Ninguém tem mais amor do que este: de dar alguém a sua vida pêlos seus amigos. E Jesus deu a Sua vida por nós. O justo pelos injustos. “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo nos não conhece; porque o não conhece a ele.” I Jo. 3:1.

Cristo, o primogênito dentre os mortos, mostrou total submissão ao Pai, e ainda que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas, aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens. E, achando na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Fl. 2:6-8.

Sabemos que o comportamento de Jesus foi sempre de renuncia, de submissão, de humildade. Ainda que dono de tudo, chegou a dizer que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça. Mas tudo tinha um propósito. E esse propósito era de em tudo ser o nosso exemplo. Quiseram até fazer dele rei para que reinasse neste mundo. Mas ele disse a Pilatos: “O meu reino não é deste mundo: se o meio reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus: mas agora o meu reino não é daqui.” Jo. 18:36.

Nós fomos adotados na família espiritual; constituídos embaixadores de Cristo; feitos filhos de Deus e herdeiros da graça; feitos servos da justiça, para anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz. E já que temos em Cristo o modelo que devemos seguir; a medida pela qual nos devemos medir; a imagem pela qual nos devemos espelhar, temos que deixar o pecado que tão de perto nos assedia, para corrermos a carreira direita para aquele que com cordas de misericórdias nos atraiu.

Disse Jesus: “Não vos preocupeis com que haveis de comer nem com o que haveis de vestir. Porque vosso Pai sabe que de todas essas coisas haveis de mister. Mas buscai primeiro o reino dos céus e toda a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas.” Disse mais: “Trabalhai não pelo pão que perece, mas pelo pão que permanece o qual vos dará vosso pai.”

O apóstolo Paulo, escreveu aos Tessalonicenses: “... pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus.” I Te. 2:9.

E por que trabalha e luta o Cristão por uma obra que não a de Cristo; constrói um reino deste mundo; busca alcançar um alvo utópico; almeja uma pátria terrestre; luta por uma glória efêmera; segue padrões humanos; mede-se por medida viciada; aceita regras que não foram impostas pelo seu Senhor?

Disse Jesus: “Vós sereis meus discípulos se fizerdes o que vos mando.” Ou: “De que aproveita o homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?”

"Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quanto tem, não pode ser meu discípulo. Lc. 14:33.