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QUEDA E ASCENSÃO

É fato sabido dos cristãos que, em conseqüência do pecado de Adão, todos os homens pecaram e destituídos foram da glória de Deus; que Deus, usando de grande amor, mandou seu único filho para fazer um sacrifício, à semelhança dos sacrifícios imolados de carneiros e bodes, que prenunciava a Sua morte, para com o seu sangue fazer expiação pelos pecados dos homens. Pois, sem sangue não pode haver remição de pecados. Veio Ele para reconciliar a terra e o céu, buscar e salvar o que se havia perdido, e unir os povos de Israel com os gentios, tornando um só povo: o Israel espiritual. Deu uma nova roupagem, mostrando uma nova forma de proceder, de como o homem ter acesso a Deus.

No passado, quando existia como povo de Deus apenas o Israel nominal, a expiação pelo pecado era feita com a imolação de animais, oferecidos pelos sacerdotes, e só por estes, num lugar determinado, ou seja, o homem simples não tinha acesso à Deus. Era necessário um intercessor (não intercessora). Em o novo pacto, em que fora reconciliada a terra com os céus, foi constituído outro intercessor e único, o próprio Cristo, que depois de oferecer Seu próprio sangue pelos nossos pecados, foi constituído sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus altíssimo.

Hoje, qualquer homem em qualquer lugar pode ter acesso a Deus. Mas, à semelhança do sacerdote do passado, o intercessor tem que ser um sacerdote e estar sem pecado. O que vemos, entretanto, é que os homens têm nomeado outros que não os podem lhe representar junto a Deus. Dizem as Escrituras: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos. At. 4:12. Disse Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo. 14:6. Bastam estas citações para descartarmos outro intercessor. Ele ensinou o caminho, não há como criarmos outro contrário a Sua vontade.

Mas a insensatez do homem, pela vaidade do seu coração, chega a nomear até pessoas que, como mortais, devem estar no sepulcro à espera da ressurreição. Deus falando por um profeta assim se expressou: "Acaso a favor dos vivos consultareis os mortos"?

Jesus, por Sua presciência, anteviu que o homem, pela vaidade do seu coração, iria criar artifícios com o fim de chegar a Deus. Dessa forma, seus servos, os profetas, foram inspirados pelo Seu Santo Espírito para registrar Suas palavras. Certa vez quando Sua mãe e Seus irmãos o procuravam, e alguém Lhe deu ciência disso, Jesus perguntou: "Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? E virando-se para os seus discípulos disse: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem as palavras de meu Pai e as praticam; esse é meu irmão, irmã e mãe". Mt. 12:48.

Assim, sem desmerecer Sua mãe, instrumento usado por Deus para trazê-lo ao mundo, descartou qualquer possibilidade de ser ela medianeira entre alguém e Ele.

Vemos nas Sagradas Escrituras que, após a ascensão de Jesus, a pessoa da virgem Maria desaparece de cena. Continua ela a ser a mulher comum como tantas outras na igreja. Comum, mas não infrutífera. Pois todo o que  está nEle, esse dá muito fruto. E assim como Maria foi uma santa mulher, devemos  ser santos. Afinal, disse Jesus: “Sede santos como eu sou santo.” E pediu em sua oração intercessora: "Pai, santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade." Jo.  17:17.
oliprest
Enviado por oliprest em 13/07/2013


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr