SANGUE AZUL
Acaso quem pertence ou pertenceu à realeza possui sangue azul? Ou quem foi rei sempre será majestade? Por quê há quem queira reivindicar direitos perdidos?
Há quem diga que “Quem nasceu tatu, tem que morrer cavando”, ou que “Filho de Peixe, peixinho é”. Nesses casos eu concordo. Mas, em se tratando do ser humano, não podemos aplicar esses epítetos. Porque este pode mudar seus conceitos e valores; pode crescer e regredir espiritualmente e psicologicamente; pode mudar e adquirir hábitos; desenvolver habilidades; trocar de profissão e de emprego, se lhe convier ou por força de circunstância; pode até fazer algo que pensou que nunca faria ou jamais desejou fazer, como matar.
Mas há coisas que para o ser humano é impossível, como mudar o seu grupo sanguíneo e o seu DNA. Apesar disso ele pode reverter ou ter revertido um mal que por desventura tenha trazido desde o seu nascimento, como o “mal do sangue azul”. Uma moléstia que acomete um número de pessoas que nascemcom uma má formação cardíaca, a qual impede que o sangue circule de modo correto e seja devidamente oxigenado após retornar dos tecidos ao coração. Uma cirurgia corretiva pode resolver o problema.
Agora, o fato de alguém ter sido da realeza e por isso pretender sê-lo enquanto viver é algo que não está no seu poder.
Existe um conde descendente de D. Pedro II, que ainda deseja que o Brasil volte ao sistema monárquico como na Inglaterra, onde o rei ou a rainha é figura representativa do país, juntamente com o primeiro ministro. E o desejo do senhor conde pode ser porque ele poderia vir a ser essa pessoa ou monarca, já que descende do último rei que o Brasil teve.
Na religião também acontece coisa similar. Os que se têm como judeus e se dizem descendentes de Abraão reivindicam para si direitos prometidos por Deus para Abraão e a sua descendência. Mas não atentam para o fato de que nem todos os que saíram do Egito pela mão de Moisés eram descendentes de Abraão. Pois diz a Bíblia que na ocasião do Êxodo saiu um misto de gente de lá. Isso porque o povo de Israel se misturou com outros povos que habitavam o Egito. O próprio Moisés, depois que o seu sogro veio a ele no deserto, e Moisés propôs que ele os acompanhasse para servir-lhes de olho, porque, segundo as palavras de Moisés, ele conhecia o deserto, e ele recusou e disse que voltaria para a sua terra, tomou para mulher uma “cusita”, Etíope, fato que desagradou a Mirian e Arão, seus irmãos mais velhos; talvez pelo fato de o Etíope ter a pele negra. Dt. 18:1-27; Nm. 12:1.
Espiritualmente, Deus considera os tementes a Ele como ovelhas, enquanto que, aos não tementes, bodes. Mas uma pessoa que outrora foi temente a Deus pode deixar de sê-lo. Assim, é possível a uma ovelha tornar-se bode
Jesus disse que se um irmão pecar deve ser repreendido. Se não quiser ouvir o irmão repreensor, que este chame duas ou três testemunhas, e que se não aceita-los, que deve ser chamada a igreja. Se ainda assim não aceitar, deve ser considerado gentio (pagão) e publicano. Mt. 18:15 a 17. Assim, um Cristão pode voltar a ser gentio (pagão). E isso tem acontecido. Pessoas que disseram ter aceitado a doutrina Cristã voltarem para o paganismo.
Portanto, nem os judeus podem reivindicar pureza de raça ou consanguinidade com Abraão, nem qualquer outra pessoa santidade e filiação com Deus se não fizer como manda Ele: “O Senhor te constituirá para si como povo santo, como te tem jurado, quando cumprires os mandamentos do Senhor teu Deus, e andares nos seus caminhos”. Dt. 28:9 “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” Rm 2:28 e 29.
oliprest
Enviado por oliprest em 20/08/2014
Alterado em 08/08/2015