A PRECE IDEAL
Muitas são as preces que circulam nas redes sociais. Muitas delas bem elaboradas e com aparente boa intenção. Há até uma música bem maviosa intitulada The prayer – A oração, de De Foster, a qual tem feito sucesso no mundo. Mas, repeti-las traz algum resultado prático? Analisemos os fatos, a fim de orarmos de modos a ter nossas preces ouvidas e atendidas.
Um discípulo de Jesus pediu para que ele lhes ensinassem a orar, alegando que João, o batista, isso ensinava aos seus discípulos.
Vejamos o texto na íntegra:
“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos." Lc. 11.1.
É importante frisar que os primeiros discípulos de Jesus tinham origem judaica, e parece que, apesar de religiosos, não sabiam orar, ou como deveriam orar.
Então Jesus lhes disse:
“Quando orardes, dizei: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; seja feita a tua vontade, assim na terra, como no céu. Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano; e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve, e não nos conduzas em tentação, mas livra-nos do mal.” Lc. 11:2 a 4.
Eu quero fazer um breve comentário sobre essa prece ensinada por Jesus.
“Pai nosso...”
Há um conceito no meio do povo que se nomeia de povo de Deus, que todos os humanos são filhos de Deus. Mas isso não está correto. O próprio Jesus chamou a alguns contemporâneos seu, de filhos do diabo. Por conseguinte, em I Jo. 3:10 diz como são manifesto os filhos de Deus e os filhos do diabo. E diz que quem não pratica a justiça não é de Deus. Ora, ajustiça são os mandamentos de Deus, cfe. Sl. 119:172, ú.parte e referências. Temos uma pesquisa sobre o tema a qual intitulamos “Os Filhos de Deus”, publicada em http://www.recantodasletras.com.br. – oliprest (nickname do autor).
“Santificado seja o teu nome”.
Deus tem muitos nomes, e todos eles são santos. Mas o texto diz: santificado seja o teu nome, no singular. Já manifestamos o significado do nome de Deus em outro trabalho que intitulamos “Quem é o Senhor”, publicado na mesma página referendada anteriormente. Apesar da santidade que tem o nome de Deus, e estes incluírem Jesus, muitos que dizem conhece-lo não santificam o seu nome, e até usam-no como interjeição de espanto, admiração, êxtase, etc.
“Venha o teu reino.”
Reino é domínio. E muitos dos que pedem o domínio de Deus sobre si, não querem compromisso com o seu reino o qual está entre nós, como disse Jesus. Lc. 17:21.
“Seja feita a tua vontade”.
Qual é a vontade de Deus? Muitas. Dentre elas:
“Que o amemos sobre todas as coisas”. Lc. 10:27. Coisa que raríssimos fazem.
“Que amemos o nosso próximo como a nós mesmos”. Mt. 19:19.
Mas muitos estão como o varão que procurou a Jesus e perguntou-lhe que fazer para herdar a vida eterna. Ou seja, sem saber quem é o seu próximo. Lc. 10:29.
“Que vivamos para servi-lo”. Cumprindo o Ide de Jesus. Mc. 16:15.
Atividade que poucos exercem. E mesmo alguns que pretendem isso fazer nem sabem que é o evangelho. Leia o meu texto “O Evangelho para todos” na página mencionada.
“Que sejamos santos (separados)”. I Pe. 1:16. Para alguns, santo significa imagem de escultura.
“Que o conheçamos”. E isso significa guardar os seus mandamentos. I Jo. 2:3.
“Que sejamos perfeitos”. II Co. 13:11.
“Que os seus filhos se amem mutuamente”. Jo. 13:34. Isso é feito quase sempre com palavras, o que diz o Espírito por João que não deve ser assim. I Jo. 3:18.
“Que aborreçamos o mal”. Rm. 12:9. E para saber que é “o mal” leia o meu texto “O bem e o mal”, na página citada.
E muitas outras coisas devem prevalecer em nossas vidas, mas que nem sempre prevalecem devido a rejeição dos ensinos de Deus que estão nas Sagradas Escritura.
“Dá-nos cada dia o nosso pão cotidiano”.
Mas hoje a preocupação daqueles se dizem de fé é não com o pão diário, mas com o de sempre, como ouço na prece de alguns. E vivem ansiosos, contrariando a orientação do mestre que disse:
“Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?” Mt. 6:25.
“Perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve”.
Todos querem o perdão das suas dívidas para com Deus, embora não queiram perdoar as faltas nem daqueles que lhes dão prazer, quanto mais daqueles que nada fazem por merecer.
“Livra-nos do mal”.
Muitos pensam que o mal é coisa adversa que poderia sobrevir-lhe. Mas, pela bíblia, o mal é o pecado, e este a transgressão de regras estabelecidas por Deus, principalmente dos seus mandamentos. Veja o meu texto “O bem e o mal” na página já citada.
Essa prece ensinada por Jesus é uma oração padrão para principiantes, aqueles que ainda não sabem como ter intimidade com o Pai.
Mas como oração é uma coisa espontânea, de momento,houve outras que Jesus fez, as quais ficaram registradas na bíblia. Uma delas esta em João 17.
“Jesus falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti; assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer. E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse. Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra. Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti; porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado. E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós. Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse. Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos. Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade. E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim. Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo. Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim. E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja”. Jo. 17:1 a 26.
“Em tempo oportuno faremos uma análise dessa oração.
Mas apesar do extenso ensino de Jesus, a quem alguns têm como seu pastor, esses mesmos ainda oram de modo errado. Pois um dos ensinos de Jesus é não usar de vãs repetições, veja:
“E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.” Mt. 6:7.
Desse texto concluímos que aqueles que usam rezas repetidas são gentios (pagãos, como nomeia certa religião aos que não são batizados). E, entre elas, algumas como: Ave Maria, cheia de . . . Salve rainha. . . etc, e tal.
Jesus também disse aos seus discípulos:
“Até agora nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.” Jo. 16.24.
Então há que se pedir no nome de Jesus.
“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” Jo. 15:7.
Aqui pode estar a chave do mistério porque muitos pedem e não recebem. Não usam o nome de Jesus, o qual é a senha para acessar o trono da graça, ou não estão ligados através da palavra, a qual é a verdade ou a lei de Deus, veja:
“A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.” Sl. 119:160.
“. . . a tua lei é a verdade.” Sl. 119:142, ú.parte.
E como a palavra é o mandamento, vejamos como podemos estar em Deus:
“E aquele que guarda os seus mandamentos nele está, e ele nele.” I Jo. 3:24.
Assim, as preces bem arranjadas, mas que não tem a senha de acesso ou não são “oradas” sem a obediência aos mandamentos de Deus, acabam não sendo ouvidas e atendidas por mais belas que possam parecer, mesmo que recitadas pelo mais nobre orador ou cantor.
Alias, diz o Espírito Santo por Salomão que:
“O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.” Pv. 28:9.
Então não perca suas belas e suaves palavras ou não faça nenhuma prece a Deus sem as senhas, a fim de não ter o seu acesso negado.
Manaus-AM, 06/06/201
Oli Prestes
oliprest
Enviado por oliprest em 10/06/2014
Alterado em 28/11/2014