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LOUCURA TOTAL
O momento em que vivemos é de um fervor contagiante por causa da copa do mundo. Mesmo aqueles que diziam que não haveria copa silenciaram e devem ter aderido ao movimento que ocorre por causa disso. Até alguns evangélicos estão de modo dissimulado assistindo aos jogos e torcendo por algum time. Que mal há nisso? Afinal é jogo. Só uma diversão. Será?

Se tudo correr bem depois do término dos jogos, e eu não estou imaginando nenhuma tragédia para nenhum país, muito menos para o país sede, o Brasil, aqueles que fizeram coro para que a copa acontecesse, porque queriam e querem que o Brasil seja conhecido pelo mundo e que muitos turistas venham não só para conhecer o Brasil e voltar muitas outras vezes, mas para que eles tragam muitos dólares e muita vontade de consumir tudo que o país tem para oferecer, de água de coco a garotas sensuais e fáceis de pegar, já que ávidas para curtir com gringo, os tais vão para a mídia televisiva declarar os seus orgulhos por tudo, principalmente pelo que entendem ter sido um grande sucesso (parece até que estou vendo a principal autoridade executiva do país de modo garboso se ufanando). Entretanto caso o vento da inflação alta volte a rondar as finanças dos brasileiros, o desemprego volte a aumentar, as exportações caiam, os serviços públicos piorem, então muitos dos que tinham desconfiança que o momento não era de festejar, fazendo adeus com chapéu alheio, ou seja, investindo dinheiro público em favor de uma organização que não tem nada a ver com o nosso país, como a FIFA – Federação Internacional de Futebol, irão também aproveitar para criticar aqueles que foram responsáveis por essa orgia que está sendo promovida a custa de todos os brasileiros, inclusive aqueles que não torcem por ela.

A copa é do mundo, e, como tal, de algum modo agrada aqueles que também são. Ela só não agrada mesmo aqueles que não têm nada a ver com ele. Pois, pré avisados por seu mestre Jesus, sabem “que o mundo jaz no maligno, que não devemos amar o mundo nem o que no mundo há, que quem ama o mundo o amor do Pai não está nele.”

Assim como no tempo do profeta Elias, o qual pensou estar sozinho, separado da apostasia que ocorreu com Israel - as dez tribos que Deus deu a Jeroboão - mas a quem foi dito pelo próprio Deus que este havia separado sete mil varões que não tinham se encurvado a Baal, deus pagão introduzido no meio do povo de Deus por Jezabel, esposa do rei Acabe, sucessor de Jeroboão, também hoje Ele deve ter separado para si aqueles que lhe são queridos, os quais não se curvaram diante do deus deste século, o esporte, não adorando a ele e aos seus ídolos (jogadores).

Mas no mundo a loucura foi geral e quase total. Muita festa, muita bebida, muito sexo ilícito, possíveis gravidez indesejadas, com consequentes abortos, além das contaminações por doenças sexualmente transmissíveis e mortes em consequência dos excessos, tanto de bebida alcoólica quanto de velocidade no trânsito.

Não “torcemos”, como dizem os que aplaudem os que jogam e aos seus times, por nenhum lado, nem de vitoriosos nem de perdedores, mas desejamos que possamos ainda ter dias de relativa paz, embora saibamos que já estamos no limiar de uma nova era, não de paz, como esperam alguns para este tempo, mas de dores e ais como está previsto no livro do Apocalipse.

Manaus-AM, 01/07/2014 – 04:17 - night
Por Oli Prestes
oliprest
Enviado por oliprest em 02/07/2014
Alterado em 03/09/2015


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr