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QUANDO VIRÁS A MIM?
Quantas vezes o crente, ainda que servo de Deus, passa por tribulações que o afligem a ponto de chegar a fazê-lo desesperar da vida. Nesses momentos de angústia o cristão, não raras vezes, pergunta: por que, Senhor? E, ainda que sinta sua miséria como humano, busca uma razão maior para o seu sofrimento, já que como filho de Deus e sabedor de que o Pai vela pelo filho, pensa que não deveria sofrer.

Precisamos fazer uma averiguação que nos faça não só entender e aceitar esse fato, mas também saber como obter resultados positivos quando passando por essas situações.

Pode o que parece mal aos nossos olhos ser um bem?

Ao impedirmos um filho de fazer algo que lhe agrade, mas que sabemos lhe trará danos, estamos, aos seus olhos, causando-lhe um mal,  privando-o do que aos seus olhos seria um bem.

Para fazermos correto juízo sobre o bom e o ruim precisamos conceituá-los. O que seria o bom, e o ruim; o bem e o mal?

Humanamente, pela inversão de valores que vem se propagando no mundo, o bom seria o que agrada ao homem, o que lhe causa prazer, ou lhe proporciona bem-estar. Nesse conceito o sexo é bom e a cocaína, também. O primeiro, argumenta-se, é devido, pois Deus o deixou; o segundo, depende da vontade de cada um, dizem. Seria assim?

Pode ser emocionante andar a duzentos por hora, mas é perigoso. Desse modo o conceito de bom/ruim e de bem/mal não podem ser limitados a um modo simplista de conceituação. É preciso que se saiba que todas as coisas são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; que nem tudo que reluz é ouro, ou que nem tudo que causa prazer, é bom.

O sofrimento para os filhos de Deus seria uma causa ou uma consequência? Teria uma razão motivada pelo comportamento dele, ou teria o objetivo de prevenir? Melhor dizendo, seria castigo ou ensino?

Analisando os episódios havidos ao longo da existência do homem e registrados nas Escrituras, chegamos à conclusão de que são as duas: tanto disciplina, como ensino. Vejamos: no caso de Adão, o castigo foi imediato, pois ele havia sido avisado: no dia em que dele (do fruto) comeres, certamente morrerás. Sim, Adão pecou, ou seja, transgrediu a ordenança do Senhor, e trouxe a morte a si e à sua posteridade e ao mundo, o qual foi fundado a partir da violação daquilo que Deus havia proibido a ele, gerando como consequência o sofrimento que dia-a-dia se vê.

Mas, e se existisse alguém que não pecasse, ainda assim ele sofreria, se o sofrimento é conseqüência do pecado?

Já houve um homem que nunca pecou, e, ainda assim, sofreu: Jesus. Qual a razão, então, do Seu sofrimento?

A dor passou a fazer parte da natureza humana desde que o primeiro homem pecou. Jesus, o homem Deus, não podia fugir a essa regra, já que veio como homem. Mas não foi só por essa razão que sofreu, mas com o sofrimento aprendeu a humildade. Hb. 5:8.

Mas, como homem Deus, havia necessidade disso? Se não houvesse, não teria sido aplicada. No caso, o sofrimento não foi castigo, e, sim, ensino.

Mas, e se se pede perdão, reconhecendo o erro?

Se o erro foi consciente, a disciplina é justa e por conseguinte é de se esperar como certa. Pois Deus corrige a quem ama, como o pai ao filho que quer bem. Dizem as escrituras:

“Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Hb. 12.8” Ou seja, filhos sem pai.

Podemos nos alegrar, portanto, quando isso acontecer, ou seja, quando formos disciplinados. Mas quem apanha e fica satisfeito? O entendido. Disse o salmista: "A tua vara e o teu cajado me consolam. Sl. 23:4, u.parte. E disse Salomão: “O açoite é para o cavalo, o freio é para o jumento, e a vara é para as costas dos tolos. Pv. 26.3.
oliprest
Enviado por oliprest em 27/04/2013
Alterado em 27/04/2013


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr