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AS PRÓPRIAS PEDRAS CLAMARÃO
AS PRÓPRIAS PEDRAS CLAMARÃO

Acaso pedras podem falar? Com certeza. E isso vamos evidenciar nesse breve texto.

Hoje a ciência secular tem comprovado muitos registros dessa ocorrência, principalmente na esfera da arqueologia e geologia. Assim, tanto fósseis de animais e vegetais bem como de homens, além de objetos de metais e cerâmica, dizem como era o passado remoto deles sobre a terra, o que faziam, o que comiam, como viviam.

Restos de carvão vegetal em torno de  ruinas dos muros de cidades de antigas civilizações, evidenciam o modo como seus muros eram postos à baixo. Fogo produzido pela queima de madeira empilhada junto a eles fazia com que ruíssem. Fósseis de animais pré-históricos revelam o porte gigantesco daqueles animais. Também joias e adornos de ouro, metais e outros materiais dizem do uso e costume de povos como egípcios, gregos, etc.

Mas seres humanos são por Deus comparados a pedras e até com a pedra preciosa mais dura que existe, o diamante. E isso não por causa de qualidades que possuam, mas pela dureza dos seus corações. É o caso do texto bíblico que diz: “E a palavra do SENHOR veio a Zacarias, dizendo:  Assim falou o SENHOR dos Exércitos, dizendo: Executai juízo verdadeiro, mostrai piedade e misericórdia cada um para com seu irmão.  E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, mal contra o seu irmão. Eles, porém, não quiseram escutar, e deram-me o ombro rebelde, e ensurdeceram os seus ouvidos, para que não ouvissem. Sim, fizeram os seus corações como pedra de diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o SENHOR dos Exércitos enviara pelo seu Espírito por intermédio dos primeiros profetas; daí veio a grande ira do SENHOR dos Exércitos.” Zc. 7:8 a 12.

Ao tempo do povo Israel havia duas pedras pelas quais se consultava a Deus e pela qual Deus também falava. Era o Tumim e o Urim. Por aquela o consulente falava a Deus, e, por esta, Ele respondia. Corresponderia ao telefone de hoje.

Mas isso era uma símile ou metáfora para o tempo presente, significando as pessoas que têm sido usadas por Deus tanto para falar a Deus como para ser usada por Ele para que traga a resposta aos consulentes, apesar de serem de corações duros quais pedras e até duríssimo quais pedra de diamante.

Quando Jesus esteve em carne entre os homens, alguns religiosos contemporâneos seu quiseram que aqueles que o exaltavam se calassem, e isso propuseram a Jesus, aos quais respondeu que se aqueles se calassem até as próprias pedras clamariam. Vejamos o texto bíblico relativo à ocorrência.

“E trouxeram-no a Jesus; e, lançando sobre o jumentinho as suas vestes, puseram Jesus em cima. E, indo ele, estendiam no caminho as suas vestes. E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão.” Lc. 19:35 a 40.

Fazendo uma analogia do texto, posso afirmar que as pedras que clamariam em lugar daqueles que exaltavam a Jesus, seriam os duros de corações, ainda não convertidos, o povo judeu, para os quais Jesus veio para buscar por se haverem extraviado ou perdido, não obstante serem religiosos e rigorosos quanto ao seu modo de praticar as suas religiões.

Hoje não é diferente. Existe quem queira que aqueles que exaltam a Deus, louvando e dando glórias a Ele, se calem, alegando para isso decência e ordem no modo de culto. Mas se aqueles que já foram quebrantados e cujos corações foram macerados, tendo recebido a palavra de Deus, se calarem, as próprias pedras, ou seja, os de corações duros, clamarão.

Porque o próprio espírito de Deus fará isso, mesmo nas suas condições de corações empedernidos, ou de pedras.

Então não impeçam aos pequeninos de louvar e exaltar aquele que é digno de toda honra e louvor, alegando motivos éticos ou de disciplina. Senão Deus usará a outros para cumprir a glorificação que lhe deva ser dada.

Oli Prestes
Missionário
oliprest
Enviado por oliprest em 12/07/2012
Alterado em 11/05/2019


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr