O povo que se nomeia de povo de Deus está possuído de sentimentos humanos, os quais não correspondem aos que Deus quer que ele os tenha. E esse sentimento não só o prejudica como o decepciona, confundindo-o. Pois que não obtendo o que lhe é prometido por seus líderes, não entende do porque e se frustra.

Jesus não prometeu que, depois de aceita-lo, alguém viveria aqui como se aqui fosse um pedaço do céu. Pelo contrário. Disse: “No mundo tereis aflições.” Jo. 16:33. Também não disse que seríamos amados dos familiares pelo fato de termos feito uma opção por ele, mas que seríamos odiados pelos pais e parentes. Mt. 10:21 e 22. Também não disse que aqui viveríamos folgadamente ou nababescamente, mas que, se quiséssemos ser seus discípulos (aprendizes), deveríamos negar a nós mesmos, tomar a nossa cruz e segui-lo. Mc. 8:34.

Assim, o povo de Deus sofre e se decepciona, chegando ao ponto de deixa-lo, desapontado com a esperança da boa vida prometida para os que o seguisse.

Não obstante tudo isso, o povo de Deus em tudo é diferente.
Primeiro, porque é dependente em todas as coisas concernentes a esta vida, como o suprimento das coisas básicas para a sua subsistência, sabedoria para viver e servi-lo, capacitação para produzir frutos dignos de vida eterna, geração de ovelhas e formação de outros discípulos, etc.

Muitos do povo de Deus correm atrás de emprego, servindo a homens, quando um texto de Paulo diz: “Não vos façais servos de homens.” I Co. 7:23. Também trabalham demais em trabalho secular, pensando que, com isso, cumpre o que diz Paulo: “Trabalhai noite e dia para não sermos pesados aos vossos irmãos”. Mas não atentam para o que disse Jesus: “Trabalhai não pelo pão que perece, mas pelo pão que permanece”. Jo. 6:27. Formam os seus filhos no mundo e para o mundo, para servi-lo nas mais variadas profissões, enquanto que o povo de Deus carece de formação para melhor servir aquele que deu a sua vida por eles.

E por tudo o que obtêm ainda se orgulha, pensando que Deus está satisfeito com as suas ações.

Jesus não disse que quem alcançasse títulos e posição seria salvo, mas o que perdesse a sua vida por amor dele e do evangelho. Mc. 8:35. Também não mandou amontoar bens aqui, mas ajuntar tesouros nos céus. Mt. 6:20. Ele mandou vender o que tivéssemos e dar esmolas. Lc. 12:33. E que déssemos para aqueles que não tivessem com que nos recompensar, porque recompensado nos seria no juízo.

Na bíblia há um “ai” que diz:

“Ai daquele que desce ao Egito, para buscar proteção sob o braço de Faraó...”. Is. 30:2. Que isso significa? Significa buscar ajuda, proteção e suprimento no mundo sem consultar ao Senhor antes.

Abraão buscou o Egito quando lhe adveio adversidade. Mas não o fez sem antes consultar ao  Senhor. Mesmo assim sofreu com o fato de Faraó ter tomado a sua esposa para mulher dele, por causa da beleza dela.

Mesmo Ele, que foi considerado amigo de Deus, sofreu adversidades.
Muitos do povo de Deus se sentem felizes por conseguir que suas filhas casem, mesmo que essas uniões sejam com povo que não é povo santo, contrariando a ordem de Deus, o  qual manda não dar suas filhas para seus filhos, nem tomar nem para si nem para seus filhos esposa das mulheres deles. Dt. 7:1:3-4.

Portanto, não nos deixemos possuir de sentimentos humanos. Pois isso nos faria descumprir os mandados de Deus e desviar do propósito dele para conosco.