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SINTO MUITO, AMIGO

Quem entrega a um amigo para que seja punido por um delito ou que não seja conivente com os seus erros, pode mesmo ser tido como amigo? Amizade não é para todos os momentos, bons e maus?

Não raro camaradagem é confundida com amizade. Acima da amizade deve estar: a justiça, a obrigação e o dever. Conivência com erro, seja de quem for, pode resultar na punição do que se omitiu de denunciar o infrator.

Vejamos que expressa ordem deu Deus por Moisés.

“Se teu irmão, filho de tua mãe, ou teu filho, ou tua filha, ou a mulher do teu amor, ou teu amigo que amas como à tua alma te incitar em segredo, dizendo: Vamos e sirvamos a outros deuses, que não conheceste, nem tu, nem teus pais,  dentre os deuses dos povos que estão em redor de ti, perto ou longe de ti, desde uma até à outra extremidade da terra,  não concordarás com ele, nem o ouvirás; não olharás com piedade, não o pouparás, nem o esconderás,  mas, certamente, o matarás. A tua mão será a primeira contra ele, para o matar, e depois a mão de todo o povo. Apedrejá-lo-ás até que morra, pois te procurou apartar do Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão. E todo o Israel ouvirá e temerá, e não se tornará a praticar maldade como esta no meio de ti.” Dt. 30:6 a 11.

“Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos, seu pai e sua mãe o pegarão, e o levarão aos anciãos da cidade, à sua porta, e lhes dirão: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é dissoluto e beberrão. Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra; assim, eliminarás o mal do meio de ti; todo o Israel ouvirá e temerá.” Dt. 21:18 a 21.

Deus é justo e ama o que pratica a justiça. Assim, se houver necessidade de cortar na carne, não devemos hesitar. Quem,  querendo parecer bom a outrem, for tolerante para com os seus erros, é tão mau quanto o outro. E sobre a justiça não prevalece ética partidária ou de facção.

Se alguém poupar a um mau por amizade, poderá ter o dissabor de sofrer dele desagravo quando não lhe soprarem bons ventos. Afinal “amigo, amigo, negócios à parte”.

Portanto, havendo necessidade de extirpar um membro de determinado credo ou entidade, seja qual for, ou levar um filho as barras da justiça, para cumprimento desta, que assim seja feito.
oliprest
Enviado por oliprest em 25/08/2014


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr