SERIA JESUS UM LOUCO ?

Quando alguém se comporta de modo diferente da sociedade onde convive, esta o tem por esquisito, excêntrico, fanático ou louco, mesmo que a sua excentricidade seja excessivamente boa e beneficie a muitos. Qual seria a loucura de Jesus, para que até os seus irmãos quisessem mandar prende-lo?

Já houve caso de alguém jogar milhares de dólares em via pública. Também já houve caso de alguém fretar um Jato Boeing para transportar elefantes que corriam risco de morte. Uma delas foi considerada excêntrica, outra de alto senso de compaixão pelos animais. Também houve casos de homens que evitaram o extermínio de milhares de pessoas, patrícios ou não. É o caso de Schindler e uma outra pessoa. O primeiro comprou milhares de judeus aos alemães, poupando-os dos campos de concentração. O outro salvou centenas de crianças que deveriam ser enviadas para os campos de concentração alemães, retirando-as do país por meio ferroviário, usando para isso vários vagões alugados para esse fim.

Jesus, quando aqui conviveu entre nós humanos, tendo irmãos e irmãs, fez muitas coisas que foram consideradas loucuras por homens considerados respeitáveis à época, como os escribas. E as coisas que impressionaram aos humanos foi de tal magnitude que aventaram a hipótese de Ele expulsar demônios pelo próprio chefe dos demônios, “Belzebu”.

E que coisas eram que ele fazia? Uma delas era libertar as pessoas atormentadas por demônios, e que lhe eram trazidas. Também curar lunáticos, cegos, coxos, leprosos, etc.

E como ele não veio apenas para libertar as pessoas das suas enfermidades, mas também libertar dos preconceitos e crendices ensinadas por seus líderes religiosos, ele manifestou a sua doutrina, a doutrina da libertação. Assim, ele disse que quem cresse nele como dizia as Escrituras, rios de água fluiriam do seu interior, que jorrariam para a vida eterna. Também que os judeus cressem na luz enquanto eles tinham luz, para que as trevas não os apanhassem. E que já que ele manifestava a verdade, por que eles não criam nele?

Que luz era a que Jesus manifestava? Por ventura só houve luz depois que Jesus veio a terra, antes não? Ou não havia verdade antes dele?
Quando ele fez várias referências a coisas que ele dizia ser, como: o caminho, a verdade e a vida, ele não fazia referência a si como pessoa física, mas a sua palavra. Também quando ele disse ser a luz do mundo, ele não queria dizer que se devesse aceita-lo simplesmente para ter a tal luz. Por isso ele disse que havia a necessidade de crer nele conforme as Escrituras dizem.

E que dizem as Escrituras do que ele falou sobre as coisas citadas? Que o caminho é a lei, conforme se lê em Ml. 2:8 e 9; que a verdade é a lei, conforme Sl. 119:142; que a vida é os mandamentos, conforme Jo. 12:50; que o amor a ele se traduz na obediência aos seus mandamentos, conforme Jo. 14:15 e 15:9 e 10.

Mas, embora muitos examinem as escrituras como os escribas também faziam, os quais cuidavam obter através delas a vida eterna, não entendem o que ele deixou como condição para a vida porvir, e prometida aos justos. E dizem que ele resumiu a sua lei, o decálogo, em duas leis, a saber, amar a Deus  e ao próximo, pensando que amar é um sentimento de querer bem, e desprezando parte dos mandamentos, como o seu descanso, o sábado.

E isso fazem apesar de o Espírito Santo mandar pelo missivista da epístola aos Hebreus, no capítulo 4:1-11, que não deixemos de entrar nesse descanso, a fim de não cairmos no mesmo exemplo de desobediência, como eles (os israelitas saídos do Egito pela mão de Moisés, os que foram rebeldes e não entraram no descanso de Deus, ou seja, não guardaram o sábado).

Crer em Jesus não é crer num varão como imagem. Ele disse que quem crer nele deve andar como ele andou. E ele andou fazendo “o bem”, ou seja, guardando os mandamentos. Pois “o bem” é um adjetivo da sua lei.

Portanto, todos os que isso fazem também são comparados a ele. Por uns, considerados loucos, por outros, justos.