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MMA, contra quem?
Será que o homem da caverna está morto na consciência da humanidade? Ou ele está latente e pronto para entrar em combate, bastando para isso algum estímulo para despertá-lo e faze-lo entrar no ringue? Por que será que o ser humano gosta de ver confrontos de lutadores, se isso remete a um passado distante, quando os homens precisavam usar a força física para as suas conquistas, mesmo as afetivas? Parece que isso tem algo a ver com o homem da caverna. Que leva o ser dito humano a sentir prazer em ver semelhantes seu se espancarem como se fossem dois pit bull se engalfinhando em um duelo de vida ou morte?

Quando eu era adolescente assistia na mídia televisiva a um espetáculo de luta livre, no qual os participantes se enfrentavam nas noites dos finais de semana, fazendo subir o índice de audiência da emissora que transmitia a mesma. E os rounds mais comentados eram os que tinham alguns personagens vistosos, como  “Ted Boy Marino”. Um varão italiano de tez branca, estilo napolitano de pizzaria, ou seja, que não era dado a exposição solar das praias de Nápoles, província da Itália.
Mas aquelas lutas eram ensaiadas, nenhum deles saia machucado do ringue. Mesmo porque eles eram necessários para a próxima no outro final de semana, a fim de que o espetáculo continuasse, gerando renda e alegria para a torcida cativa desses programas.

Mas havia também outros eventos em escala global, ou seja, mundial, quando se enfrentavam outros varões que detinham títulos de vencedores de outros com nomes considerados grandes no mundo dos lutadores, principalmente de box. Assim passaram pela mídia pessoas como Cassius Clay, um negro americano que acabou os seus dias com mal de Parkinson, e que mudou o seu nome para “Muhamed Ali” por ter adotado uma religião muçulmana, mas que, ao final da vida, diz ter se tornado pastor.

E aqui e ali vemos que são trazidos para os amantes desse esporte espetáculos bizarros de humanos se esmurrando até o sangue escorrer rosto abaixo, para satisfação de milhões que amam esse esporte violento.

Entretanto vejo que por detrás de simples competição há alguém que provoca e estimula essas ocorrências, com o fim de fazer que isso seja coisa tida como normal para os demais que, desavisadamente, estão incentivando a violência urbana e de todas as formas, pois que quando a carne prevalece o psicológico é reprimido. E ver um ser humano, feito a imagem e semelhança do seu criador, ser golpeado sistematicamente por outro para deleite de muitos, é deprimente.

Essas ocorrências ficam armazenadas no subconsciente dos humanos, o que pode aflorar em momentos de tensão, trazendo a tona o que foi visto e acalentado como salutar, e agir no coletivo provocando chacinas e linchamentos de supostos delinquentes e estupradores. Além do que, segundo as sagradas escrituras, Deus reprova atentar para o mal e para derramamento de sangue, além de abominar o que pratica violência. E outra escritura diz que a nossa luta não deve ser contra a carne nem contra o sangue, mas contra as potestades. E estas são as hostes malignas que habitam as regiões celestes. Também que o atleta não será coroado se não correr legitimamente.

Portanto, se isso não é justo nem lícito, corramos de tal maneira que alcancemos!
oliprest
Enviado por oliprest em 29/09/2012
Alterado em 06/04/2013


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr