PRESTA CONTAS DA TUA MORDOMIA
Na parábola dos talentos, o Senhor dos servos confiou a cada um deles, talentos segundo as suas capacidades; a um, cinco, a outro, dois e a outro um. O primeiro granjeou mais cinco, o segundo mais dois; cem por cento, portanto, enquanto que e o terceiro o devolveu sem acréscimo, já que o enterrou.
Diariamente eu vejo expressões em bens móveis e imóveis, como: “Propriedade de Jesus”, “Bênção de Deus” e “Deus me deu”. Essa atitude de quem os nomeou é de reconhecimento de que aquele bem é uma dádiva (presente) dado por Deus ou uma concessão dele.
Quando alguém recebe uma concessão pública, com ela recebe também obrigações para com o poder que lhe fez a concessão. Caso o cessionário não cumpra com as obrigações assumidas por ocasião da concessão que lhe foi feita, perderá a concessão. Só reconhecer de palavras o favor obtido não satisfaz a condição da cessão.
Um texto bíblico produzido por Paulo, o apóstolo dos gentios, diz:
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís para eles e para todos, enquanto oram eles a vosso favor, com grande afeto, em virtude da superabundante graça de Deus que há em vós. Graças a Deus pelo seu dom inefável!” II Co. 9:7 a 13.
Já que Deus ama ao que dá com alegria, aquele que der apenas por obrigação não pode agradar a Ele. E vejamos que o texto não trata de obrigação relativa a contribuições para com aqueles que se dedicam ao seu ministério levítico e sacerdotal. O texto fala de doação aos pobres do povo de Deus. V. 9. E a seguir diz: “Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça.” V. 10.
Assim, os bens que alguém recebe são sementes, as quais, como tais, deve ser semeada, a fim de dar frutos. Pois o verso seguinte diz: “Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência. . .” v. 11.
Mas o que vemos é que a maioria enriquece para sua própria glória e satisfação. Pois, os ganhos que obtêm com as sementes recebidas, produzem frutos para si e os seus, não para o que a deu, nem para com aqueles a quem foram confiados o direito de receber o seu quinhão, como ministros do sacerdócio levítico e sacerdotal.
Foi por essa razão que os levitas deixaram de executar o seu ofício antes da intervenção de Esdras e Neemias para a reconstrução de Jerusalém.
Deus irá cobrar de cada servo a sua mordomia (administração). Se você foi bom com os seus pais; com os avós; com os seus irmãos; com os seus tios; mas não cumpriu para com a família cristã os seus deveres determinados por aquele que é o dono de tudo, certamente receberá a reprimenda “Servo mal e infiel. . .” Lc. 19:22. Entretanto, se você foi fiel, mesmo no pouco que recebeu, terá o louvor “Bom está servo bom e fiel...”. “Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. Mt. 25:21.
“Porque todo aquele que amar mais a mãe e irmã, e filho e filha, mais do que a mim, não é digno de mim.” Mt. 10:37.
oliprest
Enviado por oliprest em 21/11/2014