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CONTRADIÇÃO II
Uma das características do homem deste tempo, segundo a Sagrada Escritura, é que seria contradizente. Assim, até na derrota há quem se exalte, querendo disfarçar o seu fracasso.

A contradição da qual fala uma escritura do apóstolo Paulo parece ser bem mais sutil do que pode parecer. Pois além da resistência à verdade, negação de Deus e da sã doutrina, o homem do tempo presente diz ser legal o que é reprovado por Deus, e até o que é sabidamente contrária a boa norma de proceder no âmbito humano.

Mesmo aqueles que são manifestamente maus e impostores são tidos por bons por aqueles que lhes são simpáticos, ou porque estão em postos elevados de alguma agremiação esportiva ou partido político. Desse modo, políticos corruptos, como os Zés do PT, têm recebido apoio e louvor dos seus correligionários. E não velado, mas público, com recebimento de doações de numerário para pagar as multas que lhes foram impostas pelos juízes da suprema corte do Brasil, devidas pela condenação que sofreram por suas participações em “esquema de corrupção”.

Outrossim, existem ainda outros modos de contradição, e algumas manifestas até pelos magistrados, os quais deveriam legislar, ou melhor, fazer cumprir a lei e fazer justiça, sem considerar posição e título de um réu.

Assim, o projeto de poder que se instalou no executivo federal alcançou até a suprema corte, a qual trabalha não mais em prol do direito e justiça, mas em benefício daqueles que dominam a partir dos mais altos escalões do governo.

A aproximadamente dois mil anos o povo que deveria ser justo pediu a libertação de um malfeitor e a condenação do justo, Jesus. E as autoridades da época aquiesceram ao seu pedido. Hoje, as autoridades libertam malfeitores, mesmo contrariando a vontade do povo.

Obras literárias testemunham contra os seus autores e suas discriminações raciais. Autores escravagistas que combatiam o escravagismo mostraram sua desfaçatez ao tecer uma aura de pudor em torno da senhora esposa do senhor de engenho, enquanto que, da mucama, a de mulher licenciosa, objeto de prazer do tal senhor, e objeto sexual para satisfazer os seus desejos escusos e mesquinhos.

Por fim, alguém nomeia de Vitória a sua descendente, resultado de uma relação espúria ou malsucedida.

Deus, que sabe todas as coisas, previu essas ocorrências, as quais se cumprem literalmente.
oliprest
Enviado por oliprest em 19/11/2014
Alterado em 25/11/2014


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Imagem de cabeçalho: raneko/flickr