que as mulheres foram ao sepulcro, diz que elas o fizeram a partir do findar do Sábado, alta madrugada, e pela manhã bem cedo. E em todas as vezes é dito que Jesus já havia ressuscitado. Vejamos:

Como já citamos a narrativa de Mateus, vamos citar as demais:

Em Marcos está registrado: "E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol; e diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um mancebo assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas. Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam." Mc. 16:1-8.

Em Lucas está: "E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Porque buscais o vivente entre os mortos? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando ainda na Galiléia, dizendo: Convém que o Filho do Homem seja crucificado, e ao terceiro dia ressuscite. E lembraram-se das suas palavras. E eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos." Lc. 24:1-10.

João registrou do seguinte modo o que o Espírito lhe concedeu:
"E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis. E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro, e viu e creu. Porque ainda não sabia a Escritura; que era necessário que ressuscitasse dos mortos. Tornaram pois os discípulos para casa." Jo. 20:1-10.

A seguir diz mais João: "E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela pois chorando, abaixou-se para o sepulcro; e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por que choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscais? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, diz-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela voltando-se, disse-lhe: Roboni (que quer dizer: Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto." Jo. 20:11-18.

Esse apóstolo que escreveu essas coisas também foi o mesmo que as viveu. Ele é o apóstolo que Jesus amava, e que correu com Pedro ao sepulcro, tendo corrido mais apressadamente e chegado primeiro que Pedro; e que tendo chegado não entrou no túmulo enquanto Pedro não chegou e entrou. Ele mesmo diz que quando ele entrou e viu, então creu. Porque ainda não sabiam as Escrituras; que era necessário que ressuscitasse dos mortos.

Sem desmerecer os demais que descreveram os fatos da morte, sepultamento e ressurreição de Jesus, dizemos que João esteve presente na morte, quando Jesus falou a ele e a Maria sua mãe, como segue:
"E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa." Jo. 19:25-28.
Com relação ao dia da morte de Jesus, disse João:
"Os judeus, pois, para que no sábado não ficasse os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas e fossem tirados." Jo. 19:31.

Esse sábado, chamado de grande, era o dia seguinte à páscoa, quando havia descanso e santa convocação, conforme Levítico 23:5-8.

Além das profecias de Jesus quanto ao tempo em que Ele deveria passar no sepulcro, houve ainda outros registros atinentes a isso, vejamos:

"E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús, e iam falando entre si, e fazendo perguntas um ao outro, o mesmo Jesus se aproximou, e ia com eles. Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não conhecessem. E ele lhes disse: Que palavras são essas que, caminhando, trocais entre vós, e por que estais tristes? E, respondendo um, cujo nome era Cléofas, disse-lhe: És tu peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhes disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi varão profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo. E como os principais dos sacerdotes e os nossos príncipes o entregaram à condenação de morte, e o crucificaram. E nós esperávamos que fosse ele o que remiria Israel; mas agora, sobre tudo isso, é já o terceiro dia desde que essas coisas aconteceram." Lc. 24:13-21.

Como podemos concluir pelo texto que esse episódio se deu ao pôr-do-sol do primeiro dia da semana. Pois a narrativa começa dizendo: e eis que no mesmo dia, referindo-se ao primeiro dia da semana, mencionado no verso primeiro de Lucas 24, onde começa a narrativa da ressurreição. Temos ainda outra prova disso. É que os discípulos, no diálogo que tiveram com Jesus no caminho, disseram: É verdade que também algumas mulheres dentre nós nos maravilharam, as quais de madrugada foram ao sepulcro; e não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de anjos, que dizem que ele vive; e alguns dos que estavam conosco foram ao sepulcro, e acharam ser assim como as mulheres haviam dito; porém a ele não o viram. Vv. 22 a 24. Assim, se elas foram na madrugada do primeiro dia da semana, então a jornada para Emaús aconteceu no final do primeiro dia e não do sábado, já que a ressurreição se deu no findar do sábado.

Outro episódio comprova que havia conhecimento por parte dos maiorais quanto ao tempo que disse Jesus passaria no túmulo antes de ressuscitar. Veja:

"E no dia seguinte, que é o dia depois da preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos, dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei. Manda pois que o sepulcro seja guardado com segurança até o terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dos mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro. E disse-lhes Pilatos: Tendes a guarda, ide, guardai-o como entenderdes. E, indo eles, seguraram o sepulcro com a guarda, selando a pedra." Mt. 27:62-66.

Assim, vemos que foram três dias que Jesus passou no sepulcro. E já que no findar do Sábado, quando as mulheres foram ao sepulcro, ele já tinha ressuscitado, então ele ressuscitou mesmo antes de iniciar o primeiro dia da semana, o que ocorreu no pôr-do-sol de sábado. Bem, mas quando Jesus morreu? A que horas? Vamos recorrer as Escrituras, lá está.

Diz Lucas: E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra até a hora nona. Escurecendo-se o sol; e rasgou-se ao meio o véu do templo. E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou. Lc. 23:44-46. Mateus registrou assim: E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo; Eli, Eli, lama sabactâni. Isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? E alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam: Este chama por Elias. E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo. E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. Mt. 27:45-50.

Conforme as escrituras, a contagem do tempo hoje difere da usada por Deus. Quando Jesus foi crucificado, dizem as Escrituras que houve trevas desde a hora sexta até a hora nona. E essa hora era a que corresponde hoje, pela contagem dos homens, ao período que vai do meio–dia às quinze horas do que dizem ser tarde. Dizemos assim, porque a tarde nas escrituras corresponde a noite. E isso está também narrado no episódio da morte, ressurreição e sepultamento  de Jesus. Pois diz Marcos: E chegada a tarde, porquanto  era o dia da preparação, isto é, a véspera do Sábado, chegou José d’Arimatéia, senador honrado, que também esperava o reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus. Mc. 15:42-43. E outra escritura diz:  No crepúsculo, à tarde do dia, na escuridão e trevas da noite. Pv. 7:9. Como vemos, a tarde do dia é a noite. Por isso é que em Gênesis diz: E foi a tarde e a manhã... Gn. 1:5. Porque manhã é a parte clara do dia, enquanto que a tarde é a noite. E esta precede aquele. Pois como havia trevas antes da luz, assim também a noite precede o dia, ou a tarde precede a manhã.

Pela narrativa bíblica, concluímos que as mulheres formavam mais de um grupo, os quais estiveram em ocasiões diferentes no sepulcro, veja: E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para o servir. Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Mt. 27:55-56. E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro, verso 61. E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jo. 19:25. Pela narrativa bíblica, concluímos que as mulheres formavam mais de um grupo, os quais estiveram em ocasiões diferentes no sepulcro, veja:

E as mulheres que tinham vindo com ele da Galiléia, seguiram também e viram o sepulcro, e como foi posto o seu corpo. E voltando elas, prepararam especiarias e ungüentos, e no Sábado repousaram, conforme o mandamento. Lc. 23:55 e 56

É interessante que as Escrituras só falam de João presente à morte de Jesus, além das mulheres. Estas, em compensação, foram privilegiadas com as visões dos anjos, que lhes informaram da ressurreição, e lhes deram instruções para os discípulos, dizendo que lhes dissessem que eles fossem para a Galiléia, que lá Jesus os encontraria. Também Maria Madalena viu o próprio Senhor logo após a ressurreição, o qual lhe falou. Jesus só apareceu aos discípulos e apóstolos fora da área onde fora sepultado. Eles também não tiveram a visão de anjos que as mulheres tiveram.

Vamos agora analisar a ida das mulheres ao sepulcro e o tempo que isso ocorreu.

João diz: E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro. Correu pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhe: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram. Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro. E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou. Chegou pois Simão Pedro, que o seguia, e entrou no sepulcro, e viu no chão os lençóis. E que o lenço que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que chegara primeiro ao sepulcro, e viu e creu. Porque ainda não sabiam a Escritura; que era necessário que ressuscitasse dos mortos. Tornaram pois os discípulos para casa. E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. Estando ela pois chorando, abaixou-se para o sepulcro; e viu dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. E disseram-lhe eles: Mulher, por choras? Ela lhes disse: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. E, tendo dito isto, voltou-se para trás, e viu Jesus em pé, mas não sabia que era Jesus. Disse-lhe Jesus: Mulher, por que choras? Quem buscas? Ela, cuidando que era o hortelão, disse-lhe: Senhor, se tu o levaste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que ele lhe dissera isto. Jo. 20:1-18.

Bem, como vimos, uma Maria Madalena foi sozinha ao sepulcro pela madrugada. Viu a pedra retirada, e correu a avisar a Simão Pedro e a João. Estes, por sua vez, correram juntos ao sepulcro, tendo João corrido mais que Pedro, e chegado primeiro ao sepulcro. João se abaixou e viu os lençóis no chão mas não entrou. A seguir chegou Pedro e entrou no sepulcro e observou os lençóis no chão, e que o lenço que havia estado sobre a cabeça de Jesus não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. Aí então João entrou também, e viu e creu. E voltaram para casa. É provável que os anjos estivessem lá. Mas tanto os discípulos não o viram, como eles não se manifestaram aos discípulos. E Maria Madalena certamente veio depois dos discípulos, e ficou a chorar fora do sepulcro. E após os discípulos terem saído, ela resolveu dar mais uma olhada para dentro do túmulo, ocasião em que ela viu os dois anjos vestidos de branco, assentados onde jazera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés, conforme o verso 12 de João 20. Desse versículo depreendemos que a sepultura era no sentido horizontal, ainda que o túmulo fosse numa rocha que tudo indica fosse vertical. Pois observamos as expressões: abaixou-se para o sepulcro, e: viu dois anjos, um à cabeceira e outro aos pés.

Ato contínuo, ela, ao voltar-se para trás, viu a Jesus, mas não o reconheceu, e pensou que fosse o hortelão (pessoa que cuida do cemitério). Jesus então buscou travar um diálogo com ela, ao que foi correspondido por Maria Madalena, que ainda assim não o reconheceu. No momento oportuno Jesus se fez conhecer, e disse: Maria! Foi quando ela o reconheceu e disse: Raboni (que quer dizer Mestre). Então disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. O que ela o fez.

Marcos diz: E passado o Sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. Mc. 16:1.
Observemos que havia mais de uma Maria. E concluimos que havia também mais de uma Maria Madalena. E os narradores narraram sem o conhecimento de que outros também narrariam os mesmos episódios. Assim, é possível que houvesse uma Maria Madalena de Jerusalém, e outra Maria Madalena da Galiléia. E isso se depreende dos textos a seguir, veja:

E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galiléia, para O servir; entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu. Mt. 27:55-56. E adiante o mesmo narrador diz: E estavam ali Maria Madalena e a outra Maria, assentadas defronte do sepulcro. Versículo 61.

Observemos que o narrador diz que entre as mulheres que tinham vindo da Galiléia, se encontrava Maria Madalena. E que elas estavam olhando de longe. Versos 55 e 56. E no verso 61 ele diz que Maria Madalena e a outra Maria estavam assentadas defronte do sepulcro. Apesar de no texto constar a palavra outra depois de Maria Madalena e antes de Maria, dando a entender que havia apenas uma Maria Madalena e que havia outra Maria, asseveramos que houve erro na tradução, e que a palavra outra deveria ser antes de Maria Madalena que estava acompanhada de Maria mãe de Jesus, que esteve ao lado da cruz até o último momento. Cremos que o Espírito deixou dessa maneira para que nós tivéssemos o trabalho de assim buscar, e para se cumprir a palavra do Senhor, que diz: Se buscares como se busca a prata, e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus. Pv. 2:4-5.

Passado o Sábado judaico, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo. Dizemos passado o Sábado judaico pelas razões que adiante vamos apresentar. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol; e diziam uma às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro? E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um mancebo assentado à direita, vestido de uma roupa comprida, branca; e ficaram espantadas. Porém ele disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está mais aqui; eis aqui o lugar onde o puseram. Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. E, saindo elas apressadamente, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de  temor e assombro; e nada diziam a ninguém, porque temiam. Mc. 16:1-8.

Como prometemos falar sobre o sábado em que as mulheres descansaram, assim o faremos. Ora, entre o Sábado judaico e o sábado do Senhor, houve a sexta-feira, que era dia livre para se comprar. Assim, as mulheres descansaram no sábado judaico, que caiu na quinta-feira daquela semana, já que elas também eram judias, e obedeciam as leis de Moisés que até então vigoravam. Também guardaram o sábado do Senhor, constante no decálogo divino, e foram ao sepulcro pela manhã do primeiro dia da semana, conforme a narrativa de Marcos. Outra razão para afirmarmos isso, é que a esse grupo de mulheres que fora pela manhã ao sepulcro, disse o anjo: Mas ide, dizei a seus discípulos, e a Pedro, que ele vai adiante de vós, para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse. Mc. 16:7. Assim, nos parece mesmo que essas mulheres eram da Galiléia. A seguir vamos analisar a outra visita feita pela outra Maria Madalena, e a hora que isso ocorreu.

Diz Mateus: E, no findar do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena, e a outra Maria foram ver o sepulcro; e eis que houvera um grande terremoto (tremor de terra), porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como neve. E os guarda, com medo dele, ficaram muito assombrados, e como mortos. Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide, pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dos mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. Eis que vo-lo tenho dito. E, saindo elas pressurosamente do sepulcro, com temor e grande alegria, correram a anunciá-lo aos seus discípulos. E, indo elas, eis que Jesus lhes saiu ao encontro, dizendo: Eu vos saúdo. E elas, chegando, abraçaram os seus pés, e o adoraram. Então Jesus disse-lhes: Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão a Galiléia, e lá me verão. Mt. 28:1-10.

Como já discorremos atrás, o sábado termina ao pôr-do-sol, e o primeiro dia da semana começa ao pôr-do-sol. Assim o narrador diz que as mulheres foram ao sepulcro no findar do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana. Então vemos que esse grupo de mulheres não era o mesmo que visitou o túmulo pela manhã. Até porque Jesus se deixou adorar e abraçar os seus pés pelas duas mulheres que foram ao sepulcro ao pôr-do-sol de sábado, enquanto que à outra Maria Madalena que foi ao túmulo pela manhã, ele disse que não o tocasse porque ele não havia subido ao Pai. Também se ela fosse a mesma Maria Madalena, haveria um impasse. Porque se Jesus já havia falado com ela no findar do sábado, e lhe passado o recado para ser transmitido aos seus discípulos, qual a razão de ela voltar ao túmulo pela madrugada? E ainda mais espantando-se por ter encontrado o túmulo vazio. Se ela já havia sido informada por um anjo de que Jesus já havia ressuscitado, havia visto o próprio Senhor que falou com ela e Maria, sido instruída para dar as boas novas aos discípulos, e lhes passar o recado de que fossem para a Galiléia, nos parece não haver razão para ela duvidar e retornar ao lugar do sepulcro em busca do corpo de Jesus.

Agora vamos examinar a ocorrência com a outra Maria Madalena.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida. Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.  Jo. 20:1-18.

E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que pararam junto delas dois varões, com vestidos resplandecentes. E, estando elas muito atemorizadas, e abaixando o rosto para o chão, eles lhes disseram: Por que buscais o vivente dentre os mortos? Lc. 24:1-5.

Ao grupo de mulheres que visitaram o sepulcro na madrugada do primeiro dia da semana, foi manifesto apenas um varão que lhes disse que elas fossem aos discípulos de Jesus e à Pedro e dissessem que Jesus ia adiante deles para a Galiléia, e que lá o veriam. Mas elas, fugiram do sepulcro, porque estavam possuídas de temor e de assombro; e, de medo, nada disseram a ninguém. Mc. 16:5, 7 e 8.

Vamos expor o que o Espírito nos faz saber, esclarecendo os acontecimentos.

Havia dois grupos de mulheres. Um procedente da Galiléia, composto por várias mulheres, dentre elas uma Maria Madalena, Maria mãe de Tiago e de José, e a mulher de Zebedeu. Mt. 27:55-56. E outro composto por Maria, mãe de Jesus, e a irmã dela, Maria de Cléofas, e a outra Maria Madalena. Mt. 27:61 e João 19:25. O grupo de mulheres procedentes da Galiléia, comprou os aromas para ungir o corpo de Jesus, Lc. 23:54-56, e só foi ao sepulcro pela madrugada do primeiro dia da semana. Lc. 24:1-3. Ficaram perplexas por não terem encontrado o corpo de Jesus, e viram dois varões com vestes resplandecentes, os quais lhes perguntaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive. Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lc. 24:4-5.
Mas, apesar da outra Maria Madalena compor o grupo de mulheres procedentes da Galiléia, entendemos que ela foi sozinha ao sepulcro pela manhã do primeiro dia da semana, e viu que a pedra havia sido removida e correu a avisar a Pedro e a João. Depois que estes fizeram a constatação do que lhes fora dito, se retiraram, enquanto ela  ficou chorando do lado de fora do túmulo. Ela, enquanto chorava, abaixou-se e deu uma olhada para dentro do túmulo, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhes perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Rabôni (que quer dizer Mestre)! Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus. Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe dissera estas coisas. João 20:11-18.

A um grupo de mulheres que foram ao sepulcro pela manhã do primeiro dia da semana, apareceu apenas um anjo, conforme Mc. 16:1-6, enquanto que ao outro grupo apareceu dois varões, com vestidos resplandecentes, os quais travaram um diálogo com esse grupo. Lc. 24:1-7. Diz o apóstolo que eram Maria Madalena, e Joana, e Maria, mãe de Tiago, e as outras que com elas estavam, as que diziam estas coisas aos apóstolos. V. 10. Mas não quer isso dizer que eram as que foram de uma só vez ao sepulcro, e nem que era o mesmo que estivera na ocasião narrada por Marcos.

Na narrativa de João diz que, Maria Madalena foi e anunciou aos discípulos que vira o Senhor, e que Ele lhe dissera isto. João 20:18. Lhe dissera isto, e não lhes dissera isto. Donde vemos que a aparição de Jesus nessa ocasião,  foi individual e não coletiva. Por conseguinte, o texto de Marcos 16:9-11, faz entender que Jesus apareceu no findar do sábado à Maria Madalena da qual tinha expulsado  sete demônios, e não à outra da Galiléia, a qual só fora ao túmulo pela madrugada do dia primeiro.

Mas existe um texto que causa confusão aos indoutos, devido a forma como o texto foi traduzido. Ele está em Marcos, e diz: E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios. Mc. 16:9.

Na autoridade que o Espírito nos concede, dizemos que esse texto é espúrio, ou seja, adulterado. E por que afirmamos isto? Porque Mateus diz que no findar do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria e a outra Maria Madalena foram ver o sepulcro. Mt. 28:1.

Como dissemos atrás, a bíblia não pode mentir, mas o homem pode. E tem mentido quando tem traduzido as Escrituras. E esse não é o único erro que nela contém. Já mostramos outros, como no caso do ladrão, crucificado junto com Jesus, e outro onde diz que a alma de Raquel lhe saiu, porque morreu, e citado no trabalho codificado por nós com o título “A Fragilidade da Alma”.

Aqueles que querem a veracidade dos fatos, e que buscam para encontrá-los, não se conformam com qualquer coisa. A ciência busca a verdade dos acontecimentos passados, cavando, examinando ao microscópio, submetendo ao teste do carbono 14, analisando as evidências, até chegar a conceitos que possam evidenciar a certeza de fatos. Da mesma forma, nós devemos fazer para com as Escrituras, pois é a condição imposta por Deus, veja: “Filho meu, se aceitares as minhas palavras, e guardares os meus Mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e se clamares por entendimento e por inteligência alçares a tua voz, se como a prata a buscares e como a tesouros escondidos a procurares, então entenderás o temor do Senhor, e acharás o conhecimento de Deus. Porque o Senhor dá a sabedoria; da sua boca vem o conhecimento e o entendimento. Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; escudo é para os que caminham na sinceridade. Para que guarde as veredas do juízo; e conserve o caminho dos seus santos. Então entenderás justiça, e juízo, e eqüidade, e todas as boas veredas. Porquanto a sabedoria entrará no teu coração, e o conhecimento será agradável à tua alma”. Pv. 2:1-10.

Como vemos, as condições exigidas para se alcançar a sabedoria e o conhecimento de Deus são diversas. E entre elas está: aceitar a sua palavra, guardar os seus Mandamentos, clamar por sabedoria e por entendimento elevar a voz; buscar a sabedoria como se busca a prata e como a tesouros escondidos a procurar, etc. Cremos ser por isso que muitos estudiosos das Escrituras têm ficado confundidos. Porque lhes faltou algum desses pré-requisitos. E Deus confunde os sábios, mas dá graça aos humildes. E também aprouve a Ele revelar os seus mistérios aos pequeninos.

Elaborei um quadro resumindo os textos, as visões de anjos, os diálogos e as incumbências recebidas de Jesus e dos anjos que estavam no sepulcro de Jesus, mas não é possível postar aqui devido o formato de tabela. Portanto, quem quiser conferir, peça que eu mando em anexo por email.

Prossegue: Parte II em: http://www.recantodasletras.com.br/artigos/2925564
Leia também parte a parte III em http://www.recantodasletras.com.br/artigos/3599638

Oli Prestes
Missionário

093991906406
oliprest
Enviado por oliprest em 07/04/2012
Alterado em 22/07/2017


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