PROVAS DE AMOR E DESAMOR
“E por se multiplicar a iniquidade o amor de muitos esfriará”. Com esse texto do apóstolo Paulo eu quero discorrer uma vez mais sobre esse tema tão explorado no mundo em que as pessoas estão inseridas, o mundo moderno e hodierno.
Devido proliferar o desamor, algumas pessoas não se sentem a vontade para amar e manifestar os seus sentimentos por alguém por quem tem um sentimento afetivo. Outras, por terem tido experiências que lhes causaram frustrações, preferem não acreditar mais em ninguém, e se isolar, levando uma vida de ostracismo. Mas muitos, devido as suas carências afetivas e o medo da solidão, preferem continuar arriscando e se aventurando em outros relacionamentos, e dizer: “Se não quiser me amar, o próximo”. Assim, fazem um trocadilho com uma ordem de Jesus, que disse: “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, e se relacionam com tantos, que se tornam mais e mais insensíveis a ponto de perderem a sensatez que porventura tinham.
E, nessa dúvida, querem e pedem provas de amor aos seus parceiros, os quais embora lhes satisfaçam o ego, nem por isso podem ter e dar certeza de que ama a quem isso lhes pede ou cobram.
Como estamos falando de amor num amplo sentido, queremos recorrer ao livro dos livros e trazer para a nossa reflexão o texto bíblico que diz: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” I Co. 13:4 a 7.
Só esse texto já seria suficiente para que julgássemos o nosso pretendido amor, seja pelos pais e parentes, como pelo próximo; nele incluídos os cônjuges e aqueles com os quais nos relacionamos afetivamente.
Quando alguém ama a outro, ele deixa de querer satisfazer as suas vontades e faz até o que não lhe agrada para agradar aquele a quem ama,negando-se a si mesmo. Aliás, essa é uma prova de amor proposta por Jesus, que disse: “Quem não renunciar a tudo quanto possui e até a própria vida não pode ser meu discípulo”. Lc. 14:33. E: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”. Jo. 14:15. Então quem não guarda os mandamentos de Jesus, o decálogo, não o ama. Dizer de boca que ama não quer dizer que ame. E o apóstolo João, falando da parte do Espírito Santo, manifesta isso quando diz:
“Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.” I Jo. 3.18.
E há quem ame algo mais do que a Deus, como mãe, filho, cão, carro, emprego, esporte, droga, etc. Pois, por amá-los, deixa de servir a Deus, transgredindo os seus mandamentos e não o servindo e nem cumprindo a sua ordem que diz que devemos amá-lo sobre todas as coisas.
Há uma previsão do apóstolo Paulo que diz que os homens seriam mais amigos dos deleites do que amigos de Deus. II Tm. 3:4.
O comportamento do amante por si só, mostra se ele tem ou não tem amor verdadeiro e puro. O apóstolo Paulo, na definição de amor, citado anteriormente, diz que o amor não se porta com indecência. Logo a definição de sexo como amor é imprópria, já que sexo está ligado a lascívia, voluptuosidade, pecaminosidade, desejo libidinoso, etc.
Se o sexo é o ápice ou o ponto culminante de um sentimento puro e amoroso de um casal, homem e mulher, então não deveria haver vergonha quando isso ocoresse entre eles mesmo que não existisse formalização cartorária. Também não deveria ser ocultado por receio que os responsáveis pelo casal reprovassem o ato.
Mas não é o que acontece quando pessoas se unem sem cumprir aquilo que Deus determina, e se unem intempestivamente ou sem a aprovação dos pais e tutores, ou não formalizam previamente a união fazendo contrário aos princípios morais e legais.
Ame, ame muito, a começar tendo paciência com todos os que precisem disso, incluindo aqueles que estão ligados a você por laços afetivo e sanguíneo. Pois se você não ama ao que você vê, como pode amar a Deus que não vê? “Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja.”Ef. 5:28 e 29.
Portanto, ame, mas na ordem devida. Primeiro a Deus, depois ao próximo; seja pais, seja filhos, seja o parceiro no âmbito afetivo. Caso contrário, e devidoa inversão na ordem das coisas, tanto você não será feliz na união ou no amor que pretende dar ou der, quanto não será tido por bem-aventurado para viver na nova terra. Porque nela habitarão os justos.Sl. 37:29.
oliprest
Enviado por oliprest em 29/01/2014
Alterado em 26/05/2018