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SÊ FIEL ATÉ A MORTE
É natural que alguém seja fiel a outro se as circunstâncias lhe forem favoráveis, ou se lhe for conveniente. Mas quando aquelas lhe forem desfavoráveis ou não lhe for conveniente, principalmente quando há risco de vida para quem pretenda ser ou de quem é exigido ser, então a fidelidade é tida como circunstancial. Mas Deus ordena que sejamos fieis mesmo com risco de perda da nossa própria vida, a fim de que possamos ter outra, no porvir.

Muitos casos houveram de pessoas que não perseveraram fieis aos seus parceiros quando um dos cônjuges esteve privado de poder estar com elas. É o caso de soldados que tiveram que defender a sua pátria ou a uma nação amiga, e que, por isso, tiveram que deixar a seus cônjuges por um tempo, a fim de guerrearem contra nações invasoras ou inimigas. Ao retornarem, felizes por terem conseguido sobreviver às escaramuças da guerra, constatam que seus cônjuges não mais lhes pertencem, ou estiveram envolvidos afetivamente com outros. E também tais soldados se envolvem afetivamente ou sexualmente com outros, nos locais onde estiveram enquanto serviam aos interesses dos seus mandatários, reis, presidentes, governadores, etc. Alguns chegam a cogitar que preferível lhes seria terem sucumbido na guerra a ter que suportar a dor da separação de quem lhes era caro ou querido. Amargo regresso.

E isso é próprio do ser humano. Poucos se mantem fieis por um tempo considerável, e até por pouco tempo mesmo, principalmente longe dos olhos, por julgar que o outro não saberá do seu deslize, ou mesmo sabendo que isso pode ocorrer.

Assim também com relação a fidelidade a Deus. Há os que suportam as agruras desta vida e se portam de modo varonil, apesar das adversidades. Destas tiram forças e não retrocedem mesmo diante de ofertas tentadoras. Assim procedeu Jesus por ocasião do seu trânsito entre os humanos quando aqui viveu em carne. Ele foi tentado pelo príncipe deste mundo, o qual lhe ofereceu os reinos daqui, com a condicionante de que o adorasse. Jesus o resistiu e foi fiel a Deus até o fim, tendo suportado afrontas e humilhações de quem fora o criador, o homem. Mas, em consequência, ressuscitou, já que nunca pecou nem na sua boca se achou engano. Por isso a morte não pode retê-lo no túmulo.

E isso Ele também exige dos seus seguidores. Numa das missivas ordenadas por Ele a João, na revelação dada a este na ilha de Patmos e constante no livro do Apocalipse, diz:

“Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” Ap. 2:10 ú.parte.
Mas onde encontramos fieis a ponto de não fazer questão da própria vida obedecendo a um deus invisível? Ainda que raros, existem. Os quais não fazem questão nem de benesses materiais e nem das suas próprias vidas, as quais não são suas, e que lhes serão devolvidas por ocasião da recompensa dos justos. Entretanto poucos renunciam a sua vontade e suportam a tentação do gozo das coisas temporais e mundanas nessa existência, e desprezam a promessa dos bens futuros prometidos por Deus aos que lhe amam.

Portanto lembremos o exemplo dado pelo mestre Jesus, o qual sendo Deus se fez servo, e, nessa forma, entregou-se a morte, e morte de cruz, e por isso Deus o exaltou acima de todos os anjos, e deu-lhe um nome que é sobre todo nome, para que todo joelho se dobre diante dele. Porque está previsto que os homens seriam traidores, e traição é ato que deve ser punida com morte do traidor.
Manaus-AM, 14/07/2012

Por Oli Prestes
oliprest
Enviado por oliprest em 14/07/2012
Alterado em 20/10/2012


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr